terça-feira, 23 de abril de 2013

ORAÇÃO, UMA ADMOESTAÇÃO BIBLICA


Por Geovani F. dos santos


Jesus sofreu todas as contradições dos homens para que nós não desvanecêssemos em nossos ânimos lutando contra o pecado ( Hb 12.3).  A Bíblia diz que Ele em tudo foi tentado, mais sem pecado (Hb4.15). Portanto, podemos nos achegar a Ele sabendo que é perfeitamente capaz de suprir todas as nossas necessidades em glória. Uma vez que o próprio Cristo sofreu na carne todas as agruras e sofrimentos humanos, temos total liberdade de nos aproximarmos dele com a certeza de que ele nos compreende muito bem. Na verdade, as Escrituras nos incentivam a fazermos conhecidas diante de Deus todas as nossas situações, por mais difíceis que pareçam ser. Devemos seguir a admoestação bíblica e continuarmos a dobrar os nossos joelhos no afã de sermos ouvidos pelo Senhor em tempo oportuno. Aqueles que confiam no Deus da Bíblia jamais serão frustrados em sua esperança, porque Deus é fiel.






Jesus sempre incentivou os seus discípulos à pratica da oração. Por inúmeras vezes Jesus se retirava para lugares desertos e ali orava ao Pai em secreto. No sermão do monte Jesus falou sobre a importância da oração deixando-nos como exemplo a oração modelo e a regra áurea:



“Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome; Venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; O pão nosso de cada dia nos dá hoje; E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; E não nos induzas à tentação; mas livra-nos do mal; porque teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém” ( Mt 6.9.13).

“E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; Porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á” (Lc 11.9-10).

Estes textos revelam a importância da oração na vida do crente, portanto, negligenciá-la é andar na contra mão do ensino apostólico. Jesus viveu em constante oração e morreu orando ao Pai rendendo o espírito ( Lc 23.46). A igreja só poderá vencer as densas trevas deste tempo se estiver em oração. É sumamente importante mantermos intenso contato com o pai celestial. Certo escritor escreveu que este mundo está tão contaminado pelo pecado que devemos pela oração repirar da atmosfera celestial. Uma vez que se aproxima a volta do Senhor, precisamos redobrar o nosso ânimo e vigilância em oração para que não sejamos pegos desprevenidos ante o ressoar da trombeta. Deus nos chama para oramos nesta ultima hora, e devemos orar  com toda a instância e perseverança, sabendo que os dias se abreviam e existem muitas vidas que carecem da salvação. A oração abre portas extraordinárias e possibilita intervenções poderosas do Senhor no universo humano.  


Que possamos seguir as admoestações apostólicas que nos chamam altissonantemente a uma vida de súplica diante do Senhor. Que o legado de Jesus seja o nosso paradigma existencial e o nosso único ideário de fé digna de imitada pelos santos. Que as palavras do apóstolo Paulo ressoem em nossos ouvidos e corações nos conclamando: “orai sem cessar” ( 1 Ts 5.17).  

SÍNDROME DE JUDAS

Por Geovani F dos Santos

Marcos afirma que Jesus estava falando quando Judas apareceu. Naquele ínterim funesto e derradeiro, o Mestre já sabia quais eram suas verdadeiras intenções. Conhecia muito bem o motivo de sua visita furtiva. Como um lobo a espreitar sua presa ou como um leão próximo do ataque, desta forma tal aparição se revelava. O coração daquele que fora seu discípulo estava dominado pelo mal, sua alma perversa, envolta em trevas, era, agora, o instrumento do diabo para levar a cabo o que desde o início foi dito dele: aquele que traiu o filho do homem ou filho da perdição ( Mt 10.4; João 6.70,71; 12.4; 13.26,27; Mc 14.42-45; Mt 27.3; At 1.16; Sl 109.8; Zc 11.12).





Desde o princípio Judas demonstrava um comportamento destoante dos demais discípulos do Senhor, o que fazia dele um potencial candidato a traidor. O Dicionário Bíblico John Davis declara que ele seguia a Jesus dominado pelo interesse que ele tinha sonhado no Reino de Cristo. Talvez tal interesse fosse uma motivação meramente política. Judas concebia em sua mente que Jesus fosse liderar algum levante armado para libertar Israel do domínio romano. Estava profundamente enganado acerca do ideário de Cristo e de sua missão messiânica. Jesus veio para salvar os perdidos e conduzir os homens aos céus, não liderar uma campanha militar. Quando diante de Pilatos, o Salvador deixou bem claro isso ao dizer:


"O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui. Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" ( Jo 18.36,37).


