O assunto do momento é o multiculturalismo entre os povos, que parece estar se tornando uma coqueluche global. O problema em si não é a multiculturalidade, mas a repercussão que a mesma levanta nos debates públicos em todo o mundo. Para algumas nações o fluxo imigratório se constitui uma ameaça não apenas pelas questões econômicas ou sociais que ele representa, mas também pelo aumento das possibilidades de entrada de indivíduos perigosos pelas suas fronteiras dando margem à criação de células terroristas, o que seria muito mais danoso aos governos.
Depois dos atentados terroristas de 11 de Setembro, o mundo passou a ser um lugar perigoso e os ânimos ficaram mais exaltados. As discussões sobre imigração e o recrudescimento de políticas de controle imigratório passaram ser vistas como única alternativa para impedir a entrada de personas non gratas nos solos nacionais. Portanto, exige-se dos Estados-nacionais medidas para inibir o livre fluxo de cidadãos indesejáveis, sobretudo, da América Latina ou do mundo islâmico. Tais mudanças antropológicas, sociológicas e geopolíticas ressuscitaram o fantasma da xenofobia e os ideais nacionalistas em todo o mundo, acirrando ainda mais o problema. Diante de tais fatos o individualismo e medidas extremas como a de Anders Breivik pode se tornar pontuais em vários lugares do planeta, como bem disse Sigmar Gabriel, chefe do Partido Social-Democrata da Alemanha:
[...] uma tendência de a xenofobia e do nacionalismo na região ter promovido os ataques na Noruega. “Em uma sociedade onde o sentimento anti-islâmico e isolamento foram tolerados naturalmente nas margens da sociedade, haverá pessoas loucas que se sentem legitimadas na tomada da medida mais difícil”, disse ele.
“O centro da sociedade, tem de deixar claro que não há espaço para isso com a gente, mesmo para as versões higienizadas", disse o Sr. Gabriel. "Há um profundo sentimento na sociedade de que o pêndulo oscilou demais para o individualismo.”
“O centro da sociedade, tem de deixar claro que não há espaço para isso com a gente, mesmo para as versões higienizadas", disse o Sr. Gabriel. "Há um profundo sentimento na sociedade de que o pêndulo oscilou demais para o individualismo.”
Tal individualismo presente no ato isolado e premeditado de Breivick aponta para um outro fator preocupante, ou seja, será que tal comportamento ou ideologia não será seguida ou imitada por outras pessoas? Será que tal fenômeno é passageiro ou isso representa a desilusão da juventude com os modelos vigentes de governo que não produzem nenhuma mudança substancial no atual quadro mundial? Ou ainda: Não será isso um sinal dos tempos. Um indício que aponta para a vinda do Senhor Jesus?
O fato é que o amor está se esfriando rapidamente. Jesus previu isso. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará” (Mt 24.12). Paulo sobre o tempo do fim deixou claro que seriam tempos trabalhosos, ele declara: “SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” ( 2 Tm 3.1-5).Todo este quadro de instabilidade e a ausência de perspectivas mundiais levarão o mundo a clamar por um governo global. O palco já está montado, aguarda-se apenas a manifestação dos personagens.
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