quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

JOGUINHOS DE PODER

Por Geovani F.dos Santos


Já estão loteando as prefeituras com ‘carguinhos’ comissionados. Estes senhores, muitos dos quais figurinhas conhecidas das cidades, se refestelarão com o dinheiro público sem o mínimo recato. Inclui-se neste balaio de gatos: comerciantes, pastores, empresários e outros seres das mais distintas castas destas cidades. Todos afeitos às mamatas do poder, sequiosos das benesses públicas e famintos das vantagens pecuniárias que tais cargos conferem.





É vergonhoso em alguns casos, que certos indivíduos participem deste processo. Muitos deles sem qualquer competência ou cabedal administrativo, serão apenas títeres ou paus-mandados de seus alcaides.  Noutros casos, por questão moral e ética, certas pessoas não deveriam sequer estar contados entre os "tais", como é o caso de pastores.


Talvez tenham esquecido ou fazem ouvidos moucos para a declaração exortativa do apóstolo Paulo que diz: "Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra" (II Tm 2.4). Infelizmente o poder é hipnótico e as prerrogativas de se ocupar temporariamente uma posição de destaque nos governos municipais, estaduais e federais, são tentadoras. Neste afã muitos venderiam suas próprias almas ao diabo sem quaisquer comedimentos ou ponderações. É o caso dos pastores que revoluteiam nos bastidores do poder como abutres em busca de carniça ou como hienas a procura de carcaças. Todos muito rapaces, esquivos, descarados, hipócritas, mercenários, cobiçosos de torpe ganância, cujo deus é o seu próprio ventre. Fazem a vontade do “deus deste século” consciente ou inconscientemente. Não tem discernimento ou sequer “desconfiômetro” para atentar para o fato de que religiosos não deveriam estar envolvidos nos “joguinhos de poder secular”, pois a sua missão transcende esta órbita terrena cheia de vaidades e interesses escusos. 


Eu citei a Segunda Epístola de Paulo a Timóteo 2.4 de propósito porque ela revela que todo aquele que está envolvido com o Evangelho de Cristo, nunca deveria fazer concessões mundanas.     Jesus disse: “Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás, é apto para o reino de Deus” ( Lc 9.62).  Todo aquele que dizendo estar em Cristo demonstra ambivalência comportamental ou “coxea entre dois pensamentos” ( I Rs 18.21), não pode de modo algum considerar-se apto  ou mesmo representá-lo. É um lástima contemplarmos de maneira flagrante tais coisas. Causa-me repulsa e aversão tal conduta reprovável e indigna de alguém que se diz “pastor”.


Estou assaz enfadado com as tergiversações destes líderes “cristãos”, dos seus expedientes escorregadios e de suas manobras maquiavélicas de manipulação das massas em nome de Deus. Uma grande maioria destes, está longe do ideário deixado por Cristo como legado e distante do modelo de vida despojado que se via nos apóstolos de nosso Senhor. Eles amam os cifrões como quem deseja comida; como rufiões de Mamon fazem do seu rebanho negócio lucrativo, sem a mínima displicência. 


Soli Deo Gloria!

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