quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

UM JUÍZO ÀS PORTAS

planeta em crise
Se em nossos dias um dos santos do antigo testamento ressuscitassem e tivessem a oportunidade de viver em nosso meio cristão cheio de idiossincrasias, desvios doutrinários e modismos estapafúrdios, certamente ficariam horrorizados dado o baixo nível dos nossos cultos e da ausência de valores cristãos autênticos naqueles que se dizem chamados pelo nome do Senhor. Diante do quadro de apostasia e envolvimento com o pecado reinante em nossos dias, esses homens do passado de novo levantariam sua voz profética e exporiam com coragem todos os meandros doutrinários perceptíveis na Laodicéia do século 21 com o mesmo fervor com que falaram no passado contra o pecado e os falsos profetas da antiguidade.

Isto porque,a Igreja, a Laodicéia de nosso tempo, se tornou repreensível, adotando um estilo de vida corrupto e divorciado de seu mestre. As evidências de seu afastamento, as nódoas de sua apostasia e as terríveis conseqüências de sua rebelião,no presente, ecoam altissonamente pela terra e alcançam os céus. Está, pois, chegando a hora em que o sumo juiz trará o seu Juízo, o qual comecará primeiro por sua igreja e depois alcançará o mundo inteiro.

Sobre este Juízo próximo, Pedro declara: “Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?” (I Pe 4.17). Ora, nós todos sabemos que este quadro de bagunça generalizada e de enganos religiosos que tem proliferado em nossos dias terá o seu fim. Deus irá limpar a sua casa desta corja que tem cara de quem vive mais está morto. O Senhor mesmo, aniquilará todos os filhos do engano, as sementes daninhas de joio, os lobos devoradores e todos aqueles que usam de engano em sua casa. Diante do escrutínio do Eterno os falsários e embusteiros serão envergonhado; recebendo, todos, a merecida retribuição pelo seu erro.

Não nos faltam palavras judiciosas na Bíblia para condenar o pecado e a rebelião contra Deus. Desde que os nossos pais pecaram no Éden e receberam a reprovação divina pelo seu ato, os trovões da ira divina por vezes ribombaram sobre os homens em todas as épocas e veredas da história. Dos dias de Adão e Eva, os primeiros pecadores da raça humana, passando por Caim, seu filho assassino à construção da torre de babel, retrato fiel da altivez e rebelião dos homens contra os céus frustradas pelas mãos do Altíssimo;  das abomináveis Sodoma e Gomorra  até as nossas modernas sociedades hedonísticas, os lampejos de uma ira implacável estão sendo ensaiados. Em breve o cálice da ira do Todo- Poderoso será derramado sobre os homens. Ai daqueles que vivem como se a longanimidade do Deus Vivo fosse durar para sempre. Ai dos que chamam mal, bem e ao bem, mal. Ai dos que fazem da Igreja de Deus palco para suas insanidades religiosas e antro de toda sordidez e apostasia."         

domingo, 6 de dezembro de 2009

ENTRE O SANTO E O PROFANO
















Os bastidores da política nacional estão em polvorosa. No mundo evangélico povoado por santos e charlatães não é diferente. Com a divulgação de gravações onde se podia claramente ver e ouvir atos de insanidade de pessoas que se dizem cristãs, recebendo altas somas de dinheiro, o angu parece que embolou de vez. Isto demonstra com clareza o grau de comprometimento pecaminoso de muitos crentes que enveredaram pelo mundo da política e abandonaram certos princípios da Palavra de Deus.

O que faz uma pessoa usar o nome de Deus diante de ilicitudes? Por que tais indivíduos agem como se nada estivesse errado? Descaramento? Insensatez? Insensibilidade espiritual ou simplesmente falta de temor ao Deus Santíssimo? O que pensar de tais pessoas que se dizem crentes, mas maculam de vergonha o seu testemunho? O que achar de evangélicos que de posse de cargos públicos usam-nos como canais de enriquecimento ilícito e outras façanhas sobremodo hediondas?

