Por Geovani F. dos Santos
Os profetas falavam em nome de Deus e faziam vaticínios. |
Quem não crê nas profecias
bíblicas pode atribuir os acontecimentos atuais a casualidades sem importância,
produto de fenômenos incontroláveis da natureza, ações humanas inconsequentes
ou propositais ou a resultante de decisões erradas que geram a tragédia, as
guerras e o caos perceptível no mundo. Para
estes incrédulos ou agnósticos, as razões sempre serão terrenas, explicáveis dentro
de uma lógica materialista. Nunca aceitarão o embasamento espiritual,
teológico, de que a anomalia reinante no planeta faz parte de um conjunto de
fatos que as Escrituras já de antemão deixaram registradas em forma de
predições, as quais, uma a uma vão se encaixando, como um grande quebra-cabeças,
até que cheguem ao seu ápice ou cumprimento total segundo a vontade do Altíssimo.
O mundo em que vivemos é o
palco onde os vaticínios foram feitos em tempos imemoriais por homens chamados
por Deus para o ofício de profetas, convocados para falar às nações, reinos e
monarcas, o que Deus lhes havia ordenado falar e deixar registrado para a
posteridade. Portanto, tudo o que foi escrito e registrado, foi segundo o
decreto de Deus permitido para que os que tivessem acessos a tais informações
estivessem cientes das palavras do Senhor em qualquer tempo, e se precavessem
em viver segundo a vontade de Deus afim de que não sofram os seus juízos. O apóstolo Paulo escrevendo aos
crentes de Roma declara: “ Pois tudo quanto, outrora, foi escrito para
o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e consolação das
Escrituras, tenhamos esperança” (Romanos
15.4).
Somos ensinados e advertidos pela
palavra de Deus para não sermos condenados com mundo. Somos conduzidos pelas Escrituras
a viver uma vida de esperança e confiança na vontade do Eterno. Em que pesem os
acontecimentos da atualidade e a obtusidade de nosso tempo. Não podemos andar
em desespero ou mesmo aflitos com as conjunturas globais negativas. Fomos
chamados a viver por fé, portanto, não estaremos espavoridos diante de ameaças
belicosas ou crises econômicas que grassem sobre as nações, porque os nossos
olhos estão fitos n’Ele. “Olhando firmemente para o autor e
consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta,
suportou a cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra de
Deus” (Hebreus 12.2).
Mártires do Coliseu |
A mesma fé e a mesma motivação
deve ser a mesma. Não podemos nos afastar do exemplo destes amados do passado.
A vida deles nos espelha a sermos como eles foram. A lhes seguir a mesma fé e
determinação santa em andar com o Senhor levando sobre si mesmos o seu estigma
e vitupério sem jamais se envergonharem disso. Continuam, portanto, falando a
nossa geração e nos admoestando a manter a fé inabalável no Deus que fez os
céus e um dia julgará este mundo por meio de Cristo.Se temos esta certeza, de que
importam os rumores de conflitos e guerras que nos rodeiam. Os nossos anelos
estão além, na mui eternal morada dos justos, a santa Jerusalém de Deus, que
Paulo chama de “nossa mãe” (Gálatas 4.26) e a Carta aos Hebreus de “cidade
do Deus vivo” ( Hebreus 12.22). Tendo
isso em mente jamais seremos abalados ou andaremos hesitantes, mas em redobrada
fé permaneceremos como o salmista que disse: “Deus é o nosso refúgio e
fortaleza, socorro bem presente na angústia. Portanto não temeremos, ainda que
a terra se mude, e ainda que os montes se transportem para o meio dos mares. Ainda
que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua
braveza. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das
moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não se abalará. Deus a ajudará,
já ao romper da manhã” (Salmos 46.1-5)