Aquelas árvores em silêncio
Ouviram teu lidar
Em plangente noite de trevas
Quando sombras densas desceram
Quais punhais em tua alma dilacerada pela dor
Mortal
Aqueles troncos são confidentes mudos
De tua alma em transe
Em jorrar contínuo de emoções soturnas
Cada pedra que ali permanece
Se erige em memorial
Que abrange eras, espaços e mundos infinitos
De gravidade
Para contar tremente
Tuas horas de lagar,
Teus momentos premidos em que escolheste o cálice
Da cruz.