sábado, 22 de setembro de 2012

PRELÚDIOS




Eis-nos aqui nesta nau que singra mares encapelados. Digo encapelados porque tenho a clara a constatação que as vagas estão ficando cada dia mais fortes. Será um prenúncio do arrebatamento? De qualquer forma, sustentemos firme o timão e não abramos mão de nossa bússola: a Bíblia. Ela, sim, nos mostrará o porto seguro neste mar indomável de monstros e mistérios; de dores e naufrágios; de tormentas e bonanças que se nos acometem. 


Já vemos ao longe o rútilo do fanal maior a guiar-nos à pátria. Onde sons benfazejos e cânticos alvissareiros já ouvimos se erguer. Utopia? Quimera? Não! Verdade eterna que embala nossa alma e nos faz sentir saudades do céu. Quem me dera já estar lá envolvido em fulgor! Enquanto aquém suspiramos anelantes, "raios últimos do sol despontam já na dourada porta de Sião" diz o sacro hino da harpa. Donde mil alvores estonteiam os olhos e aparvalham a mente num riso de gozos incontidos. Oh! Sorte dos santos,que nós a tenhamos!


Bendito aquele que cruzar os umbrais de Sião e divisar em amor o rosto do mestre. Aquele mesmo olhar mansueto e terno que se viu na Judeia a espargir o brilho de uma esperança imorredoira que ficaria arraigada nos corações de pobres pescadores até o fim. Aquele mesmo candor de luz que emanaria salvação aos confins da terra e descortinaria as rotas da eternidade a nós, reles mortais e pecadores miseráveis.


Isaías declara que Ele veria o resultado de seu trabalho e se regozijaria. Sua olhar presciente e profético antevia as multidões de remidos libertos do pecado pela obra da cruz. Os povos resgatados de todos os quadrantes e rincões esquecidos do mundo pelo seu sacrifício inaudito. Este mesmo sacrifício que nos redimiu e nos fez dignos pela graça de sermos contados entre suas miríades. 


Pobres coitados aqueles que negam tais verdades e que se deixam levar pelos silvos da serpente. Coitado de Gondin e dos teólogos revisionistas e liberais que temerariamente achacam o Livro Santo. Coitados dos heresiarcas, dos embusteiros, dos pseudomestres e outros rábulas da fé alheia. Todos se revolverão em seu monturo acossados por uma consciência que os carcomerá com um verme por toda a eternidade. Que Deus tenha misericórdia de suas almas!!!

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

DEUS SABE





“Eu sei quantas coisas boas você está  fazendo” (Ap 2.2a). “Deus conhece cada esforço envidado pelos seus servos no afã de fazer a sua obra. Todo árduo trabalho ou sofrimentos em prol do Reino terão avultado galardão( Pv11. 18; 12.14; I Co 3.14-15; Ap 22.12). Paulo declara que o trabalho cristão jamais será em vão no Senhor (I Co 15.58). A seu tempo, os laboriosos servos que militarem legitimamente na seara do  Mestre receberão os seus louros ( Is 40.10;62.11;Jr31.16;Jo4.36; I Co 3.14; Co 3.24; 2Jo 1.8; Ap 22.12).

A igreja de Cristo na terra não apenas leva a missão de pregar o Evangelho ao mundo (Mc 16.15), como também deve levar o seu testemunho(Mt13. 9; At 14.3; 20.24; 26.22; I Co 2.1; 2 Ts 1.10; 2 Tm1.8; I jo 5.10) e o seu vitupério ( Hb 11.26;13.13). Cristo nos chama para encarnarmos o seu modelo de servo sofredor e o seu exemplo de desapego aos padrões do mundo. Servir a Deus exige acima de tudo renuncia e abnegação. O Mestre nos conclama a negarmos a nós mesmos, carregar a nossa cruz e segui-lo(Mc 8.34; Lc 9.23). Ele mesmo deixou  bem claro que aquele que lança mão do arado para trás não pode olhar( Lc 9.26). O caminho é para  frente, para o alvo da soberana vocação em Cristo Jesus(Fp 3.14). Devemos, portanto, abandonar todos os andrajos, rudimentos e ranços da velha vida para agradar ao Senhor que nos chamou( Gl 4.3-9; Cl 2.8; Hb 6.1).

Paulo declara que os que militam não devem se embaraçar com os negócios desta vida (2 Tm 2.4,5). Qualquer comprometimento escuso ou transigência com o atual sistema constitui-se alta traição. A Bíblia é clara, não devemos amar o mundo (I Jo 2.15). Tal envolvimento é em si mesmo perigoso e danoso para com a comunhão e o serviço cristão.

Mais uma vez as palavras de Paulo fazem eco ao asseverar que não podemos nos conformar com este século( Rm 12.2). Àqueles que desejam entrar no Reino devem ser antagônicos aos valores vigentes que estão em franca oposição ao Evangelho. Quem serve ao Senhor anda na contramão destes valores e repudiará quaisquer tentativas de se ter a aceitação do mundo ou de se tê-lo como referencial.

Tiago afirma que a amizade do mundo é inimizade contra Deus( Tg 4.4). Não podemos servir a dois senhores, Jesus deixou categoricamente exposto tal realidade em seu discurso terreno (Mt 6.24). Se desejarmos servi-lo com inteireza de propósito e denodo, sejamos, pois, obedientes às admoestações divinas ainda que isso gere perseguição e martírio. Perfilamos ao lado de Pedro quando diz: “Mais  importa obedecer a Deus e não aos homens” ( At 5.29).

Lembremos-nos sempre de uma coisa: para exercermos a obra de Deus teremos sempre ajuda do Espírito santo. Para tanto, Deus concedeu dons espirituais e talentos a sua igreja, que para exercer de forma correta tais carismas, deve atentar para as instruções bíblicas concernente à vida de santidade e a observância dos princípios bíblicos e exposições apostólicas. Tendo estes alvos delimitados sob a estrita dependência do Espírito Santo, inicia-se a tarefa de plantar sementes no solo dos corações dos homens. Este desafio exige constate oração e empenho por parte dos envolvidos.