quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

CRENTES SEM ESCRÚPULOS



Vivemos uma época de homens sem escrúpulos, de autoridades sem escrúpulos, de pastores sem escrúpulos, de crentes e mais crentes sem escrúpulos! Se no mundo o angu já embolou de vez, no mundinho 'Gospeliano' habitado por charlatães e pseudocrentes travestidos de ovelhas ninguém sabe quem é quem.

É uma lástima que supostos "servos de Deus”, digo supostos, porque verdadeiros crentes renascidos e que conhecem a Jesus não transigem com o erro e, nem tampouco, participam de espetáculos deprimentes de concordância com o que é ilícito.

Isto porque crentes legítimos seguem a risca o que Paulo disse aos Filipenses. Vejamos: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8). E, também, o que está em Apocalipse: "Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda” (Ap 22.11).

Por esta razão sempre reitero que existe uma minoria que, seguindo a Palavra e tendo temor e tremor diante da mesma não dão lugar em seus corações a tais atos criminosos. Muitos podem até dizer: você está pegando pesado! Mas, não é isso mesmo?! Qual a diferença de um falsário, um estelionatário ou de um prestidigitador para um crente que compra mercadoria pirata ou piratea? Eu acho que nenhuma. Todos estão de igual modo transgredindo a lei, e todos nós sabemos que aqueles que transgridem a lei são transgressores. Não existe meio termo. Tiago declara: "Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tg 4.17).

Quer palavra mais incisiva do que está? Se não acatamos o que está escrito como podemos dizer que somos crentes em Jesus? Não podemos coadunar com os conceitos e padrões deste mundo, nem ir pela cabeça de uma maioria que acha que está certa. Perfilemos sempre ao lado daqueles que mesmo sendo taxados de quadrados, antiquados; permanecem incólumes diante de suas próprias consciências e diante do Deus Vivo a quem prestaremos contas de nossas obras – sejam boas ou más. Lembremos, pois, com tremor e temor a admoestação de Hebreus: "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hb 10.31).


Que a Graça do Senhor Jesus inunde os vossos corações e mentes!




Soli Deo Gloria!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Sabedoria ou Loucura?


“Porque vê que os sábios morrem, que perecem igualmente o louco e o bruto e deixam a outros as suas riquezas” (Sl 49.10).

Estes versículos apresentam a realidade da vida humana sobre a terra, ou seja, sempre tendo o seu desfecho com a morte. O interessante nesta observação é que ninguém pode escapar do derradeiro dia em que terá que descer à tumba fria, salvo aqueles que pela vontade de Deus não passarão pela morte, uma vez que serão arrebatados para estarem para sempre com o Senhor (I Ts 4.13-18). Destaquei de propósito os verbos morrem e perecem que aparecem no verso supracitado. Eles indicam a cessação da vida física, fato que acomete a todos os homens sobre a terra. O mais notável aqui é que os verbos se referem indistintamente a duas classes de pessoas – sábios e tolos.

O que isso nos diz? Diz-nos que a morte é uma conseqüência do pecado (Gn 2.17; Rm 5.12) e, portanto, todos os homens por mais ilustres ou capazes que possam parecer não conseguirão escapar dela. Sabedoria e poder podem dar a um indivíduo alguma vantagem sobre outros homens nesta vida, mas são inúteis no que tange a ter alguma prerrogativa sobre o dia da morte (Ec 8.8). É debalde a luta dos homens para fugir do “rei dos terrores” (Jo 18. 10-14).

Este assunto levanta uma outra questão que deve ser ponderada. Se todos são no tocante a existência, mortais, e, se um dia todos haverão de deixar o mundo; então por que perder tempo com fatuidades e orgulho tolos? Por que insistir em demonstrar superioridade ou mesmo maior capacidade intelectual se tudo será num relance desfeito por ocasião do golpe fatal da morte? No cemitério da minha cidade existe uma placa com o seguinte epitáfio: “Aqui todos os homens são iguais” (Ler Jó 3.17,19). Com uma ressalva, iguais no tocante à mortalidade, à efemeridade existencial. Contudo, diferentes no que diz respeito à ressurreição. A Bíblia diz que uns ressurgirão para a salvação, ao passo que outros, para a vergonha e o desprezo eterno ( Dn 12.2; Jo 5.29). Eis a grande e significativa diferença. “Então, vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus e o que não serve” (Ml 3.18). Assim nos declara a escritura.

Podemos perguntar: Onde está Voltaire, Russel, Hume, Lênin, Schopenhauer e outros ilustrados deste mundo? Os tais vociferaram contra os céus e desdenharam do caminho da graça. Mas, e agora? Onde estão todos eles? Tolos! Todos se tornaram cinzas! Como disse o salmista: “volveram ao seu pó” (Sl 90.3). Agora, se encontram silenciados aqueles que uma vez menearam a cabeça contra os céus desferindo mordazes zombarias contra o Altíssimo em seus escritos profanos. Quantas almas não foram destruídas por tal veneno? Quantas mentes não foram embotadas acerca da verdade pelas falácias destes servos do Diabo? Mas, agora, ei-los ali humilhados! Sentenciados ao eterno desterro por terem rejeitado a Sabedoria. Mas uma vez o salmista diz: “Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus” (Sl 9.17).

Qual a distinção entre um sábio e um louco por ocasião da sua morte? Qual o valor dos seus livros quando adentrar pelos umbrais da eternidade? De que terá adiantado ter obtido as mais altas honrarias e títulos nesta geração ante a realidade do castigo eterno? De que importará se estudou em Oxford, Cambridge, Harvard, ou Soborne se nunca foi conhecido nos céus? Os grandes homens da ciência ou os pensadores do passado que se esqueceram de Deus em suas vidas, e, nem tampouco lhe prestaram culto, foram tão loucos ou talvez mais loucos do que aqueles que nasceram destituídos de juízo, como é o caso dos brutos sem razão. 

Na verdade, muitas vezes já assistimos espetáculos de insanidade daqueles que se acham os donos da verdade e, que, por tal sentimento egóico e eivado de orgulho destilam seu veneno através de comentários mordazes e cheios de virulência. Tais insensatos aproveitam-se muitas vezes de catástrofes e desgraças para fazer questionamentos levianos sobre a soberania de Deus e a sua vontade. Perguntam: Onde está Deus quando sofremos? Ou: Por que Deus permitiu esta ou aquela mortandade? 

Estas irreflexões foram levantadas e são levantadas por muitas pessoas diante do caos produzido pelas guerras, pela fome, pelos fenômenos da natureza e por razões que fogem ao nosso controle e explicação. Mas tal comportamento não é novo. Os mesmos pensamentos e questionamentos diante do que não podemos explicar já se deram em outras épocas da história, e sempre com o mesmo viés inquiridor: Onde está Deus?

