segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Segundas Intenções




A Rede Globo é matreira e sagaz em sua aproximação aos cristãos. Não é de hoje que percebemos o flerte desta emissora (que sempre se mostrou avessa aos evangélicos) aos principais ícones da música gospel. Em minha opinião, a Globo está mesmo interessada nos cifrões produzidos por este filão mercadológico e, sem reservas, explora este nicho antes tratado com aversão. 



O que lamento profundamente é ver muitos cantores cristãos se venderem aos apelos desta emissora e integrarem o 'casting' da Som livre. Cristão que se preza não deveria estar associado a uma emissora que vomita toda sorte de males nos lares brasileiros. Para mim tal envolvimento é em si  uma contradição e um retrocesso.



Cristão que se preza e lê a Bíblia deveria ligar o seu desconfiômetro no máximo. A Globo, como todos já sabemos, está tentando nos seduzir com a sua suposta aproximação ao segmento evangélico. Obviamente que tal aproximação tem em seu bojo segundas intenções. Não sejamos ingênuos, irmãos. Até bem pouco tempo esta emissora  e a mídia tinha os evangélicos como bossais, retrógrados  e ultrapassados. Certa jornalista da Folha de São Paulo até nos chamou de "raça ignara"  em um artigo de opinião. O que à época teve  uma repercussão colossal, com pedidos de retratação e tudo pelos segmentos cristãos que se sentiram ofendidos pelas invectivas da infeliz repórter.



Podem nos chamar do que queiram. Podem nos ofender e perseguir de todos as formas. Mas nunca conseguirão empanar o brilho de nosso  testemunho cristão. Veja o que Paulo nos ensina:

“Porque tenho para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos pôs por últimos, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, tanto a anjos como a homens. Nós somos loucos por amor de Cristo, e vós sábios em Cristo; nós fracos, e vós fortes; vós ilustres, e nós desprezíveis. Até a presente hora padecemos fome, e sede; estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa, e nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos; somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e o suportamos; somos difamados, e exortamos; até o presente somos considerados como o refugo do mundo, e como a escória de tudo”(1 Co 4:9-13) .

Ora, irmãos, se Paulo, o grande apóstolo dos gentios, se regozija pelo fato de ser perseguido e objeto de escárnio do mundo em função do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo, para nós deve ser considerado a mais alta dignidade e insigne honraria. Posto desta forma, sermos chamados de "raça ignara"  ou de loucos por amor a Cristo ser-nos-ía um elogio.

Mas, voltando ao assunto anterior. Não sejamos néscios ou incautos para não cairmos nas esparrelas armadas por satanás sob a forma de benesses, vantagens ou mesmo suposta aceitação por parte daqueles que antes nos perseguiam abertamente. Lembrem-se da velha máxima: "Se não podemos com eles, unamo-nos a eles". Pense comigo. Tal união é benéfica ou não se trata de apenas mais um estratagema para nos fazer comer em suas mãos? Oremos e sejamos vigilantes. Peçamos discernimento ao Senhor. Sejamos sóbrios, para não nos tornarmos presas fáceis deste sisteminha iníquo.


Soli Deo Glória  

sábado, 3 de dezembro de 2011

Um Tempo Conturbado




O mundo está vivendo um tempo conturbado. De todos os lados percebe-se o receio das nações quanto ao futuro e embalados por tais acontecimentos, não faltam aqueles que se aproveitam do atual quadro de desespero e desalento gerais para auferir lucros e vantagens de todos os tipos. No cinema a onda agora são os filmes apocalípticos, que exploram a temática da destruição iminente, causada por alguma tragédia natural, uma hecatombe nuclear ou ainda uma invasão alienígena. Não faltam temas e criatividade à escritores e cineastas sobre o assunto. Pelo que parece, o desconhecido e a desgraça rendem milhões de dólares mundo afora.

