segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

MALAFAIA E AS PALAVRAS AO VENTO





Os pastores que não adotam a famigerada teologia da prosperidade foram chamados de “idiotas” por um tal teleevangelista exaltado que todos nós já conhecemos por seus discursos inflamados na mídia. A questão não é se os pastores são ou não idiotas, mas se eles merecem tal alcunha por terem discordado deste infame ramo da “teologia”. Mas, o que é ser idiota mesmo? O Dicionário Web dá   a seguinte definição para este verbete. Vejamos:


Diz-se de, ou indivíduo estúpido, falto de inteligência, de bom senso;

 Diz-se de, ou pessoa retardada, cuja idade mental não passa de três anos (Q.I. inferior a 20). (Sin.: débil mental);

Adj. Que denota estupidez: riso idiota;

Já percebeu que tal palavra não é em nada delicada em sua definição, não é? Todavia, foi desta maneira que o Silas Malafaia, que também é pastor, se referiu aos seus pares. Seria trágico se não fosse cômico, mas foi isso mesmo. Recentemente, ele disparou contra a jornalista e escritora ateia Eliane Brum, chamando-a de “vagabunda”, ao comentar o  artigo que ela escreveu para época contando não ser fácil a vida de ateus em um Brasil cada vez mais marcado pela intolerância evangélicaEm outro episódio, envolvendo a Câmara de Vereadores de São Luís (MA), Malafaia chamou um pedetista de “moleque”, “vagabundo” e “bandido”, além de ter tachado a Câmara de “poleiro” e os vereadores de “bocós” (abestados). O presidente da casa, Isaías Pereirinha (PSL), também criticou Malafaia por ter insultado e desrespeitado o poder legislativo municipal.  Silas Malafaia agora é ‘persona non grata’ em São Luís. 

O que questiono aqui são as atitudes do pastor e as suas palavras intempestivas, ditas de forma precipitada no calor das discussões. Como homem público que é, e ainda por ser líder cristão, deveria se portar com mais temperança, não dando margens aos não crentes para criticar o evangelho por seu mau testemunho. O que seria ainda mais prejudicial.


Devemos analisar a seguinte coisa com bom senso. Quando um pastor se excede, como ele está se excedendo, está de certa forma contrariando as Escrituras. Em 2 Timóteo 2.24,25 está escrito: “E ao servo do senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem”.


Outra coisa também deve ser considerada. toda palavra frívola dita pelos homens será cobrada naquele dia. Jesus disse: “digo-vos que de toda palavra frívola que proferirem os homens, dela darão conta no dia do juízo; porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado” (mt 12:36-37).Portanto, devemos pesar tudo aquilo que falamos sempre levando em conta o crivo das sagradas escrituras, nossa regra de fé e prática.

Quanto às palavras carregadas de ira, insulto, ou invectivas contra alguém, Jesus é categórico. Em Mateus 5:21-26, ele deixa claro:  


“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e: Quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que (sem motivo) se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, estará sujeito ao inferno de fogo. Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta. Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo.”


Sobre este texto, temos o seguinte comentário de John Stott :


“Jesus nos adverte contra o chamar a nosso irmão de  raca  (provavelmente o equivalente à palavra aramaica que significa “oco”) ou more  (a palavra grega para “tolo”). Parece que “raca” é um insulto à inteligência da pessoa, dizendo que ela é “cabeça-oca”, e os comentaristas rivalizam-se entre si, propondo paralelos, tais como “pateta”,  “estúpido”, “parvo” ou “cabeça-dura”.” Seja como for, as palavras proferidas aos pastores estão enquadradas neste contexto e, portanto, devem ser repensadas pelo Pastor Silas. Um pedido de perdão seria o mais correto segundo a Bíblia.


Soli Deo Gloria!   