Todas estas coisas causam-nos repulsa e uma sensação de extrema vergonha e impotência. Diante de tantos casos de corrupção que afloram Brasil afora, como se não bastasse, mas uma vez somos brindados com outro caso; e, este, com um sério incremento, ou seja, o envolvimento e participação de evangélicos no esquema. Com direito a orações e imprecações em nome de Deus. Que vergonha!  Estamos perdendo o sentido de ser “sal e “luz” em mundo de trevas. Estamos nos tornando réprobos no tocante ao entendimento e néscios em nossas atitudes para com aqueles que esperam mais de nós enquanto Igreja. Jesus disse:



“Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz dinte dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso pai que está nos céus” ( Mt 513-16).

Estas comparações feitas pelo mestre revelam como deve ser o nosso caráter cristão neste mundo decaído, ou seja, devemos ser modelos de retidão e exemplos de um verdadeiro andar com Deus digno de ser imitado por aqueles que nos vêem.  Mas como ser modelos se a nossa conduta nos reprova? Como resplandecer luz diante dos homens se o nosso proceder está envolto por trevas e comprometimentos escusos?  Tal comportamento dúbio torna inútil o testemunho cristão bem como transforma em imprestáveis para as proficiências do Reino aqueles que vivem de forma ambivalente sua vida cristã. Vejamos o que nos diz o Comentário Bíblico Pentecostal:

“ O sal é valorizado por dois atributos principais: gosto e conservação. Não perde suas salinidade se é cloreto de sódio puro. Isto nos leva à sugestão do que Jesus quis dizer  quando disse com os discípulos se eles perdessem o caráter de sal. O sal não refinado extraído do mar Morto continha mistura de outros minerais. Deste sal em estado natural o cloreto de sódio poderia sofrer lixiviação em conseqüência da umidade, tornado-o imprestável. O ensino rabínico associava a metáfora do sal com sabedoria. Esta era a intenção de Jesus, visto que a palavra grega traduzida  por “nada mais presta” tem  “ tolo” ou “louco” como seu significado  radicular. É tolice ou loucura os discípulos perderem o caráter, já que assim eles são imprestáveis para o Reino e a Igreja, e colhem o desprezo de ambos”

Neste sentido todo aquele que tem atitudes profanas ou incoerentes com a verdade do Reino se torna imprestável para o mesmo. Viver no Reino implica em abandonar as obras infrutuosas das trevas e viver como filhos da luz. Quando não se vive desta maneira, por si só a contradição já está instalada. Não se pode viver ambiguamente na atmosfera do Reino. Exige-se, portanto, do crente a renúncia completa de todas as anuências ao presente sistema corrompido e as suas benesses. Sobre a ambigüidade comportamental no tocante ao usufruto das coisas do mundo Jesus assevera:

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” ( Mt 6.24).

João também declara:

“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora” ( Jo 4.15-18).

E ainda Tiago Também afirma:


“Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4).

Advertências bíblicas não faltam para condenar o relacionamento estreito de uma pessoa que se diz cristã com o mundo. Se alguém teima em continuar esta relação promíscua com as trevas mais cedo ou mais tarde colherá os resultados de tal insensatez. Não podemos ignorar que Deus é longânimo, mas frustrar sua longanimidade é loucura. Paulo declara:

“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6.7.8).


O pior de tudo é que muitos já não sentem mais a repreensão das Sagradas Escrituras em suas consciências. O nível de insensibilidade está tão avançado que tais indivíduos perderam completamente o temor para com as coisas de Deus. Só fato de se usar as escrituras e de fazer orações em nome de Deus para avalizar certos procedimentos antiéticos já é um sinal de avançada perda da sensibilidade espiritual. Contudo, resta-nos lembrar a todos estes que o julgamento está se aproximando. Deus retribuirá a cada um segundo as suas obras. Pedro declara que este julgamento começa pela Igreja. Vejamos:

“Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?” ( I Pe 4.17).

Todo este quadro que está se desenhando na atualidade terá repercussões drásticas naqueles que persistem em andar pelas sendas do engano e da corrupção deste mundo. Para estes, deixo o conselho do Senhor em Apocalipse:  

Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres” (Ap 2.5).


Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei” (Ap 3.3).





Soli Deo Gloria!