Enquanto isso, no nosso mundo real, precisamos conviver com o fantasma das economias em crise, recessão, desemprego e outra série de fatores nada agradáveis para quem quer que seja. Uma coisa é certa, se os governantes não tomarem medidas corretas no que tange ao uso do dinheiro público e equidade fiscal, todos os nossos receios por mais imaginários que possam ser podem se tornar realidade num futuro cada vez mais incerto. Já temos os sinais ou presságios diante de nós, que nos atenhamos aos fatos.  


















terça-feira, 13 de setembro de 2011

O Conceito de Pessoa



“Como mostrou o filósofo Zubiri, “a introdução do conceito de pessoa na sua peculiaridade foi obra do pensamento cristão”: o cristianismo afirmou e afirma que todo o ser humano – homem, mulher, escravo, deficiente… – é pessoa, com dignidade inviolável, porque é filho de Deus. Kant reflectirá, concluindo que nenhum ser humano pode alguma vez ser tratado como simples meio, pois é fim em si mesmo; as coisas são meios e, por isso, têm um preço – o homem, porque é fim, não tem preço, mas dignidade.”
(Anselmo Borges, DN)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

A PERDA DO PERDÃO



Nos últimos 500 anos o Ocidente viveu o maior ataque cultural da história. Seguindo o magno processo contra a cultura cristã, nas suas três fases, entende-se a situação actual. Primeiro atacou-se a Igreja em nome de Deus. Depois descartou-se a divindade mantendo a moral cristã. Hoje desmantela-se a ética.
A primeira fase seguiu dois passos. Primeiro, com Lutero, Calvino e outros reformadores, agrediu-se a estrutura eclesial conservando o Cristianismo. A fé em Cristo era preciosa, apesar dos perversos eclesiásticos. Depois, através de Hume, Voltaire e outros teístas, o cientifismo deísta rejeitou a doutrina e ritos, acenando à divindade longínqua e apática d'"O Grande Arquitecto" e distorcendo a História para apagar o papel da Igreja.
A segunda fase do ataque dirigiu--se ao transcendente. Recusava-se Deus e a eternidade, pretendendo conservar as regras cristãs de comportamento social. O primeiro passo, de Feuerbach, Comte e outros ateus, quis demonstrar filosoficamente a inexistência formal de Deus na sociedade humanista ideal. O falhanço dos esforços teóricos levou Thomas Huxley, Bertand Russell e outros agnósticos ao ateísmo prático simplesmente desinteressado da questão religiosa.
A fase actual é de ataque frontal à moral cristã. Primeiro, com Saint-Simon, Marx e outros revolucionários, visou-se uma moral exclusivamente humana. Mas, como Nietzsche e Sartre tinham explicado, eliminando a referência metafísica, vivemos "Para lá do Bem e do Mal".
Para compreender os traços essenciais da atitude moral dominante é preciso lembrar o elemento novo e original que o Cristianismo trouxe à civilização há 2000 anos. Aí se situa o núcleo da luta moral da nossa era. Quando Cristo nasceu, a sociedade ocidental já possuía uma estrutura ética sofisticada. Homero, Zoroastro, Sócrates, Zenão, Epicuro e tantos outros tinham estabelecido um sistema complexo de virtudes, regras e comportamentos. No campo estrito da ética, a revelação cristã trouxe apenas um contributo: a misericórdia.

Artigo publicado na sessão Opinião do Diário de Noticias de Portugal 

sábado, 3 de setembro de 2011

O HEDONISMO


O prazer pelo prazer. O prazer imediato a qualquer preço. O prazer egoísta e egocêntrico. Mesmo que o meu prazer seja o desprazer de outros.Vivemos na idade do Prazer.

Está estabelecida nas sociedades ocidentais a falsa ideia de que o princípio do prazer é o referente mais elevado na vida. Como se o sofrimento não fosse a outra face da moeda do prazer. Como se fosse possível vivermos como seres humanos sem qualquer um dos dois.
O desconforto e o sofrimento são hoje considerados socialmente inadequados e por isso varridos para debaixo do tapete, como se fossem lixo existencial indesejável. “Tudo bem?” “Tudo em cima?” “Alto astral”. “Tristezas não pagam dívidas”.