O século XIX foi marcado por uma profunda crise de esperança quanto ao futuro. Diante do quadro de destruição e miséria resultantes do fim da guerra napoleônica e do fim das utopias revolucionarias, toda Europa mergulhou numa abissal agonia existencial. O pessimismo, a descrença e a sombra de morte eram parceiros inseparáveis e inclementes senhores do pensamento coletivo. Nesta época, surgem como vozes de seu tempo, um grupo de poetas chamados pessimistas. Durant (2000, p.285) sobre eles declara:

[...] “A primeira metade do século XIX levantou, como vozes da época, um grupo de poetas pessimistas – Byron na Inglaterra, De Musset na França, Heine na Alemanha, Leopardi na Itália, Pushkin e Lermontof na Rússia; um grupo de compositores pessimistas – Schubert, Schumann, Chopin, e até mesmo o Beethoven de sua ultima fase (um pessimista tentando se convencer de que era um otimista) e, acima de tudo, um filósofo profundamente pessimista - Artur Schopenhauer?” [...]


O espírito melancólico e soturno de uma geração espavorida pelos fantasmas da barbárie aflorava nas manifestações artísticas e contaminava todas as esferas e vertentes culturais. A violência virulenta que se exacerbou com a Revolução Francesa e o legado de terror deixados pela era Napoleônica imprimiram de forma indelével certo medo ou receio de se viver. Com o futuro tão incerto e com o desmoronamento dos pilares ideológicos que nortearam o ideário europeu do século XIX, morrer não parecia uma idéia assim tão terrível.

Os sábios, sempre os sábios, são os arquitetos da razão e também da insensatez. Suas idéias embora muitas vezes brilhantes e úteis para o alargamento de nossa compreensão sobre o mundo e das coisas, podem quando não alinhadas com a verdade, conduzir os indivíduos para mais distante de Deus e sua Palavra. A verdadeira sabedoria não questiona os atos de Deus; tampouco culpa a Deus por todas as desgraças do planeta. Quem se insurge contra Deus e adota uma postura intransigente e insubordinada, não pode ser considerado um sábio, porque a verdadeira sabedoria como nos diz o apóstolo Tiago, nunca mentirá ou se oporá aos propósitos de Deus e a sua verdade. Vejamos o que nos diz Tiago:

[...] “não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica” (Tg 3.14b, 15).

A incompreensão da vontade Deus, a obstinação em não se aceitar sua orientação e o descrédito à palavra podem levar os homens a ter atitudes contrárias aos desígnios divinos. Mas existem outros fatores externos que também podem contribuir para que os homens se insurjam contra os céus. O Catolicismo Romano, por exemplo, com as suas atitudes equivocadas, com as suas bulas de excomunhão, com os seus dogmas absurdos e a sua horrenda inquisição prestaram um grande serviço ao inferno e um imenso desserviço aos céus. Quantas almas não foram afastadas da verdade e mergulharam nas mais densas trevas da incredulidade por conta do comportamento leviano e anticristão daquela que arrogava para si a qualidade de única detentora da verdade e dos destinos dos homens. Não é à toa que muitos intelectuais rejeitavam a religião e desdenhavam dos religiosos. Durant (2000, p.317) revela a aversão que Schopenhauer nutria pelos teólogos. Vejamos:

[...] “Na juventude, ele recebera pouca educação religiosa; e seu temperamento não levava a respeitar as organizações eclesiásticas de sua época. Desprezava os teólogos: “Como ultima ratio”, ou último argumento, “dos teólogos, encontramos, em muitas nações, o poste em que são amarrados os condenados a serem queimados vivos”; e descrevia a religião como a “metafísica das massas”. O Cristianismo, por exemplo, é uma profunda filosofia do pessimismo” [...]


O Romanismo, não o Cristianismo era a filosofia do pessimismo. No entanto, como este representava o mesmo, a fé cristã leva sobre si o ônus pelos erros cometidos em nome de uma pretensa igreja e de um suposto vigário de Cristo. O Evangelho que este sistema representava e representa hoje, está longe ser o Evangelho libertador de nosso Senhor Jesus Cristo. Por esta razão dizermos que ele prestou mais um serviço ao Diabo do que a Deus. Daí resulta toda a ojeriza que os intelectuais demonstravam no trato com esta instituição. O comportamento aversivo dos mesmos era uma forma de repulsa ao tratamento dispensado pela “Santa Sé” a todos aqueles que ousassem pensar diferente ou mesmo desafiá-la. Tal incompostura seria um crime suficientemente passível de condenação à fogueira ou à suplícios excruciantes em alguma máquina de tortura medieval. Por isso a alcunha de “filosofia do pessimismo”.

Depois desta momentânea digressão onde pude divagar um pouco do assunto inicial abordado no Salmo 49, retorno ao argumento de que se os homens se tornam incrédulos, assim o fazem por força de sua própria vontade e não por culpa de Deus ou de fatores sobrenaturais envolvidos. Digo isto porque subsídios para a fé não faltam neste mundo. A Bíblia diz que “Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19.1). Tais indícios são incontestáveis aos homens, que não podem dizer que Deus não deixou uma revelação clara de sua própria existência em sua obra criada. A Bíblia de Estudo Dake mostra quatro aspectos apresentados nas Escrituras que confirmam a realidade da existência do Eterno Criador. São eles:


1.Os céus declaram a glória de Deus. Heb. Saphar, narrar, contar, computar, enumerar, registrar como um escritor ( Sl 19.1; 75.1; Jó 12.8).

2.O firmamento anuncia a obra das suas mãos. Heb. Nagad, posicionar-se à frente, ficar exposto de forma corajosa, manifestar (Sl 19.1; 111.6; Mq 6.8).

3.Um dia faz declaração a outro dia.. Heb. Naba, derramar, jorrar, falar com arroubo. (Sl 19.2; 78.2; 145.7).

4.Uma noite mostra sabedoria. Heb. Chavah, declarar, mostrar, indicar. ((Sl 19.2; jó 15.17; 32.6,10, 17; 36.2).


Satanás pode até lançar duvidas no coração do homem no tocante a existência do Eterno ou acerca de sua fidelidade e cuidado para conosco, mas cabe ao homem resistir à influência persuasiva do mal dando lugar à verdade divina em seu íntimo. Os sofismas e os enganos do maligno não podem resistir à Palavra de Deus e, nem tampouco, à ação do Espírito Santo.

