“E tu, Belém Efrata, pequena demais para
figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em
Israel, e cujas origens são desde antigos, desde os dias da eternidade” (Miquéias
5.2).
“Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia”
(Mateus 1.1).
Deparamo-nos como mais uma véspera
de Natal que o Senhor nos concede com vida e saúde e, sobretudo, estando na sua
presença divinal. À medida em que os tempos escorrem para o vácuo da memória e
se tornam parte do panteão da história de nossas vidas neste mundo, somos forçosamente
levados a refletir sobre a trajetória de nossas existências fazendo em um dado
momento um retrospecto do passado, tendo em vista firmar os nossos passos no
presente e, por conseguinte, prepararmo-nos para o futuro com fé e esperança no
Cristo que vive e em breve virá para restaurar este mundo agonizante.
Neste momento de reflexão em que revisitamos
nossas reminiscências, obviamente, como num lapso ou átimo de segundo nos vem à
recordação os entes queridos e os caros amigos que estiveram junto à nós em
outros natais, mas que não estão mais conosco. Partiram para a eternidade deixando
saudades indeléveis na tábua de nossos corações.
Nos instantes de nostalgia uma lágrima ou
outra pode brotar em nossos olhos, mas, ao mesmo tempo, recebemos as consolações
do Espírito Santo, alentando-nos e nos dando novas expectativas em Deus e em
seu cuidado paternal para com todos os seus filhos queridos. Lembramo-nos então de que no mundo somos
peregrinos e que um dia estaremos com o Senhor. O Natal, portanto, se reveste
de um momento de renovação de aliança, onde podemos reiterar nossos votos de
lealdade a Jesus e permanecermos inabaláveis com os olhos fitos em suas
promessas infalíveis.
E é este o verdadeiro sentido do
Natal cristão, levar-nos a viver em despojamento dos padrões impostos por este
mundo insano e mergulhado em guerras, matanças e ódios desenfreados. Diante do
exposto me vem à mente as palavras do apóstolo Paulo, que diz: “Não vos
conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação das vossas
mentes” (Romanos 12.2). Somente com mentes transformadas pelo Espírito Santo
poderemos viver renovados no espírito do nosso entendimento (Efésios 4.23) e,
desta forma, vivermos no mundo fazendo toda a diferença. Que possamos
interiorizar a mensagem do Rei dos reis, “cujas origens são desde antigos,
desde os dias da eternidade” (Miqueias 5.2) e, portanto, em fazendo isso
vivermos em seu amor e bondade, sempre embalados em ternos afetos de
misericórdia uns para com os outros. UM FELIZ NATAL A TODOS!