Mas este conceito não se faz representar apenas no âmbito do chamado “espírito do mundo”. Também se vai verificando em algumas teologias e liturgias contemporâneas, onde o que conta é sempre e só a sensação de alcançar um estado de bem-estar, e onde nunca há lugar para a reflexão, a interiorização, a capacidade e a coragem de a pessoa ficar consigo mesma e encarar a sua face lunar sem medos nem subterfúgios.

“Quem sou eu?” já não é uma questão que se coloque, a não ser com finalidade instrumental. Na idade do Prazer já não importa quem sou, de facto, mas apenas que talentos tenho, que dons eu possuo, que possibilidades estão à mão, para fazer o quê com isso, tendo em vista o meu prazer.
O princípio do prazer não permite outra coisa que não seja uma espécie de estado de embriaguez permanente, onde o que importa não é a consciência da minha realidade intrínseca, mas sim a forma de me fazer sentir bem.







segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Sinais Proféticos



Os sinais fragrantes do tempo do fim estão se acentuando cada vez mais de maneira significativa. O nosso mundo parece estar sendo chacoalhado pelas manifestações de uma natureza em fúria e pela ação de fenômenos sem precedentes em toda a história. Os indícios do fim de nossa civilização pecaminosa estão se aproximando e nada pode ser feito para impedí-lo. O tempo do favor divino está com os seus dias contados. Como Nínive, a inexpugnável fortaleza do império Assírio (Na 2 e 3), que foi destruída sem misericórdia pelo juízo implacável do Altíssimo, este mundo também sofrerá as conseqüências de sua impenitência e iniqüidade. Não podemos ignorar o avanço do cumprimento profético e, nem tampouco, a palavra do Senhor. O que foi profetizado acerca deste mundo terá o seu fiel cumprimento de acordo com os desígnios do altíssimo.

No presente século, época caracterizada por um avanço descomunal da ciência e do conhecimento humano sem precedentes, podemos perceber as evidências cabais do fim desta civilização mergulhada no pecado e no desprezo à lei de Deus. Por mais que um povo seja evoluído ou poderoso, não pode escapar do juízo vindouro que se avizinha e da revelação do dia do Senhor. Lembremos das palavras do profeta Isaías:“Eis que as nações são consideradas por ele como a gota de um balde e como pó miúdo das balanças; eis que ele lança por aí as ilhas como a uma coisa pequeníssima. Todas as nações são como nada perante ele; ele considera-as menos do que nada e como uma coisa vã” ( Is 40.15,17).

Analisemos os fatos que estão se dando concomitantemente em todo o mundo e cheguemos, portanto, a uma conclusão. Pelo Espírito podemos concluir que estamos diante dos acontecimentos que conduzirão este mundo para os derradeiros dias de sua história. Como crentes em Jesus somos alertados pela Palavra a estar de sobreaviso e inteiramente preparados para o arrebatamento do povo de Deus. O apóstolo Pedro exortou-nos nos seguintes termos: “Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis” ( 2 Pe 3.14 ). Esta exortação deve fazer parte de nosso ideário de vida, tendo como fim último a consolidação de nossa fé e a nossa própria salvação.

É sumamente importante, todavia, acrescentar que o estudo das profecias e a crença de que Deus está encaixando ‘as últimas peças de seu quebra-cabeças mundial’ serve-nos como alavancas fundamentais para o nosso crescimento espiritual e, sobretudo, para o desenvolvimento de um fé centrada nas escrituras como único fundamento confiável e sólido para as nossas vidas. Reinhold Federolf em artigo publicado na revista Chamada da Meia Noite intitulado: Tempos Finais: Sinais que nunca houve, assevera: “ A profecia bíblica é como um quebra-cabeças: com muita diligência e perseverança juntamos as muitas peças até completarmos o quadro inteiro à nossa frente”.