Muitos filósofos se afastaram da verdade de Deus porque, na verdade, nunca a buscaram. Como bem disse Paulo: “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos” (Rm 1.22). Existe uma diferença abismal em se desejar a verdade e permitir que a verdade entre no coração. Muitos homens desejam a verdade, mas poucos de fato permitem que ela adentre em seus corações. Pode-se viver na proximidade da verdade, sem jamais tê-la experimentado. Porque quando a verdade entra no intimo, ela produz a liberdade. Liberdade que se dá pelo reconhecimento dos efeitos da obra de Cristo sobre a vida. Por esta razão Jesus disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.32).

Agora vejamos uma coisa, no século XIX os homens estavam frustrados com os seus ideais de liberdade que haviam sido frustrados e se transformado em utopias, ou seja, coisas irrealizáveis. Por todos os lados o que se via era o retrato desolador da miséria e da destruição perpetrados pelos senhores da guerra de então, neste caso, me refiro a Napoleão Bonaparte e aos ingleses que travaram sangrentas batalhas em território europeu com o custo de muitas vidas, dinheiro e do sacrifício de inocentes. O cenário que se descreve ao término dos conflitos era de hecatombe e desesperança. Durant (2000, p285) descreve o estado calamitoso em que se encontrava a Europa. Vejamos:

[...] “A Europa inteira jazia prostrada. Milhões de homens fortes haviam morrido; milhões de hectares de terra tinham sido negligenciados ou devastados; por toda a parte, no Continente, a vida tinha que recomeçar do zero, para recuperar dolorosa e lentamente o civilizador excedente econômico que havia sido consumido na guerra. Schopenhauer, viajando pela França e pela Áustria em 1804, ficou impressionado com o caos e a sujeira das aldeias, a miserável pobreza dos agricultores, a inquietação e a miséria das cidades. A passagem dos exércitos napoleônicos e anti-napoleônicos havia deixado cicatrizes de devastação no rosto de todos os países. Moscou estava em cinzas. Na Inglaterra, orgulhosa vitoriosa na luta, os agricultores estavam arruinados pela queda no preço do trigo; e os trabalhadores industriais experimentavam todos os horrores do nascente e descontrolado sistema fabril. A desmobilização aumentava o desemprego” [...].

O quadro pintado por Schopenhauer sobre a Europa e o seu lastimável estado de penúria e degradação de todos os tipos, forjou na alma do incrédulo filosofo uma placa de resistência e de rejeição à religião. Como se fiar nos alicerces da fé se o que se via depunha contra toda lógica cristã de amor e generosidade divinas. Como sempre a pergunta que se levantava era: Onde está a Providência Divina quando mais precisamos dela. Segundo Durant (2000, p. 286,287), a condição de desgraça e de horror deixados como espólio da guerra contribuíram ainda mais para a onda de ceticismo e pessimismo. Vejamos:

[...] “E, na verdade, era bem difícil acreditar que um planeta tão lamentável quanto aquele que os homens viam em 1818 estivesse seguro na mão de um Deus inteligente e benévolo. Mefistófeles havia triunfado, e todos os Faustos estavam desesperados.” [...]. [...] “Raramente o problema do mal fora lançado tão viva e insistentemente em rosto da Filosofia e da Religião. Cada túmulo militar, de Bolougne a Moscou e às Pirâmides erguia uma interrogação muda às estrelas indiferentes. Por quanto tempo, ó Deus e por que?” [...].

No entanto, o que para uns serviu como motivo para negar a fé e a existência de Deus, para outros foi o caminho de retorno à crença e à sanidade. As tragédias e as desgraças neste caso, foram os meios utilizados pela soberana sabedoria para fazer com que os homens refletissem sobre o seu estado de afastamento e obstinação e se arrependessem. Os juízos sempre tem este fim pedagógico, reconduzir à luz os que haviam sido enredados pelas densas trevas da incredulidade. Foi isso que o quadro de desolação do século XIX propiciou à algumas mentalidades. Durant (2000, pg.287), novamente nos esclarece:


[...] “Seria aquela calamidade quase universal a vingança de um Deus Justo sobre a Era da Razão e a falta de fé? Seria um brado para que o intelecto penitente se curvasse diante das antiqüíssimas virtudes da fé, esperança e caridade? Assim pensava Schlegel e pensavam Novalis, chateaubriand, De Musset, Southey, Wordsworth e Gogol; e eles voltaram para a antiga fé como filhos pródigos perdidos, felizes por estarem novamente em casa” [...].

A Bíblia, como já dissemos, revela que os julgamentos ou juízos vem da parte de Deus ( Dt 32.39;Jó 12.23; Am 3.6;Mq 6.9), e tem sempre a finalidade única de conduzir os homens ao arrependimento de suas más obras.Os homens muitas vezes tem que experimentar a vara da correção divina para andarem segundo a verdade. Para tanto, o Senhor tem as suas formas de trabalhar. Vejamos o que as Escrituras falam sobre Julgamentos.

1. Eles são de diferentes espécies. Vejamos os exemplos retirados da Bíblia:

Apagar o nome (Dt 29.20); Abandonado por Deus (Os 4.17);Maldição contra as bênçãos humanas ( Ml.2.2); Pestilência ( Dt 28.21,22; Am4.10); Inimigos ( 2Sm 24.13); Fome( Dt 28.38-40; Am 4.7-9); Fome de ouvir a Palavra (Am 8.11); Espada ( Êx 22.24; Jr 19.7); Cativeiro ( Dt 28.41; Ez 39.23); Tristezas continuas ( Sl 32.10; 78.32,33; Ez 24.23); Desolação ( Ez 33.29; Jl 3.19); Destruição ( Jó 31.3; Sl 34.16; Pv 2.22; Is 11.4).

2. Eles são infligidos contra:

Nações (Gn 15.14; Jr 51.20,21); Indivíduos ( Dt 29.20; Jr 23.34); Deuses Falsos( Êx 12.12; Nm 33.4); Posteridade dos pecadores ( Êx 20.5; Sl 37.28; Lm 5.7); Todos os adversários dos santos ( Jr 30.16); Enviados para correção ( Jó 37.13; Jr 30.11); Enviados para o livramento dos santos ( Êx 6.6).


3. São enviados como castigo contra:

Desobediência a Deus (Lv 26. 14-16; 2 Co 7.19,20); Desprezar as advertências de Deus ( 2 Cr 36.16; Pv 1.24-31; Jr 44.4-6); Murmurar contra Deus ( Nm 14.29); Idolatria ( 2 Reis 22.17; Jr 16.18); Iniqüidade ( Is 26.21; Ez 24.13,14); Perseguir ao santos ( Dt 32.43); Pecados dos governantes ( 1 Cr 21.2,12);


5.Devem conduzir:

À humilhação ( Js 7.6; 2 Cr 12.6; Lm 3.1-20; Jl 1.13; Jo 3.5,6); À oração ( 2 Cr 20.9); À Contrição ( Ne 1.4; Et 4.3; Is 22.12; Ao aprendizado da retidão ( Is 26.9); Devem ser um aviso aos outros ( Lc 13.3,5).


