sábado, 13 de março de 2010

UM ENCONTRO SALVÍFICO



Crer abre a porta para o milagre da Salvação na vida do homem ou da mulher. No episódio da mulher samaritana, o fato de ter recebido em seu coração a revelação de quem era realmente aquele que falava com ela, não só possibilitou-lhe ter a acesso a tal bem-aventurança eterna, como também aos que lhe rodeavam, seus parentes, vizinhos, amigos (Jo 4.39).

As conseqüências do recebimento da Graça no coração repercutem poderosamente sobre a existência, mudando totalmente toda a trajetória de uma vida.

Podemos claramente ver esta verdade de transformação espiritual produzida pela fé daquela mulher em Jesus. Antes vivendo uma vida de adultérios seguidos, conforme se depreende das palavras de Jesus em João 4.18: "Porque tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido".

No entanto, após aquele encontro salvífico a sua vida pôde tomar um outro rumo. Naquele mesmo momento se percebeu o resultado da ação da fé. Ela testemunhou das palavras de Jesus aos samaritanos que creram em suas palavras e testemunho, recebendo, por conseguinte, a palavra da fé em seus corações. Vejamos:

"E muitos dos samaritanos daquela cidade creram nele, pela palavra da mulher, que testificou: Disse-me tudo quanto tenho feito" (Jo 4.39).

sexta-feira, 12 de março de 2010

TEMPOS FINAIS


Os últimos dias da Igreja na terra, antes do arrebatamento, seriam marcados por uma avalanche de modismos e desvios doutrinários sem precedentes em toda a história. O próprio Senhor Jesus Cristo advertiu de antemão aos seus apóstolos sobre tais mudanças que se dariam, bem como os exortou a permanecer firmes na verdade que receberam a fim de não serem envolvidos pelos ventos do erro e, tampouco, ludibriados por hábeis enganadores que surgiriam no cenário de apostasia dos tempos finais.

Decorridos 21 séculos de história eclesiástica, parece-nos óbvio que os vaticínios proferidos nas Sagradas Escrituras cumprem-se aceleradamente, e que, o quadro de apostasia desenhado no passado e descrito fielmente pela pena dos apóstolos de Jesus, na Bíblia, está se dando concomitantemente diante de nossos olhos com uma precisão tão perfeita como somente a mão divina poderia prever. Deus em sua presciência concedeu tais revelações a sua Igreja tendo em vista que a mesma se precavesse dos ataques do pai da mentira e permanecesse incólume aos golpes desferidos pelas trevas.


Desde os dias apostólicos até os nossos dias, a Igreja de Deus na terra percorreu um longo caminho de lutas e perseguições. Por vezes as trevas tentaram ofuscar o testemunho cristão e impedir o curso da luz aos corações famintos pela verdade. Nos momentos mais decisivos de sua história, no entanto, a Igreja nunca deixou de contar com a ajuda do alto, com a poderosa ação do Espírito Santo a lhe instilar a verdade no íntimo e a fé nas promessas daquele que nunca falhou, e jamais falhará.

Sob este ímpeto de inspiração e esperança na Verdade do Evangelho não poucos perderam suas vidas nas arenas romanas, nos jardins de Nero, nos instrumentos de tortura, nas fogueiras da Inquisição e nos terríveis calabouços da Idade Média. Acossados e humilhados pelos inimigos da cruz, permaneceram firmes até a morte, porque buscavam a pátria que há de vir. É a estes heróis, anônimos ou não, que o escritor de Hebreus dedica todo o capitulo11. Considero tal capítulo como um memorial à fé e a esperança de todos aqueles que vivendo no mundo, buscam com fervor a eterna morada dos justos – a Jerusalém Celestial – “a cidade que tem fundamentos, da qual o artífice e construtor é Deus” (Hebreus 11.10).

Nos dias que antecedem o rapto da noiva do Cordeiro, tais palavras são importantes para produzir em nós tremor e temor diante daquele que nos chamou para vivermos por Ele e por sua Palavra. Nestes dias de engano e afastamento da fé, a vida despojada dos padrões deste mundo e piedosa dos santos do Antigo Testamento deveria nos deixar corados de vergonha e, sobretudo, imprimir em nós o desejo de imitar-lhes as pisadas e o exemplo de fidelidade ao Senhor que morreu na cruz.