A Bíblia nos exorta a atentarmos para a palavra profética como indicadora da ação de Deus no palco da história humana. Pedro declara: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la,como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração” (1 Pe 1.19). Atentar para a palavra profética é prestar atenção nos eventos que fazem parte deste mesmo cumprimento, ou seja, os fatos que atestam a veracidade das Escrituras e nos permitem compreender a realidade da profecia bíblica em nosso tempo. O profeta Daniel vaticinou que nos últimos dias haveria um interesse cada vez maior pelas profecias, o que de fato ocorre em nossa época. Vejamos: “Tu,porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até o tempo do fim; muitos o esquadrinharão e o saber se multiplicará”(Dn12.4). Indubitavelmente, nunca se viu um interesse tão intenso pela interpretação das profecias como em nosso tempo. As palavras do profeta Daniel embora profetizadas séculos atrás, são atualíssimas. Corroborando e atestando a confiabilidade dos escritos sagrados. Reinhold Federolf sobre isso declara: “Entenderemos cada vez melhor as profecias e como elas se conectam, bem como seu cumprimento concreto”

Partindo do princípio que o Altíssimo tem o controle dos acontecimentos mundiais e dos eventos da história humana, podemos de fato descansar nas promessas imutáveis da palavra e no pleno cumprimento de todos os desígnios divinos. O apóstolo Pedro afirma: “Sabendo,primeiramente, isto: que nenhuma profecia da escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” ( 1Pe 1.20,21). A seu tempo, o Senhor fará valer a sua autoridade sobre o mundo inteiro e todo propósito humano não prevalecerá. Em Apocalipse está escrito: “O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” ( Ap 11.15).


Na visão dos reinos simbolizados na estátua do sonho do rei Nabucodonosor, a pedra que rola da montanha e toca os pés da estátua esmiuçando-a, representa o reino de Cristo, que subjugará os reinos do mundo e jamais passará. Este reino será diferente de todos os reinos que já existiram, porque ele será fundamentado na justiça e no amor do Deus Eterno. Leiamos Daniel: “Mas nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” ( Dn 2.44). Que possamos louvar e engrandecer o nome do Senhor porque estaremos na nossa sorte quando ele voltar e consumar a sua promessa. “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” ( 2Pe 3.13). Amém.

sábado, 6 de agosto de 2011

LIBERDADE E RESPONSABILIDADE





Os homens são responsáveis diretos por suas ações uma vez que foram dotados de razão e intelecto. Desta forma posto, todos são capazes de refletir se determinada ação é ou não prejudicial a si mesmo ou ao seu próximo. Portanto, o homem deve ser consciencioso e adotar uma postura reflexiva em todos os aspectos de suas decisões, caso contrário pode colher os resultados de sua insensatez ou intemperança.

 No episódio de Gênesis que relata o primeiro assassinato da humanidade cometido por um dos filhos de Adão, percebemos a exacerbação dos instintos carnais sobre a razão, trazendo como consequência imediata um fratricídio. Vejamos o que Deus disse a Caim antes que o mesmo cometesse o crime:

“E o Senhor disse a Caim: Por que te irastes e por que descaiu o teu semblante? Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás ( Gn 4.6.7).

 Observe que o Senhor disse a Caim que o seu desejo estava ao seu alcance dominá-lo, portanto qualquer ação maligna que ele intentasse naquele momento poderia ser refreada ou impedida se ele cedesse à voz divina. Mas isso não aconteceu, porque ele preferiu dar ouvidos aos seus impulsos iracundos e a tragédia então se deu na primeira família que foi estabelecida na terra. “E falou Caim com o seu irmão Abel; e sucedeu que, estando eles no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel e o matou” (Gn 4.8).

 O resultado posterior ao homicídio todos nós já sabemos, ou seja, maldição e banimento (Gn 4.11,12). Caim foi expulso para a terra de Node( Gn 4.16) que  significa exílio na língua hebraica.

O caminho de Caim é o caminho da desobediência e da incontinência no que tange às coisas espirituais. Tal caminho sempre trará resultados funestos a todos aqueles que por ele trilharem.

Voltando um pouco atrás desta narrativa, mas precisamente no capítulo 3 do livro do Gênesis onde trata da tentação e queda do homem, veremos que Deus testa a obediência de nossos primeiros pais no Éden ordenando-lhes que não provassem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal que estava no meio do jardim. Atente para o fato de que o Senhor, embora tenha dado uma restrição aos nossos primeiros pais de que não comessem do fruto proibido, todavia, não lhes tolheu a liberdade de circularem pelo paraíso. Isso demonstra claramente que Deus, conquanto soubesse por sua onisciência que o homem transgrediria sua ordem, preferiu dar um voto de confiança ao casal que criara.

