Por Geovani F.dos Santos
Já estão loteando as
prefeituras com ‘carguinhos’ comissionados. Estes senhores, muitos dos quais
figurinhas conhecidas das cidades, se refestelarão com o dinheiro público sem o
mínimo recato. Inclui-se neste balaio de gatos: comerciantes, pastores,
empresários e outros seres das mais distintas castas destas cidades. Todos
afeitos às mamatas do poder, sequiosos das benesses públicas e famintos das
vantagens pecuniárias que tais cargos conferem.
É vergonhoso em
alguns casos, que certos indivíduos participem deste processo. Muitos deles sem
qualquer competência ou cabedal administrativo, serão apenas títeres ou
paus-mandados de seus alcaides. Noutros
casos, por questão moral e ética, certas pessoas não deveriam sequer estar
contados entre os "tais", como é o caso de pastores.
Talvez tenham
esquecido ou fazem ouvidos moucos para a declaração exortativa do apóstolo Paulo
que diz: "Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de
agradar àquele que o alistou para a guerra" (II Tm 2.4). Infelizmente o poder
é hipnótico e as prerrogativas de se ocupar temporariamente uma posição de
destaque nos governos municipais, estaduais e federais, são tentadoras. Neste
afã muitos venderiam suas próprias almas ao diabo sem quaisquer comedimentos ou
ponderações. É o caso dos pastores que revoluteiam nos bastidores do poder como
abutres em busca de carniça ou como hienas a procura de carcaças. Todos muito rapaces,
esquivos, descarados, hipócritas, mercenários, cobiçosos de torpe ganância,
cujo deus é o seu próprio ventre. Fazem a vontade do “deus deste século”
consciente ou inconscientemente. Não tem discernimento ou sequer
“desconfiômetro” para atentar para o fato de que religiosos não deveriam estar
envolvidos nos “joguinhos de poder secular”, pois a sua missão transcende esta
órbita terrena cheia de vaidades e interesses escusos.
Eu citei a Segunda
Epístola de Paulo a Timóteo 2.4 de propósito porque ela revela que todo aquele
que está envolvido com o Evangelho de Cristo, nunca deveria fazer concessões
mundanas. Jesus disse: “Ninguém, que
lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus” ( Lc
9.62). Todo aquele que dizendo estar em
Cristo demonstra ambivalência comportamental ou “coxea entre dois pensamentos”
( I Rs 18.21), não pode de modo algum considerar-se apto ou mesmo representá-lo. É um lástima
contemplarmos de maneira flagrante tais coisas. Causa-me repulsa e aversão tal
conduta reprovável e indigna de alguém que se diz “pastor”.
Estou assaz enfadado
com as tergiversações destes líderes “cristãos”, dos seus expedientes
escorregadios e de suas manobras maquiavélicas de manipulação das massas em
nome de Deus. Uma grande maioria destes, está longe do ideário deixado por
Cristo como legado e distante do modelo de vida despojado que se via nos
apóstolos de nosso Senhor. Eles amam os cifrões como quem deseja comida; como rufiões
de Mamon fazem do seu rebanho negócio lucrativo, sem a mínima displicência.
Soli Deo Gloria!
Soli Deo Gloria!
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