Como já dissemos anteriormente, Deus se vale das formas mais insólitas para demover os homens do erro em que estão e, com isso, tentar salva-los do inferno. No entanto, sempre existirão aqueles que a despeito de todas as circunstâncias ou avisos, permanecerão em sua obstinação e loucura. Durant (2000, pág. 287) nos alguns exemplos desses comportamentos.


[...] “Mas houve outros que deram uma resposta mais dura: que o caos da Europa não fazia mais do que refletir o caos do universo; que, afinal de contas, não havia uma ordem divina, nem qualquer esperança celestial; que Deus, se houvesse, era cego, e o mal mediava com rancor sobre a face da Terra. O mesmo faziam Byron, Heine, Lermontof, Leopardi e Schopenhauer” [...].


O salmista sobre estes assevera: “Disseram os néscios no seu coração: não há Deus. Têm-se corrompido, fazem abomináveis as suas obras, não há ninguém que faça o bem” (Sl 14.1). As Escrituras demonstram, com efeito, que a incredulidade procede de um mau coração. Na carta Aos Hebreus encontramos a seguinte admoestação: “Vede, irmãos, que nunca haja em qualquer de vós um coração mau e infiel, para se apartar do Deus Vivo. Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado” (Hb 3.12,13). Jesus ao perceber a incredulidade do coração dos discípulos censura-lhes duramente e lhes chama de néscios e corações tardios. Veja: “E, ele lhes disse: Ó néscios e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram” ( Lc 24.25). O apóstolo Paulo em sua Segunda Epístola aos Coríntios fala acerca de uma cegueira mental imposta pelo Diabo e, por esta razão, os homens não recebem o Evangelho em seus corações. Ele escreve: “Mas, se ainda o nosso Evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto, nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus” ( II Co 4.4).



Soli Deo Gloria!




sábado, 2 de janeiro de 2010

O OUTRO EVANGELHO

Houve um tempo em que os cristãos eram mais comprometidos com as coisas santas. Havia, nestes, um cuidado todo especial em não transgredir ou mesmo ultrapassar o que estava escrito na palavra de Deus. A reverência e o zelo destes eram virtudes destacadas e perceptíveis a todos que os conheciam, crentes ou não. O seu testemunho notável e o seu andar irrepreensível falavam mais alto que palavras, levando muitas pessoas a imitar-lhes o exemplo e, através deste, conduziam muitas almas a Cristo.

Mas, o que aconteceu com o testemunho cristão da igreja de nosso tempo? Por que os nossos cultos se encheram de mesmices e superstições das mais deploráveis? Onde ficou o modelo de um andar de santidade e comprometimento com o Senhor que tantos frutos renderam ao Reino em outros tempos de nossa passada história gloriosa?   

Às vezes, me vem à alma uma tristeza incompreensível, sobretudo, quando lanço o meu olhar para o atual cenário supostamente “cristão” e percebo que no lugar do verdadeiro Evangelho que salva, liberta e conduz o homem para o céu entronizaram um outro evangelho, antropocêntrico e abominável, que de tão abjeto, já fede às santíssimas narinas do nosso Deus.

Talvez estas palavras sirvam-me de desabafo particular ou mesmo como um brado de alerta aqueles que ainda não se comprometeram com este falso evangelho fermentado de heresias que grassa por aí. Sinto-me no dever de escrever estas linhas como uma forma de trazer à lume a realidade nua e crua de nosso tempo de desvios doutrinários e profundo descaso com o sagrado. Este mesmo sentimento foi visto em Paulo, quando o mesmo percebeu o imenso grau de afastamento dos crentes da Galácia e a introdução de um evangelho judaizado, completamente distinto do Evangelho que pregara. Ele escreveu:

“Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho, o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo vindo do céu vos anuncie um outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema. Assim com já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo: se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” (Gl 1.6,7).

O apóstolo Paulo, como muitos de nós na atualidade, sentiram na alma uma profunda tristeza em razão do afastamento da verdade perceptível em alguns indivíduos que haviam recebido o Evangelho da Graça de Deus. Num ímpeto de zelo e indignação santa, o mesmo chama os gálatas de insensatos (Gl 3.1b), por haver permitido que os judaizantes os fascinassem com uma doutrina ofensiva à verdade genuína. Vejam o que ele diz:

Ó insensatos Gálatas! Quem vos fascinou para não obedecerdes à verdade, a vós, perante os olhos de quem Jesus Cristo foi já representado como crucificado?” (Gl 3.1).

Assim como Paulo enfrentou tais problemas doutrinários na Igreja Primitiva sobre a qual, pela graça de Deus, foi constituído apóstolo. Os pastores e servos de Cristo leais a sua palavra, também enfrentam com angústia na alma a entrada de um pseudo-evangelho, que por seu grau de fascinação e domínio das massas já controla as mentes e os corações dos que buscam uma vida de facilidades e comodidade, ou seja, um evangelho que massageie os seus egos e satisfaça os seus caprichos mundanos.

Este evangelho,entretanto,não pode produzir resultados eternos, uma vez que a sua proposta é apenas para esta vida. O seu alvo é a aquisição de valores temporais, seu objetivo é o aqui e agora. É lastimável que uma grande parcela de crentes siga tais asserções apóstatas e enverede por tais caminhos de engano e mentira.

Não é este o evangelho de muitos teleevangelistas que ludibriam os seus teleespectadores incautos com promessas mirabolantes de bênçãos e milagres extraordinários com o intuito de extorquir-lhes altas somas de dinheiro para alcançar seus objetivos mais escusos? Não é este o evangelho dos cifrões que permite aos hábeis manipuladores ter jatinhos, mansões faraônicas, haras com cavalos de raça, carrões turbinados e outros bibelôs que não são para o “bico” de qualquer mortal?!

Não é este o evangelho das falcatruas em nome de Deus e do uso da fé alheia para se alcançar objetivos políticos e posições de poder na sociedade? Não este o evangelho que transformou igrejas em currais eleitorais e as ovelhas em “idiotas úteis” de um sistema sórdido e imoral de manipulação?

Pensem nestas coisas irmãos. Jesus poderia ter a melhor mansão que quisesse neste mundo, mas não tinha onde reclinar a cabeça. Poderia ter entrado em Jerusalém em um cavalo branco ou em uma biga ou carruagem romana. No entanto, fez sua entrada triunfal em um jumentinho, cria de jumento, demonstrando que o seu Reino não é como o reino deste mundo e, portanto, as motivações dos que vivem nele devem ser diferentes das motivações deste mundo vil. 

Que Deus nos livre deste falso evangelho de interesses funestos e abomináveis e nos faça viver no Evangelho que verdadeiramente o dignifique como Senhor da Igreja.