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ESCOLHAS PERFEITAS




Nas trevas deste tempo final a escolha certa é fundamental para definir nossa trajetória cristã, bem como o nosso êxito ou fracasso por toda a eternidade. Se escolhermos bem, seremos bem-aventurados. Se escolhermos mal, estaremos fadados às eternas desventuras de nossa escolha precipitada. Portanto, escolher bem é imprescindível para se galgar vitórias na fé e um dia entrar nos céus. A Bíblia nos mostra que algumas pessoas fizeram escolhas certas ao passo que outras fizeram escolhas erradas pagando um alto preço por tais escolhas.  Vejamos algumas boas escolhas:


“E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta.” ( Gn 4.4).


Nesta passagem percebemos que a disposição do coração de Abel era benigna. Ele queria em tudo agradar ao Senhor e lhe dar melhor que possuía. Tal escolha lhe rendeu a aceitação divina ao passo que suscitou o ciúme diabólico de seu irmão Caim.  Deus está sempre atento para nossas ofertas existenciais, para as nossas aspirações em servi-lo, para os nossos comprometimentos com a sua obra; e sempre recompensará sobremaneira os que com denodo se entregarem de corpo e alma em cumpri-la sem reservas.  Não importa o quanto isso nos custará, desde que nós mesmos entendamos que o melhor é estarmos no centro da vontade divina, e nada mais.


Pelo seu gesto e por sua postura ilibada para com Deus, o nome de Abel permanece  com a designação “justo” no panteão dos heróis da fé. A sua memória é relembrada nas páginas das Sagradas Escrituras como exemplo de fé a ser imitado:  


“Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala” (Hb 11.4).


Numa época de abandono dos valores sagrados e profunda descrença, os que adotam o estilo de vida de Abel não  medirão esforços para fazer a diferença em um mundo de trevas e engano.  Como luzeiros sempre brilhantes, espargirão a luz bendita de seu testemunho altissonante   a tantos quantos estiverem ao seu redor. Porque na verdade isso é o seu quinhão, a sua herança no mundo: ser transmissor da luz da justiça divina através da própria vida e testemunho. Que nos inspiremos no modelo Abel e tenhamos o testemunho dos céus ao nosso favor buscando sempre o reino de Deus e a sua Justiça ( Mt 6.33).



A escolha de Abraão em deixar sua terra natal e palmilhar em terra estranha sob o comando de Deus foi sem dúvida extraordinária. Leiamos Gênesis:


“ORA, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. Assim partiu Abrão como o Senhor lhe tinha dito”  (Gn 12.1-4).

Abraão representa os crentes que andam por fé. Esta é uma característica notável do patriarca. Em primeiro lugar ele ouve a voz de Deus lhe fazendo promessas de uma terra que ele não conhecia e de um povo que descenderia de sua semente. Tão numeroso como as estrelas do céu e tão incontável como as areias da praia do mar. Tal prerrogativa poderia parecer inverossímil para qualquer um de nós, mas não para Abraão. Ele creu incondicionalmente no Senhor e isso lhe imputado por justiça. Sua escolha teve repercussões que transcenderam os séculos e própria história dos homens sobre a terra.  A Bíblia diz:


“Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça” ( Rm 4.3).

“Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça” ( Gl 3.6).

“E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus” (Tg 2.23).


Que as nossas escolhas sejam tão sábias como as escolhas feitas pelo pai da fé. Que atenhamo-nos incondicionalmente a todas as promessas Deus em sua Palavra. Desenvolvamos a capacidade espiritual de ouvir em silêncio a voz do Eterno  e, ouvindo-a, possamos colocá-la por obra em nossa vida. Assim como Deus tratou com Abraão em todos os detalhes, não duvides que ele possa também fazer contigo. Deus é fiel e a sua benignidade dura para sempre! ( Sl 118.29).


Um outro exemplo de escolha notável é a de Moisés. Mesmo podendo optar em permanecer como um príncipe egípcio adotivo cheio de regalias e faustos mundanos, optou por um caminho completamente oposto. Vejamos o que a Bíblia diz:


“Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado” (Hb 11.24,25).


