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sexta-feira, 14 de setembro de 2018

TEMPOS SURREAIS


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Por Geovani F. dos Santos



Parei para pensar um pouco nos acontecimentos do cotidiano e, diante dos fatos, fiquei um tanto atônito com a realidade descortinada. Que  ao meu ver parece surreal. Penso  que a crueza de nosso tempo tem deixado os homens um tanto insensíveis, todavia, isso não deveria ser a regra. Não podemos nos desumanizar. A essência de bondade, misericórdia, compaixão, solidariedade e alteridade não pode ser esquecida, caso contrário, nos brutalizaremos em tamanho grau  que a hecatombe de nossa espécie se acelerará. Diante do mal e da ameaça do mesmo, não podemos baixar a nossa guarda. Tampouco devemos ser coniventes com o ilícito, como se o "fazer errado" fosse algo aceitável em determinada conjuntura. 

Quem pensa desta forma está fadado à própria ruína, haja vista que os pilares de nossa civilização baseiam-se no ideário cristão de amor ao próximo. O contrário disso conduz à barbárie, ao genocídio e à dizimação completas. Mas qual seria a razão de tamanho embrutecimento? Poder-se-ia elencar inúmeras razões, no entanto, fica evidente que é o descaso para com o sagrado a mãe de todas as iniquidades. Quando se tira Deus do seu verdadeiro lugar e entroniza-se no trono do coração uma ideologia ou qualquer outro ideário que não se coaduna com a sua vontade está se escancarando o caminho para que o mal em sua maior acepção se aposse das almas. 

É o vazio existencial resultante do divórcio de Deus que conduz homens para a perdição. Negar a verdade apresentada pelas Escrituras e autoproclamar-se independente do criador é  maior de todas as blasfêmias,  punível  com uma eternidade no lago de fogo. Quando penso nestas palavras me vêm à mente às palavras de Cristo quando diz: "Sem mim nada podeis fazer" (João 15.5). Esse versículo nos chama atenção para a exclusividade de Cristo no tocante à salvação e também ao êxito de nossas empreitadas neste mundo. Sem Cristo como nos declara Werner de Boor: "Não há pessoas salvas e plenificadas de vida divina para a eternidade". E, se, não há pessoas plenificadas e completas em Deus, depreende-se que reina um vazio profundo que, por vezes, é preenchido com prazeres paliativos, como gozos transitórios e com distrações fugazes os quais ampliam ainda mais o sentimento de frustração do individuo, uma vez que toda ânsia ou aspiração humanas só podem ser preenchidas em Deus.

O apóstolo Paulo declara que a humanidade está sob a queda e sob a queda vive sob uma "miséria frustrante" (matalaiotes). Tudo no mundo, portanto, leva invariavelmente, as marcas do pecado de Adão e Eva, nossos primeiros pais no Éden. Todo mal no mundo reside nesta verdade e quanto mais se ignora o fato e não se resolve o problema do pecado e da ausência do controle de Deus no coração, mas se avança para o caos irremediável. Portanto, fica evidente que tudo o que vemos no mundo é uma clara e incisiva declaração de que os homens nunca conseguirão cousa alguma se permanecerem em seu caminho de rebelião contra os céus. As consequências desta semeadura tola já estão sendo colhidas agora e recrudescerão repercutindo na eternidade. É uma cousa a se pensar e decidir-se logo por Cristo. "Entra em acordo depressa com teu adversário, enquanto estás com ele a caminho do tribunal, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, o juiz te entregue ao carcereiro, e te joguem na cadeia. Com toda a certeza afirmo que de maneira alguma sairás dali, enquanto não pagares o último centavo" ( Mateus 5.25,26 -Bíblia King James).                       

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

NOVAS COISAS VIRÃO COM O REINO DO MESSIAS

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Por Geovani F. dos Santos


Nós sabemos que todas as coisas que Deus fez permanecerão, e a promessa do Senhor aos seus filhos é de “um novo céu e de uma nova terra nos quais habitam a justiça” (Isaías 65.17; 2 Pedro 3.13; Apocalipse 21.1).

No momento estamos no mundo, mas estamos convictos desta promessa de Deus porque o próprio Jesus disse que embora estejamos no mundo, não somos do mundo (João 15.19). Desde o momento em que aceitamos o Senhor Jesus como nosso salvador pessoal e recebemo-lo em nossos corações, passamos a ter uma nova cidadania, ou seja, uma cidadania celeste – a verdadeira cidadania que todo indivíduo deveria desejar— ser cidadão de um reino eterno que jamais passará (Filipenses 3.20; Daniel 2.34). Portanto, a nossa certeza e fundamento é que o Senhor irá cumprir todos os seus designíos para com a humanidade e acabar com este estado de coisas lamentáveis que, agora, na atualidade, entristecem nossa alma.

