Por Geovani F. dos Santos
Os brasileiros são roubados todos os dias por mãos grandes, ávidas por rapina. Os que deveriam primar pela boa conduta, lisura e probidade administrativa são os primeiros a se lançar aos despojos. Fazem isso na cara limpa, à luz do dia e sob às barbas da lei. Mas que lei! No Brasil, a terra do jeitinho, a lei é apenas um embuste para otários, ou convenhamos, um simulacro de interesses escusos. Quem pode confiar numa justiça enviesada, atrelada a interesses partidários, comprometida com figurões obscuros e destoante de um discurso igualitário. A lei do Brasil só serve para pobre, que se pego em algum delito, apodrece na cadeia. Rico paga uma boa banca advocatícia e safa-se numa hora pela força do dinheiro. Os outros, que se danem!
Já virou moda no país ser malandro, que o digam os políticos, campeões da tergiversação e do engodo. O pior é que sempre a verdade é a grande violentada. Mas, como a mentira têm pernas curtas, eles sempre tropeçam em alguma indiscrição ou segredo de alcova guardados a sete chaves. Bem disse Jesus, "nada há encoberto que não haja de ser revelado".
É neste caminho escorregadio que muitos dignitários acabam deslizando depois de terem seus mistérios trazidos à baila por algum jornalista de plantão ou mesmo por um acólito decepcionado que rompe o pacto de silêncio. Desta forma, a poeira vai para o ventilador e a coisa se torna pública, com direito às primeiras páginas e infatigável cobertura da mídia. Já assistimos muitos destes filmes com cenas e enredos diferentes. Qual será o próximo? Estamos no aguardo.
Outro fato corriqueiro é a iniquidade social. Vivemos em um país continental que ostenta as marcas de anos de malversação de seus recursos e de uma flagrante desmoralização política. Enquanto milhões são desviados pelos ralos da corrupção, gastos indevidamente em lautos banquetes e viagens mundo afora com direito a séquito e bobos da corte, centenas de brasileiros são vítimas da inércia e do descaso de governos relapsos que não têm compromisso com a vida alheia. Enquanto pessoas estavam sofrendo a perda dos seus entes pelas tragédias já anunciadas em decorrência das chuvas na região serrana, o figurão do Estado do Rio de Janeiro desfilava de turista numa partida da NBA. Quanto descaso com o próximo!
Isso demonstra o grau de solidariedade e de consideração que estes senhores têm pelo povo. O mesmo povo que votou neles é agora vítima de suas escolhas. Voto errado mata mais que arma de fogo! É só conferir!
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