O que isso demonstra para mim e para todo o crente? Que as alegrias e as vantagens deste mundo, conquanto prazerosas em sua aparência e usufruto são transitórias e fugazes em sua essência. De que adiantaria ter toda glória e pompas egípcias e viver afastado de Deus e de sua herança para sempre. Aparentemente o mundo nos propõe vantagens semelhantes. Por esta razão, precisamos de discernimento e bom siso para rejeitarmos aquilo que não agrada a Deus, sendo coerentes com o nosso chamado e vocação. Satanás pode usar o mundo como um chamariz para a ruína  de um crente. As suas ofertas mirabolantes à semelhança das feitas a Jesus no deserto da Judéia continuam bem tentadoras. Não poucos tem sucumbido a tais apelos sedutores. O “tudo isso te darei” (Mt 4.9) do Diabo, pode até soar como música em muitos ouvidos, mas é tão letal para a alma do que o veneno de uma víbora áspide é para o corpo. Sejamos precavidos, nunca ignorando os ardis do inimigo (2Co 2.11).

Moisés venceu a tentação sendo obediente ao seu chamado e fiel ao desígnio para o qual foi escolhido, o qual estava arraigado em seu coração desde criança por influência de seus pais hebreus. O desabrochar da vontade de servir ao chamado divino foi apenas uma questão de tempo. A escolha já estava talhada em seu espírito. Será que está  escolha já foi talhada em nosso íntimo ou ainda coxeamos em dois pensamentos?  Decidamos-nos o quanto antes, eis que o machado está à raiz das árvores! (Mt 3.10).  

Soli Deo Gloria!

APOSTASIA ESCANCARADA



 

Entendamos uma coisa: a apostasia chegou e está escancarada diante de nossos olhos. O mundo evangélico ou universo "gospell" cada vez mais exala seus miasmas pestilenciais, o cadáver está em adiantado estágio de putrefação. Muitos podem achar que estamos radicalizando ou que somos críticos em demasia quando escrevemos ou denunciamos deslizes teológicos daqueles que deveriam,em tese, ser os guardiões da verdade ou os mantenedores da Doutrina Apostólica. Mas, quando o fazemos, é porque não mais suportamos a atual condição e nos sentimos como que agredidos em nosso íntimo por tais comportamentos hediondos que não honram em nada a Jesus e, tampouco, a sua Igreja.


É nesta hora que a nossa verve profética aflora de forma bem vigorosa. Eu creio que isso não é diferente em muitos irmãos que amam a Sã Doutrina e, que, pelas Escrituras entendem que o trem está fora dos trilhos descarrilado. Pensemos uma coisa: O que aconteceria se um dos profetas ou mesmo um dos apóstolos ressuscitasse e estivesse entre nós, frequentando tais igrejas viciadas e inchadas pelo fermento trevoso da apostasia? Já imaginaram como eles ficariam decepcionados e completamente constragidos com o quadro de vilipêndio e sacrilégio sem precedentes perpetrados por pseudopastores e vigaristas travestidos de santos?


O que Paulo falaria do cinismo e da falsa piedade de Murdock, Cerullo, Baker, Hagin, Malafaia, os Hernandes, dentre outros, que pululam o evangelicalismo mundial, mas que não têm nem de longe a dignidade e a decência dos verdeiros discípulos de Cristo? Com certeza, ele coraria de vergonha com tamanho mascaramento e com as intenções nada modestas destes figurões mortos-vivos que evolam seus odores nauseabundos de perdição.


Conta-se que certo pintor italiano chamado Domêncio Fetti,pintava alguns afrescos de uma basílica italiana.De propósito,deixou a face do apóstolo enrubecida. Uns religiosos que ali passavam, percebendo o rubor nas bochechas de Paulo, perguntaram:


-Por que ele tem a face tão vermelha?


Ao que respondeu o artista:


- Ele cora de vergonha por vossas iniquidades e vícios!



Nota: Esta postagem surgiu de comentário feito por mim à postagem "Óculos sem lente? Cuidado! É uma "Armação" no blog do amado irmão Alberto Couto Filho. Usualmente, alguns comentários que faço nos blogs de alguns irmãos servem-me como uma nova postagem neste espaço. Considero que partilhar cada informação aqui, é importante para alertar, exortar ou mesmo instruir a muitos que se encontram tosquenejantes na fé, bem como chamar a atenção de todos para um sério comprometimento com o Evangelho de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.