 No presente, nós vivemos   em um reino que ainda não foi consumado e, portanto, nele habitam tanto cristãos verdadeiros- renascidos como também crentes nominais, representados pelas metáforas do “joio e do trigo” (Mateus 13.24—30).  Quando o reino se consumar, todos os que promovem “escândalos e praticam a iniquidade” e serão extirpados dele, conforme se depreende das palavras de Jesus ao explicar a parábola do Joio e do trigo aos seus discípulos em particular. Vejamos:

“Então ele deixou a multidão e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e pediram: "Explica-nos a parábola do joio no campo".  Ele respondeu: "Aquele que semeou a boa semente é o Filho do homem.  O campo é o mundo, e a boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno, e o inimigo que o semeia é o Diabo. A colheita é o fim desta era, e os encarregados da colheita são anjos. "Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim também acontecerá no fim desta era. O Filho do homem enviará os seus anjos, e eles tirarão do seu Reino tudo o que faz cair no pecado e todos os que praticam o mal.  Eles os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, ouça. (Mateus 13.35—43). 

As palavras contundentes de Cristo ao fazer a exposição explicativa da parábola revelam que o Senhor dará fim ao problema do mal no mundo e fará com que o seu projeto original, interrompido pela queda, tenha andamento. Deste reino ficarão de fora todos os que praticam a iniquidade que no grego é “anomos”, raiz etimológica de onde deriva o termo “anomia” que quer dizer sem lei, sem normas, sem regras.    
  


      

terça-feira, 9 de agosto de 2016

O MUNDO DE SOFRIMENTOS E A ESPERANÇA FUTURA




Por Geovani F. dos Santos


O mundo é um lugar inóspito e estranho muitas vezes. Os seres humanos que vivem nele, dada a sua complexidade, ficam aturdidos com as circunstancias insólitas que em dados momentos, vez ou outra, apresentam-se sem aviso e pegam desprevenidos incautos e distraídos, vítimas fáceis dos fortuitos eventos da existência. Por mais que tentemos nos preparar, ou mesmo tentar antever o improvável, o certo é que sempre seremos vencidos pela improbabilidade ou ainda pela falsa certeza de que somos intocáveis aos infensos traiçoeiros. Todavia, o fato é que nossas deduções são incipientes para prever o possível e, ainda que tentemos ignorar, somos vítimas inconscientes de nossas próprias ilações particulares e destituídas de sobriedade. 

A Bíblia diz que o que acontece ao tolo, se dá também com sábio. Perceba que a condição de aparente vantagem ou desvantagem de um em relação ao outro, não é, por si só, consequentemente, condição para que escapem de flagelos e desgraças. Estão no orbe, e como seres existentes de carne e osso, são passíveis de sofrerem danos em todas as esferas e as consequências próprias inerentes à existência física.

Por exemplo, o sábio não pode prever o dia da sua morte, ainda que o quisesse isso não lhe é concedido. Do mesmo modo o tolo, também não poderá prever o dia em que será acometido por ela, porque isso lhe foi vedado. Talvez para lhes poupar de angústias maiores, Deus tenha ocultado dos homens a revelação do dia em que terão de deixar o mundo, seja da forma que for. Caso fosse o contrário, todos os indivíduos que vivem, viveriam premidos pelo peso de uma expectativa nauseante de que há qualquer momento poderiam receber o golpe fatal decisivo e do qual pavorosamente, estariam esperando como um laço. Alguns em razão da inevitabilidade e, por estarem cientes da data de seu passamento, acostumar-se-iam sem resistência como uma presa de gazela face ao predador voraz que a aprisionou em suas garras. Outros relutantes, não se dariam por resignados como é próprio da natureza obstinada do homem; todavia, longe se se satisfazerem com a ideia, buscariam meios para se abster de pensar no fato ou se lançariam a um completo absenteísmo em relação a vida, recolhendo-se a um melancólico estado de torpor ou ostracismo existencial.



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Na verdade, o homem deseja viver, pois, a vida lhe é algo inerente. A morte é apenas uma intrusa feia e soturna que é desprezada e odiada, ainda que alguns poetas a amassem. Se atentássemos verdadeiramente com entendimento para as coisas divinas, entenderíamos claramente que a morte, sim, é uma convidada não desejada por nenhum mortal, o qual se aferra a vida com todas as suas forças e insurge-se com a ideia de que um dia terá de atravessar o derradeiro vale em direção à eternidade. Podemos ver isso em muitos doentes terminais, que em muitos casos se digladiam com a doença que lhes consome a vitalidade e vigor da existência porque simplesmente não aceitam a cessação da vida terrena. O homem foi criado para a vida, mas o pecado roubou todo o seu encantamento transformando esse planeta num grande cemitério, e cada túmulo e lápide que se erige é um memorial bem grandiloquente desta verdade. A morte é um pregador contumaz que nos prega todos os dias e nos relembra sempre o mesmo epitáfio:


 “Tu és pó, e ao pó tornarás”.