No entanto, percebe-se que quanto mais tempo passa, mais profana e abominável vai ficando a cristandade. A luz que outrora brilhou em tempos áureos parece estar fenecendo ante a influência do mundanismo e a ação de falsas doutrinas que se aninharam nos corações de muitos crentes. Diante de tais fatos, alguns até já mencionam a necessidade de uma nova reforma que conduza o povo de volta a Palavra de Deus e lhe imprima um novo animus espiritual – um retorno ao verdadeiro Evangélico bíblico.

Indubitavelmente, está entronizado em muitos púlpitos um outro evangelho. Um Evangelho sem cruz e sem sofrimento. Um evangelho de resultados temporais e de uma busca insana por valores efêmeros, um modelo de Cristianismo que se contrapõe à doutrina de Cristo e aos ensinos apostólicos. Em suma, um evangelho fermentado e falsificado que nega a eficácia da verdade exposada nas Sagradas escrituras e envergonha o testemunho dos santos homens do passado. Conta-se que um grande pintor fora convidado para pintar o desenho do apóstolo Paulo no frontispício de uma determinada igreja italiana. De propósito, o hábil artista deixou coradas de vermelho a face do apóstolo. Ao perceberem o rubor que se destacava na silhueta paulina, alguns religiosos que ali passavam, criticando a obra, perguntavam ao mestre de artes:

- Por que ele está com as faces tão rosadas? Ao que o pintor lhes respondeu:
- Ele cora de vergonha por ver todas as vossas iniqüidades.

Tal ilustração serve-nos como um exemplo que revela profundamente os verdadeiros sentimentos do Senhor em relação a sua Igreja na terra e para com aqueles que se dizem chamados pelo seu nome. Com certeza o Senhor sente ojeriza em contemplar tanta mentira no lugar da verdade, tanta impureza no lugar da santidade e tanta apostasia no lugar da Sã Doutrina. Esse é o evangelho que não glorifica ao Senhor, pelo contrário, provoca-lhe repugnância e tristeza.

domingo, 7 de março de 2010

UMA VOZ NO DESERTO


Nestes dias de engano generalizado a pregação se tornou apenas mais um entretenimento no final do culto do que palavra profética vinda do alto. Bem diferente de João, o Batista; os pregadores da atualidade preferem amoldar os seus discursos ou prédicas ao desejo da multidão. Para eles o que importa é não ferir susceptibilidades com mensagens duras e exortações severas, caso contrário serão taxados de legalistas ou santarrões. Mensagens duras não vendem CDs, DVDs, etc... Nem rendem outros convites para pregar. É melhor o evangelho psicologizado da auto-ajuda do que a verdadeira pregação expositiva que irá desnudar as entranhas da alma dos ouvintes.

No entanto, João não se importava com o que pensavam dele ou de sua pregação. Sua missão era ser "a voz do que clama no deserto" (Is 40.3; Mt 3.3;Mc 1.3; Lc 3.4; Jo 1.23). A sua mensagem era incisiva e judiciosa, pois o seu alvo era despertar os corações acerca do seu lastimável estado pecaminoso afim de que alcançassem arrependimento.


Ele não poupava ninguém. Por mais ilustres ou poderosos que os homens sejam, todos são pecadores e necessitam voltar para Deus. Não se pode fazer distinção ou favorecer um em detrimento de outro pelo fato de estarem em posições distintas na sociedade. O que vale para o plebeu também vale para o rei. Porque a Bíblia diz: “Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só" (Rm 3.12). E, ainda: "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Rm 3.23).

João, o batista tinha esta consciência. Não é à toa que erguia sua voz com indômito valor para denunciar as obras infrutuosas das trevas exatamente naqueles que se julgavam conhecedores da Lei, os arrogantes fariseus. Vejamos:

"E, vendo ele muitos dos fariseus e dos saduceus, que vinham ao seu batismo, dizia-lhes: Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento; E não presumais de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão.E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo. E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; cujas alparcas não sou digno de levar; ele vos batizará com o Espírito Santo, e com fogo. Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará" (Mt 3.7-12).

Será que o Evangelho que estamos pregando se coaduna com as citações bíblicas supracitadas? Será que como João, o batista temos coragem de dizer a esta geração perversa estas mesmas palavras: "Raça de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento" (Mt 3.7,8).

Se não, precisamos rever nosso conceito de pregação e do próprio Evangelho que estamos seguindo. Agradar ao Senhor da Igreja é mais importante do que receber os elogios dos homens.