A árvore estava ali diante deles, mas eles tinham o dever moral de não tocá-la, uma vez que tal atitude incorreria na violação da ordem divina. Portanto, deveriam controlar a ansiedade e a curiosidade de experimentar do seu fruto por obediência e temor daquele que lhes advertira. No entanto, o relato inspirado declara que Satanás perverteu o coração de Eva, e esta, dando ouvidos à serpente, comeu do fruto proibido e deu-o também a Adão, fazendo dele o seu cúmplice na transgressão. Vejamos:

“Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: não comereis de toda árvore do jardim? E disse a mulher à serpente: Do fruto das árvores, do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Então a serpente disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus sabendo o bem e o mal. E vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também ao seu marido, e ele comeu com ela” ( Gn 3.1-6).

Observe a distorção da ordem divina nas palavras da serpente neste fragmento: “É assim que Deus disse: não comereis de toda árvore do jardim? Vemos claramente o erro nestas palavras. Deus não disse a eles que comessem de todas as árvores. Ele lhes advertiu que comessem  de todas árvores frutíferas, menos da árvore do conhecimento do bem e do mal, nesta eles não poderiam tocar. Eva sabia de tal asserção divina, pois ela mesma repetiu à  serpente o que Deus havia ordenado. Entretanto, Eva falhou na manutenção de tal obediência em seu íntimo quando cedeu às investidas do Diabo. Satanás conseguiu corromper os seus sentidos e desta forma obter êxito em sua estratégia.

Deus sempre estabeleceu regras e limites ao seu povo. O relato da queda do homem revela o que pode acontecer quando nós violamos os seus mandamentos. Nossos primeiros pais e toda a raça humana passaram a gemer sob o estigma do pecado e a morte passou a reinar no mundo. Mesmo que não tenhamos pecado à semelhança do pecado original, contudo, herdamos os gérmens de sua transgressão por solidariedade da raça. O apóstolo Paulo deixa claro essa verdade:

“Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos homens, por isso que todos pecaram. Porque até à Lei estava o pecado no mundo, mas o pecado não é imputado não havendo lei. No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir” ( Rm 5.12-14).

As consequências funestas do pecado repercutiram sobre toda a raça humana, como o resultado imediato da violação dos princípios divinos estabelecidos desde o princípio. Toda ação tem uma reação direta sobre alguma coisa. É uma lei inalterável. Deus estabelece marcos e demarca limites em nossa vida para que não os ultrapassemos. A quebra de tais linhas demarcatórias conduz os indivíduos à ruina e a frustração. Não temos visto as mesmas repetições do passado em nossa sociedade? Muitos desobedecendo aos seus pais e vivendo desordeiramente terminam seus dias de juventude trancafiados em uma cela, escravos de vícios ou mortos. Como bem disse Paulo: “O salário do pecado é a morte” (Rm 6.23).

Quando fazemos concessões ao diabo e ignoramos as advertências do alto colhemos o fruto amargo de nossas iniquidades. A lei da semeadura é implacável. O que homem plantar, isto ele colherá. Paulo declara que: “O que semeia na carne, da carne colherá corrupção, mas os que semeiam no Espírito, do Espirito colherá vida eterna (Gl 6.8). Tudo depende de uma escolha, de uma atitude, de uma mudança de vida e de mentalidade. O Senhor tem bons pensamentos para conosco, pensamentos de salvação! Estamos dispostos a obedecê-lo ou ignoramos suas advertências. Na carta aos hebreus está escrito:” Como escaparemos nós se negligenciarmos tão grande salvação!(Hb 2.3). Deixemos de lado a dura cerviz e humilhemo-nos diante do Senhor para que alcancemos sua misericórdia e graça.

A árvore do conhecimento do bem e do mal ainda faz as suas vitimas na atualidade. Assim como nossos primeiros pais cederam à tentação de Satanás e desobedeceram ao Criador. O homem moderno se deixa seduzir com as mesmas falácias revestidas de uma nova roupagem e chafurdam na lama do pecado e do engano. O único caminho para se escapar deste círculo vicioso e o arrependimento. Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais o vosso coração (Hb 3.7,8).       
             