As palavras de Jesus a Pilatos deixam claro o escopo da vinda de Cristo a este mundo, ou seja, dar testemunho da verdade. Judas não era da verdade, por esta razão rejeitou a voz de Jesus para sua própria perdição. Assim como Judas Iscariotes, não são poucos os que apresentam essa conduta reprovável.


Características de Judas apresentadas pela Bíblia


Judas era avarento -  O coração de Judas Iscariotes estava tomado pela cobiça. Os seus interesses não eram motivados por altruísmo ou empatia pelas pessoas, mas por puro interesse egoísta. Tal comportamento é provado na passagem abaixo:

" Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os príncipes dos sacerdotes e disse: Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei? E eles lhe pesaram trinta moedas de prata. E,desde então, buscava oportunidade para o entregar " ( Mt 26.14-16).

Vede a pergunta de Judas: "Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei" . Observe que existe um interesse cobiçoso. Ele oferece o próprio Salvador em troca de trinta moedas de prata. Esse procedimento iníquo expõe o que está no íntimo do discípulo traidor, isto é, obter uma vantagem material em tal transação malévola. O coração de Judas está completamente contaminado pelo pecado da ganância e sua alma dominada por Satanas. Jesus declara que o que contamina o homem procede do interior, pois é do âmago do coração humano que emergem toda sorte de pecados. Ele diz:

" O que sai do homem, isso é que contamina o homem. Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza,as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem" ( Mc 7.20-23).

Satanás encontrou um terreno fértil no coração de Judas, onde pôde facilmente, sem qualquer resistência disseminar suas sementes de apostasia contra o Senhor."O seu coração só ambiciona lucro" ( Ez 33.31).

Judas retrata muito bem o espírito de nosso tempo de forma inequívoca. Uma época marcada por cobiça, intemperança e ausência de escrúpulos morais. A síndrome de Judas dissemina-se vertiginosamente como um vírus e os seus males já são notórios. Pedro declara que por avareza certos homens farão negócio do povo de Deus com palavras fingidas (2 Pe 2.3). O apóstolo alerta que esses homens são exercitados na avareza, filhos da maldição (2 Pe 2.14). Semelhantes a Judas, tais indivíduos continuam colhendo os frutos de sua insensatez.

terça-feira, 16 de abril de 2013

AMANHÃ




Amanhã se verá tão puro em ornatos festivos
Em alvor de glória a adornar mil sóis
Teus olhos chamejantes perscrutam almas
Qual espada penetrante
A ti se darão louvores
Honras e tributos colossais
Que se estenderão por cem auroras da eternidade
Numa infinita canção de sons angélicos!

Não se darão ali tristezas
O som benfazejo adormece em amor
Ao brilho de tuas célicas palavras
Numa harmonia imorredoura
Que jamais perderá seus estros!

terça-feira, 2 de abril de 2013

OS TEMPOS, OS HOMENS E O CARPINTEIRO

Por Geovani F.dos Santos


Vede os tempos, eles querem nos dizer alguma coisa que ainda não entendemos. Será que nos têm faltado o discernimento necessário para compreendermos a realidade dos acontecimentos que estão concomitantemente se dando no mundo? Ou estão todos entorpecidos pelas miragens atordoantes desta época de estranhezas?


Decorre que por mais que procuremos respostas as mesmas se perdem num labirinto de incertezas que revelam o grau de insegurança que se abateu sobre o mundo dos homens como uma tempestade incontrolável. O homem da atualidade tem medo. Esse medo se tornou uma neurose coletiva, uma espécie de fumaça narcotizante que paralisa ao mesmo tempo que lança suas sombras sobre a alma dos homens.

Todos os dias parecem revelar uma nova cadência de fatos que já não se parecem inéditas, pois são repetições do mesmo cenário funesto, da mesma peça dramática, do mesmo espetáculo de loucuras e insanidades que qual um redemoinho insopitável vai engolindo almas numa voragem irreversível. É um monstro de várias cabeças que num golpe arrasta suas presas indefesas.

Para onde caminha a humanidade? Esses milhões de seres anônimos vagueantes pela existência,  quais ovelhas sem pastor se mostram cada dia mais confusos e caminham para sua encruzilhada final na confluência dos tempos.

O homem moderno perdeu-se em si mesmo no afã de conquistar os mundos. No tentar  ganhar o orbe rendeu a alma aos tiranos e se tornou escravo de vontades maiores que insistem em desvia-lo do bem. O remédio é voltar ao homem, ao carpinteiro de Nazaré e beber de suas fontes. Só assim terminará a procura!