Lamentavelmente, percebemos que o mundo com seus valores corruptos e dissociados do Evangelho estão influenciando a igreja hodierna. O quadro de apostasia e de abandono dos pilares fundamentais da fé cristã é perceptível em nosso tempo. O que podemos esperar de uma igreja que não tem mais a Bíblia como sua bússola? O que esperar de pastores que há muito não sofrem mais as Escrituras, antes são indiferentes as suas verdades? Com certeza não muita coisa, a não ser mais desvario.
O fato é que, como bem disse W.W.Wiersbe: "A igreja tem perdido o alto padrão de quem é Deus". Quando isso acontece, infelizmente se abre o espaço para toda uma série de comportamentos e atitudes abomináveis. Mas, é fato que todas estas coisas deveriam acontecer nos últimos dias desta Dispensação. Fomos advertidos de tudo isso pela pena inspirada dos apóstolos e pelos lábios sacrossantos de Jesus, portanto, não é de se admirar que tudo isso esteja acontecendo na atual conjuntura. O que não podemos permitir é que a profecia cumpra-se em nós para a maldição. Se sabíamos de antemão que a apostasia iria se dar em algum momento da história dos homens; e, se estamos vivendo este momento na atualidade, sejamos, pois, sóbrios e diligentes; não nos amoldando às atitudes insensatas de homens levianos que se tornaram imestráveis em seu entendimento, mas sempre tenhamos a disposição em nossos corações, pela misericórdia e graça de Deus, de repudiarmos o erro.
O conselho de Apocalipse é válido : “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda.” Deus em breve irá trazer a juízo toda má obra dos homens. Nenhum de nós poderá escapar do escrutínio divino. Pelas Escrituras somos exortados a permanecer na verdade do Evangelho e fundamentados na doutrina apostólica afim de não sermos influenciados pela “operação do erro” ( 2 Ts 2.11), que com toda certeza já se desenvolve no mundo.
Observe que acerca disso, Paulo declara claramente em sua epístola que alguns indivíduos serão julgados pelo Senhor por haverem se deleitado com a injustiça. Paulo reitera que tais indivíduos não deram crédito à verdade, por este motivo foram enredados pela mentira. Vejamos: “E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; Para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade” ( 2 Ts 2.11,12).
Na atual conjuntura percebe-se que muitos já se encontram contados entre aqueles que “dão crédito à mentira” e “deleitam-se na injustiça”. Muitos dos quais, pessoas que se dizem crentes em Cristo Jesus. Mas, como conceber a idéia de que um crente possa tomar tal caminho de apostasia? Basta olhar para os nossos dias e se perceberá que isso está em andamento em muitas igrejas e movimentos ditos evangélicos que toleram toda sorte de aberrações. Nestas igrejas não se prega mais a cruz, todavia um evangelho de contingências meramente humanas. Um evangelho ao gosto do freguês, que evita ferir suscetibilidades e confrontar qualquer que seja com a verdade bíblica. Um evangelho sem poder e sem unção do alto. Plenamente antropocêntrico e apóstata.
Está é a igreja tolerante, como a Igreja de Tiatira( Ap 2.18-29), que seduzia os servos do Senhor à prostituição e a comer das coisas sacrificadas aos ídolos; e cujo discurso mundano já fede como um cadáver em putrefação avançada perante os céus. Tal igreja não subsistirá caso não se arrependa de seu caminho de desvio. O arrependimento é o único caminho possível para se escapar deste círculo vicioso de destruição e decadência espiritual. Caso persistam, nada há mais a se fazer.
Pedro declara “Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?” ( 1 Pe 4.17). Pensemos bem nestas palavras e ponderemos detidamente sobre as mesmas. Não podemos de maneira alguma, face à santidade do Altíssimo permanecer indiferentes brincando com o pecado. O juízo divino será implacável, inclusive sobre nós, se não vivermos segundo a Palavra. Condescender com o pecado é como se o estivéssemos praticando ou desejosos de praticá-lo. Sobre isso, Paulo assevera: “Os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem” ( Rm 1.32). Paulo está falando sobre vários comportamentos ímpios, entre eles, o homossexualismo. Se alguém quer ser contencioso quanto a esta palavra que o seja. Mas o que está escrito é imutável. Os que insistirem em seu caminho obstinado de iniqüidade e não se dobrarem ao peso desta evidência bíblica, perecerão.