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

NO LIMIAR DA ETERNIDADE



Existem no mundo indícios que atestam estarmos vivendo o fim desta Dispensação. Os fatos por si só nos dão cimentação necessária para sem dúvidas declarar que os últimos dias chegaram; e, que, por isso, podemos esperar o Arrebatamento para qualquer momento. Percebemos o adiantado aumento do mal em escalas inimagináveis e de toda espécie de práticas contrárias à vontade divina sendo amplamente aceitas e divulgadas por muitos elementos da sociedade. Coisas que fariam qualquer um corar de vergonha no passado, hoje, são taxadas como normais.

O pecado não é mais visto como algo pernicioso que deve ser evitado e os cristãos que creem na Bíblia e se afastam de toda conformidade com este mundo perverso são considerados retrógrados e antiquados. Embalados por seus desejos e práticas profanas a humanidade avança a passos bem largos para sua própria desgraça.

O hedonismo é outro sinal característico desta sociedade ímpia. A busca por prazer sem limites não só é decantado como também favorecido por programas televisivos, filmes e novelas repletos de moços e moçoilas saradões dispostos a tudo pela fama. Os valores saudáveis e a boa moral foram varridos para o lixo, em nome da luxúria e da sensualidade desenfreada. As fronteiras de Sodoma e Gomorra foram há muito ultrapassadas!

Vivemos no mundo do entretenimento e das aparências. A juventude prefere perder-se nos embalos noturnos e em folguedos inúteis muitas vezes regados a álcool e drogas ilícitas, a buscarem uma vida regrada pela palavra de Deus. Os modelos a serem imitados são astros televisivos e jogadores de futebol, indivíduos que em sua grande maioria tem conduta duvidosa e reprovável.

Não temos visto o caminho de loucura trilhado por tantos que são considerados os ícones de toda uma geração? Nomes como os de Jimi Hendrix, Janis Joplin, Curt Cobain, e a mais recente da lista, a inglesa Amy Winehouse. Que vida fútil esses indivíduos levaram, e que fim melancólico e soturno tiveram. Tudo em nome do sucesso, dos flashs e do ouro dos tolos! Pagaram um preço elevado por isso  ̶̶  a perdição de suas almas! Como bem disse William Shakespeare: “A morte é um ministro inexorável, que não adia sua execução.” Portanto, é melhor sermos sóbrios e atentos ao que Deus nos diz, do que cometermos o erro de acharmos que temos muito tempo e desprezarmos o convite do Senhor ao arrependimento.

 A Bíblia diz: “Se hoje, ouvirdes a sua voz não endureçais o vosso coração”. Em Hebreus 9.27 está solenemente escrito: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo”. Lembremo-nos de quão categóricas são as advertências divinas. Não devemos jamais tratá-las com indiferença ou escárnio, do contrário como escaparemos ao juiz, e eis que ele está às portas! (Tg 5.9).

Não sejamos tolos para conosco mesmos. Não façamos o que muitos já fizeram e que outros continuam fazendo, ou seja, partir para a eternidade sem se estar preparado. Meditemos nesta ilustração que li certa vez em um livro:

“Havia em um lugar muito distante um reino, um rei e um bobo. Certo dia, o rei convocou a todos os seus súditos para uma festa durante a qual escolheria um novo bobo da corte. Sabe-se que segundo a tradição dos bobos, se aparecesse um outro bobo mais bobo do que o bobo oficial, este lhe passaria o cetro e o gorro de bobo ao vencedor. Num espaço de dias anteriores à festa, o rei adoeceu gravemente e ordenou que o seu bobo fosse introduzido em sua presença. O bobo obedecendo a ordem do  rei, entrou nos aposentos reais e pôs-se reverentemente diante de seu senhor. O rei vendo o bobo começou a se lamentar, dizendo:

̶  Meu caro, bobo!. Estou prestes a empreender uma longa viagem.

Ao que o bobo perguntou:

̶  Um longa viagem, Majestade! Para onde?  

