Por Geovani Santos
Na Eurasia os tambores da guerra começam a rufar e mais uma vez o mundo fica atônito diante dos acontecimentos. Vivemos em uma época turbulenta onde a beligerância e o ódio ainda dominam os povos. Na verdade, desde de que os nossos primeiros pais pecaram no Éden, a humanidade vive em ebulição. A nossa sociedade não consegue libertar-se da animosidade e a ausência de alteridade faz com que a solidariedade e a empatia pelo próximo seja esquecida. Com razão dizia Schopenhauer: O homem é o lobo do outro homem"
Desde de que o mundo é mundo, este espírito aguerrido tem feito suas vítimas. A guerra e a violência são nossos vizinhos soturnos e inóspitos, mas parece que a maioria aprendeu a viver com eles como se fossem normais.
O quadro de letargia é tão grande e a insensitividade tão intensa que muitos de nós nos tornamos indiferentes ao que acontece ao nosso redor. Em vez de chorarmos, sorrimos com uma carranca hipócrita. Em vez de nos sentirmos mal com a desgraça e a desventura alheia nos comportamos como se tudo fosse festa. Enquanto isso o mal vai lançando seus tentáculos sobre esta geração como um carcinoma voraz que ramifica suas metástases em todo o tecido até levá-lo a morte.
Jesus diante da insensibilidade e do embotamento espiritual do povo de Israel declarou:
"A que, pois, compararei os homens da presente geração, e a que são eles semelhantes? São semelhantes a meninos que, sentados na praça, gritam uns para os outros: Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; entoamos lamentações, e não chorastes" (Lucas 7:31-32).
O filho do homem se vê incomodado com o indiferentismo do povo e com o seu desinteresse pelas coisas sagradas. Essas palavras também servem como libelo contra a nossa geração hodierna, visto que cai como uma luva em seu comportamento fugidio e avesso à sacralidade. As consequências de se abraçar o profano cobrarão um preço elevado das sociedades. Um Deus santo não tem parte com o pecado e, tampouco com quem confabula ou transige com ele.
A insensibilidade dos povos trará o consigo o juízo, para o qual o mundo já está maduro. Os homens desde os tempos mais remotos insurgem-se contra os céus, mas é notório pelas veredas da história que tal comportamento é a mais completa loucura. Deus deridebis eos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário