Os homens deveriam atentar para a realidade do mundo espiritual como um fato incontestável. Pela Bíblia entendemos a existência de um conflito invisível que direta ou indiretamente nos afeta, porque estamos dentro do foco de seu alcance. O apóstolo Paulo declara que "as armas de nossa guerra não são carnais; mas, sim, espirituais e poderosas em Deus para a destruição das fortalezas, anulando em nós sofismas e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus." ( 2 Co 10.4,5).
O grande conflito descrito aqui não é um conflito que exige aparato bélico convencional. A luta é travada em outra dimensão, ou seja, a dimensão de alma e espírito. Nesta batalha qualquer tentativa humana de êxito não surtirá efeito algum, uma vez que o inimigo é invisível. Esta peleja envolve também o intelecto dos seres humanos. Para tanto, Satanás, o arquinimigo de Deus, se lança ferozmente numa investida renhida contra a Igreja e contra todos aqueles que são chamados pelo nome do Senhor.
Na atualidade, os eventos que demonstram a aproximação da volta de nosso Senhor Jesus estão mais do que adiantados e as evidências cabais que corroboram esta verdade se descortinam com rapidez impressionante. Nos bastidores dos acontecimentos mundiais encontraremos as manifestações do poder de Deus atuando em favor dos homens e pelo cumprimento de suas palavras proféticas. No entanto, enquanto Deus está pelejando pelas almas dos homens, o Diabo mais do que nunca arma suas estratégias destruidoras para enredar os homens com o erro e afastá-los mais da presença do Eterno.
Nunca em nenhum momento da história nos deparamos tanto como o engano religioso do que em nossos dias. A religião virou sinônimo de lucro para muitos, que no afã de satisfazer os desejos de seu coração, locupletam-se em sua torpe ganância lançando um fundamento de obras falsas e seduzindo multidões com um falso Evangelho de perdição. As palavras do apóstolo Paulo ecoam altissonamente: "Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo"(1 Co 13.11). A falta de temor e tremor diante das coisas sagradas é um afronta ao Deus Santo, e tal comportamento não ficará sem punição.
Igrejas são levantadas da noite para o dia em nossas cidades. As denominações ditas evangélicas proliferam desenfreadamente e disputam entre si os fiéis. Em alguns casos, brigam entre elas numa verdadeira pescaria de aquário. Quais são as pretensões de tais líderes ao fundarem mais uma igreja entre as tantas que já existem? Será que o objetivo deles é puro ou impuro? Desejam levar as almas para o céu através do ensino da palavra ou querem apenas participar dos lucros financeiros provenientes das contribuições dos mesmos e dos seus dízimos?
Estes e outros questionamentos revoluteiam em nossa mente e nos chamam a atenção para uma realidade ainda mais profunda que é a existência de uma crise de valores no meio dito evangélico. Estas igrejas em sua grande maioria surgem da dissidência de lideres eclesiásticos, que insatisfeitos com sua denominação de origem, decidem fundar uma nova igreja, e, assim, ser mais independentes. Tais líderes, muitos dos quais sem qualquer preparo teológico, aumentam as estatísticas censitárias sobre o crescimento desordenado do número de denominações evangélicas sem qualquer estrutura eclesial ou fundamento bíblico sólido no Brasil. Isso é um fator preocupante, porque o que esta em jogo são vidas que são preciosas ao Senhor Jesus Cristo, e que podem estar sendo desencaminhadas do caminho da verdade por espertalhões mercenários, e por charlatães de plantão que sem quaisquer escrúpulos, não pouparão esforços para se beneficiarem com a credulidade delas.
Uma pergunta pode ser levantada diante de tais fatos. Não estaria Satanás por de trás destes litígios entre irmãos que acabam por criar divisões que dão origem a novas igrejas sem qualquer estrutura? Não estaria o inimigo com isso criando nos corações dos incrédulos uma fortaleza de incredulidade contra a própria instituição cristã? Como explicar o fenômeno dos 'desigrejados' e daqueles que resistem ou rejeitam ir à igreja?
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