Soli Deo gloria!         

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

UM JUÍZO ÀS PORTAS

planeta em crise
Se em nossos dias um dos santos do antigo testamento ressuscitassem e tivessem a oportunidade de viver em nosso meio cristão cheio de idiossincrasias, desvios doutrinários e modismos estapafúrdios, certamente ficariam horrorizados dado o baixo nível dos nossos cultos e da ausência de valores cristãos autênticos naqueles que se dizem chamados pelo nome do Senhor. Diante do quadro de apostasia e envolvimento com o pecado reinante em nossos dias, esses homens do passado de novo levantariam sua voz profética e exporiam com coragem todos os meandros doutrinários perceptíveis na Laodicéia do século 21 com o mesmo fervor com que falaram no passado contra o pecado e os falsos profetas da antiguidade.

Isto porque,a Igreja, a Laodicéia de nosso tempo, se tornou repreensível, adotando um estilo de vida corrupto e divorciado de seu mestre. As evidências de seu afastamento, as nódoas de sua apostasia e as terríveis conseqüências de sua rebelião,no presente, ecoam altissonamente pela terra e alcançam os céus. Está, pois, chegando a hora em que o sumo juiz trará o seu Juízo, o qual comecará primeiro por sua igreja e depois alcançará o mundo inteiro.

Sobre este Juízo próximo, Pedro declara: “Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?” (I Pe 4.17). Ora, nós todos sabemos que este quadro de bagunça generalizada e de enganos religiosos que tem proliferado em nossos dias terá o seu fim. Deus irá limpar a sua casa desta corja que tem cara de quem vive mais está morto. O Senhor mesmo, aniquilará todos os filhos do engano, as sementes daninhas de joio, os lobos devoradores e todos aqueles que usam de engano em sua casa. Diante do escrutínio do Eterno os falsários e embusteiros serão envergonhado; recebendo, todos, a merecida retribuição pelo seu erro.

Não nos faltam palavras judiciosas na Bíblia para condenar o pecado e a rebelião contra Deus. Desde que os nossos pais pecaram no Éden e receberam a reprovação divina pelo seu ato, os trovões da ira divina por vezes ribombaram sobre os homens em todas as épocas e veredas da história. Dos dias de Adão e Eva, os primeiros pecadores da raça humana, passando por Caim, seu filho assassino à construção da torre de babel, retrato fiel da altivez e rebelião dos homens contra os céus frustradas pelas mãos do Altíssimo;  das abomináveis Sodoma e Gomorra  até as nossas modernas sociedades hedonísticas, os lampejos de uma ira implacável estão sendo ensaiados. Em breve o cálice da ira do Todo- Poderoso será derramado sobre os homens. Ai daqueles que vivem como se a longanimidade do Deus Vivo fosse durar para sempre. Ai dos que chamam mal, bem e ao bem, mal. Ai dos que fazem da Igreja de Deus palco para suas insanidades religiosas e antro de toda sordidez e apostasia."         

domingo, 6 de dezembro de 2009

ENTRE O SANTO E O PROFANO
















Os bastidores da política nacional estão em polvorosa. No mundo evangélico povoado por santos e charlatães não é diferente. Com a divulgação de gravações onde se podia claramente ver e ouvir atos de insanidade de pessoas que se dizem cristãs, recebendo altas somas de dinheiro, o angu parece que embolou de vez. Isto demonstra com clareza o grau de comprometimento pecaminoso de muitos crentes que enveredaram pelo mundo da política e abandonaram certos princípios da Palavra de Deus.

O que faz uma pessoa usar o nome de Deus diante de ilicitudes? Por que tais indivíduos agem como se nada estivesse errado? Descaramento? Insensatez? Insensibilidade espiritual ou simplesmente falta de temor ao Deus Santíssimo? O que pensar de tais pessoas que se dizem crentes, mas maculam de vergonha o seu testemunho? O que achar de evangélicos que de posse de cargos públicos usam-nos como canais de enriquecimento ilícito e outras façanhas sobremodo hediondas?

Todas estas coisas causam-nos repulsa e uma sensação de extrema vergonha e impotência. Diante de tantos casos de corrupção que afloram Brasil afora, como se não bastasse, mas uma vez somos brindados com outro caso; e, este, com um sério incremento, ou seja, o envolvimento e participação de evangélicos no esquema. Com direito a orações e imprecações em nome de Deus. Que vergonha!  Estamos perdendo o sentido de ser “sal e “luz” em mundo de trevas. Estamos nos tornando réprobos no tocante ao entendimento e néscios em nossas atitudes para com aqueles que esperam mais de nós enquanto Igreja. Jesus disse:



“Vós sois o sal da terra; e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa. Assim resplandeça a vossa luz dinte dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso pai que está nos céus” ( Mt 513-16).

Estas comparações feitas pelo mestre revelam como deve ser o nosso caráter cristão neste mundo decaído, ou seja, devemos ser modelos de retidão e exemplos de um verdadeiro andar com Deus digno de ser imitado por aqueles que nos vêem.  Mas como ser modelos se a nossa conduta nos reprova? Como resplandecer luz diante dos homens se o nosso proceder está envolto por trevas e comprometimentos escusos?  Tal comportamento dúbio torna inútil o testemunho cristão bem como transforma em imprestáveis para as proficiências do Reino aqueles que vivem de forma ambivalente sua vida cristã. Vejamos o que nos diz o Comentário Bíblico Pentecostal:

“ O sal é valorizado por dois atributos principais: gosto e conservação. Não perde suas salinidade se é cloreto de sódio puro. Isto nos leva à sugestão do que Jesus quis dizer  quando disse com os discípulos se eles perdessem o caráter de sal. O sal não refinado extraído do mar Morto continha mistura de outros minerais. Deste sal em estado natural o cloreto de sódio poderia sofrer lixiviação em conseqüência da umidade, tornado-o imprestável. O ensino rabínico associava a metáfora do sal com sabedoria. Esta era a intenção de Jesus, visto que a palavra grega traduzida  por “nada mais presta” tem  “ tolo” ou “louco” como seu significado  radicular. É tolice ou loucura os discípulos perderem o caráter, já que assim eles são imprestáveis para o Reino e a Igreja, e colhem o desprezo de ambos”

Neste sentido todo aquele que tem atitudes profanas ou incoerentes com a verdade do Reino se torna imprestável para o mesmo. Viver no Reino implica em abandonar as obras infrutuosas das trevas e viver como filhos da luz. Quando não se vive desta maneira, por si só a contradição já está instalada. Não se pode viver ambiguamente na atmosfera do Reino. Exige-se, portanto, do crente a renúncia completa de todas as anuências ao presente sistema corrompido e as suas benesses. Sobre a ambigüidade comportamental no tocante ao usufruto das coisas do mundo Jesus assevera:

“Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” ( Mt 6.24).

