Geovani F. dos Santos
Não temos razões para estarmos preocupados com coisa alguma. Temos as grandes promessas de Deus a nosso favor e, acima de tudo, a testificação extraordinária do Espírito Santo através da Palavra. Estamos, portanto, tranquilos quanto a este tempo em que vivemos, e, no tocante ao tempo futuro, aguardamos o raiar do dia eternal. Pedro declara que nós estamos na expectativa de um "novo céu" e de uma "nova terra" nos quais habitarão a justiça ( I Pe 3.13). Tendo tal perspectiva do porvir, estejamos descansados na completa fidelidade de Deus para com a sua Igreja na terra. Somos instados a perseverar unanimemente como os santos do passado, cuja paciência e fé incansável nos servem de modelo. Tais santos foram vencedores neste afã, sem jamais abrir mão das verdades que receberam.
A Bíblia nos incentiva a permanecer na fé na paciência dos justos. Nos exorta a buscarmos a vontade de Deus em tudo o que fizermos neste mundo. Este procedimento foi visto na vida dos que nos antecederam. Seu modelo de persistência é o legado que nos faz pertinazes em seguir o alvo pretendido até o fim. Nas Escrituras encontramos que muitos desses homens e mulheres morreram na fé sem ter obtido as "promessas" (Hb 11.39), mas dormiram confiantes que Deus era poderoso para cumpri-las a contento mesmo depois de sua partida para a eternidade.
O que Deus diz em sua Palavra é imutável, portanto, todas as promessas que dizem respeito ao nosso futuro ou ao futuro da Igreja serão cumpridas segundo o seu beneplácito. Enquanto aguardamos tais cumprimentos, nutrimo-nos da doce expectativa de que Ele volte em breve para que o nosso gozo seja completo.
Não podemos pensar apenas no aqui e agora. Nossa visão deve estar na eternidade. Jesus deixa claro que onde estiver o nosso tesouro, ali também estará nosso coração. "Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração ( Mt 6.21; Lc 12.34). Tendo em vista o prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus, olhemos para o alvo, não nos esquecendo nunca que nossa perseverança tem avultado galardão. Paulo diz que se não nos deixarmos levar por este mundo, ou não esmorecermos na fé, teremos com certeza os nossos lauréis por meio dos benefícios da obra salvífica que Cristo efetuou por nós na Cruz de Gólgota. Estes benefícios divinos transcendem a lógica humana e não podem ser compreendidos por aqueles que não nasceram de novo segundo a Palavra. Se quisermos gozar de tais venturas precisamos nos desvencilhar dos andrajos de nossa velha vida, dos nossos trapos de imundície, e nos vestirmos das vestes de justiça que Deus prontamente veste os seus.
Os efeitos do Calvário repercutirão por todo o sempre. Já podemos de antemão gozar a vida bendita ou vida abundante por meio de Cristo e da Palavra. Jesus disse enfaticamente que do interior daqueles que cressem em seu nome, brotariam rios de água viva. "Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre" ( Jo 7.38). Este fluir de gozo é o resultado da vida de Deus em nós, e a constatação de que o velho homem foi crucificado. Esta metamorfose é obra do Espírito de Deus experimentada por todos aqueles que vêm a Cristo e rendem-se incondicionalmente a sua graça. Tal vida de qualidade é perceptível através de frutos e testemunhos autênticos que atestam o poder de uma nova afeição inteiramente moldada pelo Evangelho.
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