O rei, então respondeu:

̶  Para muito... muito longe meu bobo. Uma viagem eterna!

O bobo novamente perguntou:
̶  Já fizestes os preparativos para sua longa viagem, ó meu rei?

O rei respondeu:

̶  Não, meu bobo. Não os fiz!

O bobo então tomando o seu gorro de bobo e o seu cetro de bobo os entregou ao rei, dizendo:

̶ Aqui está majestade, o meu gorro de bobo e o meu cetro de bobo, porque nem eu sendo bobo, partiria para a eternidade sem estar preparado! 


Esta ilustração revela-nos a importância de estarmos preparados para a eternidade e para o encontro com o Senhor. Em João 5.25 está escrito: “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão.” As escrituras revelam que uns ressurgirão do pó para a vida eterna, ao passo que outros, para a vergonha e o desprezo eterno (Dn 12.2).  A primeira ressureição se dará no arrebatamento ( I Co 15.23,51-58; 1 Ts 4.13-18) . A segunda depois do milênio no trono branco (Ap 20.1-15). Em qual das duas você estará? Pense, sua decisão repercutirá na eternidade.        


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Sinais



O assunto do momento é o multiculturalismo entre os povos, que parece estar se tornando uma coqueluche global. O problema em si não é a multiculturalidade, mas a repercussão que a mesma levanta nos debates públicos em todo o mundo. Para algumas nações o fluxo imigratório se constitui uma ameaça não apenas pelas questões econômicas ou sociais que ele representa, mas também  pelo aumento das possibilidades de entrada de indivíduos perigosos pelas suas fronteiras dando margem à criação de células terroristas, o que seria muito mais danoso aos governos.     


Depois dos atentados terroristas de 11 de Setembro, o mundo passou a ser um lugar perigoso e os ânimos ficaram mais exaltados. As discussões sobre imigração e o recrudescimento de políticas de controle imigratório passaram ser vistas como única alternativa para impedir a entrada de personas non gratas nos solos nacionais. Portanto, exige-se dos Estados-nacionais medidas para inibir o livre fluxo de cidadãos indesejáveis, sobretudo, da América Latina ou do mundo islâmico. Tais mudanças antropológicas, sociológicas e geopolíticas ressuscitaram o fantasma da xenofobia e os ideais nacionalistas em todo o mundo, acirrando ainda mais o problema. Diante de tais fatos o individualismo e medidas extremas como a de Anders Breivik pode se tornar pontuais em vários lugares do planeta, como bem disse Sigmar Gabriel, chefe do Partido Social-Democrata da Alemanha:


[...] uma tendência de a xenofobia  e do nacionalismo na região ter promovido os ataques na Noruega. “Em uma sociedade onde o sentimento anti-islâmico e isolamento foram tolerados naturalmente nas margens da sociedade, haverá pessoas loucas que se sentem legitimadas na tomada da medida mais difícil”, disse ele.


 “O centro da sociedade, tem de deixar claro que não há espaço para isso com a gente, mesmo  para as versões higienizadas", disse o Sr. Gabriel. "Há um profundo sentimento na sociedade de que o pêndulo oscilou demais para o individualismo.”


Tal individualismo presente no ato isolado e premeditado de Breivick aponta para um outro fator preocupante, ou seja, será que tal comportamento ou ideologia não será seguida ou imitada por outras pessoas? Será que tal fenômeno é passageiro ou isso representa a desilusão da juventude com os modelos vigentes de governo que não produzem nenhuma mudança substancial no atual quadro mundial? Ou ainda: Não será isso um sinal dos tempos. Um indício que aponta para a vinda do Senhor Jesus?


O fato é que o amor está se esfriando rapidamente. Jesus previu isso. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará” (Mt 24.12). Paulo sobre o tempo do fim deixou claro que seriam tempos trabalhosos, ele declara: “SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes,  cruéis, sem amor para com os bons, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” ( 2 Tm 3.1-5).Todo este quadro de  instabilidade e a ausência de perspectivas mundiais levarão o mundo a clamar por um governo global. O palco já está montado,    aguarda-se apenas a manifestação dos personagens.