João também declara:

“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. Filhinhos, é já a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também agora muitos se têm feito anticristos, por onde conhecemos que é já a última hora” ( Jo 4.15-18).

E ainda Tiago Também afirma:


“Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4.4).

Advertências bíblicas não faltam para condenar o relacionamento estreito de uma pessoa que se diz cristã com o mundo. Se alguém teima em continuar esta relação promíscua com as trevas mais cedo ou mais tarde colherá os resultados de tal insensatez. Não podemos ignorar que Deus é longânimo, mas frustrar sua longanimidade é loucura. Paulo declara:

“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna” (Gl 6.7.8).


O pior de tudo é que muitos já não sentem mais a repreensão das Sagradas Escrituras em suas consciências. O nível de insensibilidade está tão avançado que tais indivíduos perderam completamente o temor para com as coisas de Deus. Só fato de se usar as escrituras e de fazer orações em nome de Deus para avalizar certos procedimentos antiéticos já é um sinal de avançada perda da sensibilidade espiritual. Contudo, resta-nos lembrar a todos estes que o julgamento está se aproximando. Deus retribuirá a cada um segundo as suas obras. Pedro declara que este julgamento começa pela Igreja. Vejamos:

“Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?” ( I Pe 4.17).

Todo este quadro que está se desenhando na atualidade terá repercussões drásticas naqueles que persistem em andar pelas sendas do engano e da corrupção deste mundo. Para estes, deixo o conselho do Senhor em Apocalipse:  

Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres” (Ap 2.5).


Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei” (Ap 3.3).





Soli Deo Gloria!











segunda-feira, 9 de novembro de 2009

MARIONETISMOS IDEOLÓGICOS

                 
       
                    marioneta21





                                    
Perdemos em algum momento o sentido da palavra Cristianismo. A igreja da atualidade, afastando-se de um modelo de fé centrado nas Escrituras e no testemunho apostólico adota cada vez mais expedientes nada salutares de vida cristã exemplar. A onda agora é seguir as extravagâncias ditadas por uma meia dúzia de indivíduos que a si mesmos se identificam como apóstolos, e, que, por supostamente possuir uma “unção nova”, vinda do alto, se revelam como os novos gurus espirituais do momento. As igrejas se tornaram um filão lucrativo. Cada vez mais afeitas aos novos tempos, conquistaram espaços midiáticos, construíram  impérios de poder econômico e amealharam fortunas usando a Bíblia como elemento canalizador de riquezas. A Eclésia do Século 21 é tudo, menos a comunidade dos chamados para fora do mundo. Pelo contrário, mancomunou-se com o mesmo e não tem vergonha de expor tal união abominável.


Os indivíduos neste intrincado labirinto de interesses e poder são apenas os peões mantenedores da engrenagem de manipulação e controle alimentada pelo fanatismo e ignorância das pessoas em busca de novas experiências espirituais, prosperidade e milagres. A palavra não tem mais peso para estes, o que vale é a palavra do líder que assume o papel de interlocutor entre Deus e os homens através de sua interpretação particular das Escrituras e revelação especial. Por meio de tais dotações, consegue persuadir os incautos a fazer vultosas doações para a instituição, sem falar dos dízimos e ofertas que são enfatizados à exaustão. Mamon nunca foi tão cultuado como em nosso templos da atualidade. Veja o que diz César Augusto D. Ramos em seu artigo “O legado da Democracia brasileira”
“Hoje, os condutos religiosos estão de tal modo confusos que as instituições viraram excelente meio de vida para seus operadores. Um sucesso! Os pastores tosquiam ovelhas à granel. A fé remove montanha”.
Indubitavelmente, tal asserção pode nos causar repulsa, mas é esta a realidade nua e crua do evangelicalismo hodierno. Nos tornamos amantes do bem-estar e de uma forma de evangelho que valoriza o ter em detrimento do ser. Os cultos de prosperidade são um exemplo óbvio deste fenômeno. Nestas reuniões a busca por uma benção material finaceira que alavanque a vida do indivíduo e o livre da miséria é mais importante do que o ensino sobre a obra salvífica  de Cristo na cruz e a necessidade de arrependimento para se entrar no céu. No entanto, tal ensino não encontra eco nas Escrituras e, nem tampouco nos ensinos de Jesus. Percebemos que a palavra segue na contramão de tais ensinamentos e não autoriza quem quer que seja a postulá-los. Paulo declara: 
Se alguém ensina outra doutrina e não concordacom as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensino segundo a piedade, é enfatuado, nada entende, mas tem mania por questões e contendas de palavras, de que nascem inveja, provocação, difamações, suspeitas malignas, altercações sem fim, por homens cuja mente é pervertida e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucroDe fato, grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento. Porque nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele.Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes. Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores ( I Tim. 6.3-10).  
Veja bem o que diz a Palavra. Perceba como o ensino de Paulo no versículo supracitado vai de encontro aos postulados heréticos da teologia da prosperidade. Paulo argumenta que a mente de tais indivíduos é pervertida. Na verdade, tais homens vivem alienados das coisas espirituais porque olham para as Escrituras com uma visão meramente carnal, visando apenas a aquisição de valores temporais em detrimento do que é eterno. Infelizmente neste caminho de insensatez levam consigo multidões embaladas por seus falsos ensinos de perdição. O conselho de Paulo  neste caso é enfático:
“Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão.Combate o bom combate da fé. Toma posse da vida eterna, para a qual também foste chamado e de que fizeste a boa confissão perante muitas testemunhas” ( I Tm. 6.11,12).  
Os marionetismos ideológicos e maneirismos estratégicos usados pelos falsos mestres para manter a obediência de tais indivíduos já não nos são tão estranhos assim. Conhecemos muito bem suas técnicas de manipulação grupal e psicologização. Portanto, nos manifestamos com o instrumento poderoso da Palavra de Deus, a espada do Espírito (Ef 6.17), para combater o engano e despertar os que estão presos por ele. Paulo advertiu os seus discípulos sobre o perigo dos falsos mestres e da manipulação. Vejamos: 
“Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2.8). 
O apóstolo dos gentios enfatiza a necessidade de vigilância e afastamento de tudo ou todo aquele que procure por meio do engano religioso e doutrinas demoníacas enredar os crentes. Os servos de Cristo devem estar atentos a estes pretensos ensinos, haja vista que os mesmos são perniciosos e destruidores. Analise o que afirmam Arrington e Stronstad no Comentário Bíblico Pentecostal, Ed. CPAD: 
[...]”Realmente, esta pode ter sido uma preocupação compreensível do apóstolo por algumas de suas igrejas; contudo, as exortações persistentes à firmeza, nesta carta, devem ter ser vistas sob o enfoque do problema particular que estava confrontando a igreja em Colossos, isto é, a presença de falsos mestres e ensinos ameaçando a estabilidade da comunidade da fé naquela cidade” [...]  “Em resumo, os falsos ensinos parecem ser nada além de palavras persuasivas.” [...] “ Os ensinos não somente são baseados na “tradição dos homens”; também são demoníacos.” [...] 
Note a clara preocupação de Paulo no tocante à falsa doutrina. Ele percebe a capacidade que a mesma tem de exercer poder de persuasão sobre alguns crentes. Esta mesma persuasão é perceptível no falso ensino ministrado nos dias de hoje. E o pior é que tal elemento persuasivo tem o poder de cativar as mentalidades à ideologia do sistema religioso que se arroga como dono da verdade. Perceba este fenômeno nas multidões que participam de tais movimentos. Vocês percebem algum questionamento da parte deles sobre a postura da denominação ou a conduta dos seus líderes? Lógico que não. Como peões do jogo de xadrez da ideologia religiosa da organização, eles apenas obedecem cegamente o que lhes é ditado. Se alguém é contrario a eles é rechaçado e tido como um subversivo da causa. Digno de excomunhão.
 Na marcha para Jesus 2009, realizada em São Paulo, e noticiada pela imprensa, as multidões manipuladas seguiam os seus hábeis manipuladores. Como macacos de auditório repetiam, unânimes, expressões de apoio aos seus líderes. Não havia nenhum posicionamento ético deles em relação ao episódio da prisão dos Hernandes com os dólares nos Estados Unidos. Não havia nenhuma menção às denuncias contra a IURD veiculadas pela imprensa. Todos simplesmente agiam como se nada tivesse acontecido. É preferível calar-se a atacar os intocáveis “ungidos”. Aliás, esta é uma postura comum de alguns que covardemente não se posicionam contra o erro, ainda que possam fazê-lo. Martin Luther King disse: 
 "O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons".


Soli Deo Glória! 





domingo, 8 de novembro de 2009

A VERDADE, O RELATIVISMO E O ANTI-CRISTO



O suicídio da verdade ocorre quando os homens por força de influências interiores ou por imposições ideológicas exteriores aceitam a mentira em detrimento de sua própria consciência. Se bem que nestes dias de relativismo declarado, difundido por intelectuais e universidades em todo mundo, a verdade tem sido fragmentada e fracionada a uma pequena e restrita visão de mundo particular. De acordo com essa vertente, a verdade não seria absoluta, mais uma colcha de retalhos ou um mosaico composto de várias verdades que formariam uma espécie de conjunto de verdades comungada pelos homens em diferentes culturas e lugares do planeta.


As universidades endossam essa teoria, como também doutrinam seus alunos no tocante a esse pensamento. Percebe-se neste bojo, obviamente, o pensamento pós-moderno contrário aos parâmetros doutrinários religiosos judaico-cristãos e o apelo a uma falsa idéia de que todas as religiões são boas e conduzem mesmo que de formas diferentes a “Deus”, não importa que deus seja este. O Sem. Elton Roney Carvalho, em seu artigo: “O crescimento do relativismo religioso”, declara:


A proposta de uma fé baseada em um comodismo pessoal, aceitação de sentimentos desencadeados da própria construção da personalidade e inclusão de formas de religião e visão de mundo equivalentemente diferente, está cada vez mais em alta na atualidade da religião mundial [...] A visão global de uma espiritualidade centrada em uma verdade absoluta é gradativamente mais incoerente no pensamento racional atual. Na verdade, o que mais observamos é um crescimento das formas de expressões religiosas, porém, decrescente na forma de expressar uma identidade religiosa única. Não falamos mais de uma revelação de religião para a humanidade, mais, uma humanidade com diversas formas de religião; não mais um caminho de religação do homem com a divindade, mas, várias possibilidades de "atalhos" para se chegar ao "patamar supremo", ou seja, a uma divindade [...]




As novas gerações estão sendo trabalhadas para aceitar os ideais da aldeia global e também a suposta e falaciosa aceitação das diferenças como parte do processo de inclusão das culturas, credos e diferentes formas de visão de mundo de acordo com os processos de globalização que pregam a união dos povos e a derrubada dos entraves existentes, sejam estes entraves culturais, políticos, ideológicos ou religiosos. Este processo de mudança radical e de aceitação de tais valores esta se acelerando mais rápido do que nós imaginamos. O nosso mundo está sendo preparado para a ascensão do “grande líder mundial” e o palco para a exibição de seu show já está sendo montado.


O relativismo cultural é apenas uma tentativa de domesticação das mentalidades, uma preparação ideológica bem urdida com o intento de neutralizar todas as resistências intelectuais, espirituais e morais que se opõem a sua consolidação efetiva como ideologia dominante. As instituições de ensino, os professores e os veículos de comunicação como formadores de opinião são importantes peões no processo de preparação do sistema a ser implantado no mundo. Assim como Jesus teve um precursor a preparar o seu caminho, não é de admirar que o Anti-Cristo também tenha os seus. E quem são estes? João Tomaz Parreira em seu artigo “Relativismo, Relativismos” nos mostra, vejamos:


“Não é por acaso que entre os antropólogos se defenda o relativismo cultural e os relativismos derivados, uma vez que o ser humano pretende colocar tudo ao mesmo nível, Deus, o homem, as culturas, a moral, a ética, tudo é igual, tudo se relaciona sem absolutos. Também que toda a conduta do Homem é boa em si mesma, natural e importante, em todos os contextos é o ser humano que impera. O relativismo é mesmo característico do agnosticismo no seu conjunto. A obediência a Deus não é uma pura convenção ética que pode mudar e adapatar-se às circunstâncias e normas vigentes na sociedade.”


O cientista Albert Einstein também se prestou a esse serviço com as seguintes declarações:


“Não existe essa verdade absoluta. A mesma paisagem apresenta diferentes aspectos a diferentes pessoas que a vêem de diferentes pontos de observação. É uma coisa para o pedestre, uma coisa totalmente diversa para o motorista e ainda outra coisa diferente para o aviador.Toda experiência é relativa a pessoa exposta a essa experiência particular.”


Se não existe verdade absoluta conforme postula Einstein, logo, todas as experiências e visões de mundo são aceitáveis como verdade. É exatamente nesta concepção que mora o perigo. Se eu tenho todas às verdades como aceitáveis e não apenas uma verdade absoluta, a verdade da Bíblia se torna apenas mais uma verdade entre todas as “verdades” existentes no mundo. Seguindo este pensamento, os postulados absolutos do Cristianismo passam a ser considerados apenas uma parte da verdade que compõe toda a verdade existente no mundo, e não a verdade propriamente dita. Esta asserção falaciosa difunde-se em nossos tempos e se configura como uma grave ameaça à fé, exigindo de todos nós, observadores da palavra como única verdade e fundamento, um posição aguerrida de combate ao erro. Não podemos ficar passíveis diante do quadro de manipulação intelectual perpetrado por aqueles que se consideram os donos da verdade ou também chamados formadores de opinião. Devemos entender que como cristãos fomos chamados a defender o Evangelho dos enganos e heresias que tem se levantado contra os fundamentos de nossa fé. Paulo declara:




“De modo que se tem tornado manifesto a toda a guarda pretoriana e a todos os demais, que é por Cristo que estou em prisões; também a maior parte dos irmãos no Senhor, animados pelas minhas prisões, são muito mais corajosos para falar sem temor a palavra de Deus. Verdade é que alguns pregam a Cristo até por inveja e contenda, mas outros o fazem de boa mente; estes por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho” ( Fp 1.13-16).




Cristãos esclarecidos e leitores da Bíblia devem discernir as evidências dos tempos finais que estão aumentado à medida que se aproxima o fiel retorno do Senhor Jesus Cristo para arrebatar a sua igreja. Temos o testemunho das Escrituras a nosso favor e a testificação do Espírito Santo em nosso íntimo que apontam para a realidade do cumprimento profético. O mundo clama por um líder global, por um homem capaz de unificar em um só governo todos os interesses mundiais de paz, prosperidade e justiça. Aproveitando-se deste anseio unânime e universal, o Diabo entrará em cena com o seu fantoche personificado na figura de um homem superdotado em todas as proficiências políticas e intelectuais. Um verdadeiro fenômeno que deixará a humanidade completamente a sua mercê e controle.


Recentemente nós assistimos coisa semelhante com Barack Obama. Ungido à popstar da política e incensado a salvador da pátria, o líder da maior potência do mundo deixou as nações embevecidas. Se foi assim com um líder humano, imagine com o anticristo que terá satanás como seu mentor e guia. A influência de Satanás sobre ele será decisiva para a sua ascensão. Podemos perceber já alguns lampejos deste desejo universal por um governante mundial através das manifestações políticas de unificação de derrubada de fronteiras, a criação de blocos econômicos, moeda única e frases que revelam e esse desejo latente no coração dos homens. Vejamos o que disse Einstein sobre o futuro da humanidade em entrevista concedida à folha da manhã em 04/03/1949:


Esta organização não pode ser abandonada à iniciativa dos governos: será alcançada quando os povos tiverem uma vontade firme e ativa, porque é renovação radical de todas as antiquadas tradições políticas. A compreensão e a vontade de resolver o problema estão-se generalizando. Acredito na influência de um individuo sobre outro e acredito no processo de seqüência e encadeamento entre os homens.”




Analise bem o excerto supracitado. Veja a frase em negrito: “renovação radical de todas as antiquadas tradições políticas” e “influência de um indivíduo sobre outro”. Perceba na primeira frase em negrito, que Einstein demonstra um certo descontentamento com as tradições políticas que ele caracteriza como antiquadas, exigindo uma renovação radical da mesmas. Como se dará isso, a não ser por um governo único, autoritário; que submeta todas as organizações de poder vigente em uma única instância regida por sua égide despótica. É isso que o anticristo fará. Ele será o indivíduo que influenciará outros indivíduos e o mundo inteiro com as suas mentiras e engodos de perdição. Veja o que Paulo declara II Tessalonicenses:


“Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus. Não vos lembrais de que eu vos dizia estas coisas quando ainda estava convosco? E agora vós sabeis o que o detém para que a seu próprio tempo seja revelado. Pois o mistério da iniqüidade já opera; somente há um que agora o detém até que seja posto fora; e então será revelado esse iníquo, a quem o Senhor Jesus matará como o sopro de sua boca e destruirá com a manifestação da sua vinda; a esse iníquo cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás com todo o poder e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para serem salvos. E por isso Deus lhes envia a operação do erro, para que creiam na mentira; para que sejam julgados todos os que não creram na verdade, antes tiveram prazer na injustiça (IITs 2.3-12).”


Em apocalipse também lemos:



“E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como dragão. Também exercia toda a autoridade da primeira besta na sua presença; e fazia que a terra e os que nela habitavam adorassem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. E operava grandes sinais, de maneira que fazia até descer fogo do céu à terra, à vista dos homens; e, por meio dos sinais que lhe foi permitido fazer na presença da besta, enganava os que habitavam sobre a terra e lhes dizia que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia. Foi-lhe concedido também dar fôlego à imagem da besta, para que a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta. E fez que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, lhes fosse posto um sinal na mão direita, ou na fronte, para que ninguém pudesse comprar ou vender, senão aquele que tivesse o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis” ( Ap. 13.11-18).




Veja também o que nos diz Dave Hunt em seu artigo “O futuro governo mundial”


“A idéia de um governo mundial está em circulação há muito tempo. A novidade hoje é o fato de que quase todo mundo está chegando à mesma conclusão e, no desespero do momento, milhões de pessoas estão fazendo algo a respeito [...]. Como H. G. Wells previu, a “conspiração” agora se tornou um movimento evidente que envolve centenas de milhões de “crentes”. A maioria desses “conspiradores declarados”, como Wells profetizou, tem em mente uma unidade mundial baseada mais no relacionamento interpessoal do que propriamente num governo, como querem os internacionalistas. A maior demonstração de que isso já é totalmente possível são as redes formadas por milhares de grupos de cidadãos comuns trabalhando em conjunto, no mundo inteiro, no novo e poderoso movimento pela paz. Isso também parece ter sido previsto por Wells, que escreveu: “O que estamos procurando alcançar é a síntese, e esse esforço comunal é a aventura da humanidade”. Alguma coisa importante está tomando forma – um imenso e crescente movimento popular cujo caráter é mais religioso do que político, embora não no sentido comum da palavra. É uma nova espiritualidade, um misticismo grande demais para ser confinado nos limites estreitos de qualquer religião.”




Mais cedo ou mais tarde, o mundo todo estará envolvido neste quadro profético. O que estamos assistindo atualmente é apenas o ensaio para que os dias mais terríveis de toda história humana sobre a terra se desenrolem. A atual aspiração por um governo único e o desejo de unidade mundial são os primeiros indícios deste fato. Não podemos também negar que a atuação do espírito do erro já é uma realidade flagrante em nosso tempo e em muitas igrejas. O afastamento dos padrões doutrinários e o quadro de letargia espiritual reinante evocam a idéia de que estamos na última hora, ou seja, no final desta presente dispensação. Maranata! Ora,vem Senhor Jesus!




Soli Deo Glória!