Os efeitos destas palavras penetram no mais profundo das entranhas de nosso ser e nos fazem elucubrar sobre o efeito de um ato de desobediência que trouxe miséria e desespero a este mundo e que precipitou todos os filhos de Adão numa desgraça cujos efeitos atravessaram eras humanas e, se perpetua até o dia em que o Senhor der o basta a este sofrimento milenar por ocasião de sua vinda para pôr fim a este obnubilante cenário de pecaminosidade. Neste dia terra e céus voltarão a sorrir inebriados pela excelência da vida que será derramada sobre todos os habitantes remanescentes aos flagelos dos últimos dias. O rocio da saúde envolverá o planeta, que será sarado de sua maldade e restaurado a sua condição de paraíso para sempre. 

"E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. E eu, João, vi a santa Cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis” (Apocalipse 21:1-5).

Um dia todas as cousas serão restauradas e a vida voltará a ser uma vida de qualidade para todos os habitantes deste planeta combalido e contaminado pelo pecado de nossos primeiros pais no Éden. Isso se dará durante o reinado do Messias e todos os que nele creem serão bem-aventurados. Maranata!   

          

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

PASTORES TIRANOS OU LOBOS?

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Por Geovani F. dos Santos


É fato que muitos "pastores" têm extrapolado a órbita de suas atribuições à luz das Santas Escrituras e também o espectro de sua atuação como dispenseiros de Cristo, a qual deve ser sempre embasada em muito equilíbrio e direção do Espírito Santo. Quando o pastor, equivocadamente, desvia-se da verdadeira proposição de seu cargo e função dentro do contexto da igreja e, com efeito, passar a agir como se a mesma fosse sua propriedade particular ou, em outras palavras –  como o seu feudo – este pastor está demonstrando um completo descompasso com o que a própria Bíblia preconiza e exorta aos que exercem funções de autoridade. O apóstolo Pedro deixa bem claro: “Rogo, pois, aos presbíteros que há entre vós, eu, presbítero como eles, e testemunha dos sofrimentos de Cristo, e ainda coparticipante da glória que há de ser revelada:  pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós não por constrangimento, mas espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa vontade; nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do rebanho. Ora, logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da glória” (1 Pedro 5.1-4).

Este versículo petrino, enfoca, sobretudo, que os pastores devem tomar muito cuidado com os seus comportamentos e atitudes em relação ao seu rebanho. O verdadeiro pastor, chamado e vocacionado por Deus, compreende ser o servo-dos-servos e não um déspota arrogante e obstinado que faz o que bem quer sem o mínimo reconhecimento de que todas as suas atitudes imponderadas e incontinentes serão julgadas pelo Senhor da Igreja, ou seja, aquele a quem de fato pertencem as ovelhas do rebanho.

Na Bíblia encontramos inúmeros pesos e sentenças dirigidos a pastores, por exemplo: Deus condenou os pastores gananciosos que não compreenderam a vontade dele e conduziram o povo ao pecado (Isaías 56:9-12). Jeremias transmitiu as palavras do Senhor sobre pastores maus: "Porque os pastores se tornaram estúpidos e não buscaram ao Senhor; por isso, não prosperaram, e todos os seus rebanhos se acham dispersos" (Jeremias 10:21). "Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! — diz o Senhor. Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e delas não cuidastes; mas eu cuidarei em vos castigar a maldade das vossas ações, diz o Senhor" (Jeremias 23:1-2).


As palavras judiciosas dos santos profetas do Altíssimo, dirigidas aos líderes de Israel, são avisos solenes e altissonantes de que o Senhor não dormita em ouvir o clamor do seu rebanho e dá aos que permanecem em sua intransigente caminhada de orgulho e insensatez, o pago por suas imposturas. 

VIVENDO NO PRESENTE COM ALENTO E ESPERANÇA EM CRISTO JESUS

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Geovani F. dos Santos


“Por isso não temas, porque estou contigo; não te assustes, porque sou o teu Deus; Eu te fortaleço, ajudo e sustento com a mão direita da minha justiça. ” (Isaías 41.10).

Estas palavras alentadoras do Senhor através do profeta Isaías nos servem como lenitivo e nos permitem ter alento face aos tempos difíceis pelos quais passamos na atualidade. Embora o mundo esteja em desespero e as pessoas, em transe, devido ao mal que se desenvolve vertiginosamente, devemos ter a certeza de que o Senhor jamais deixará os seus desamparados ou sozinhos diante das dificuldades ou mesmo ante à malignidade da existência que se mostra cada dia mais recrudescida. O Senhor Jesus disse: “Eu vos preveni sobre esses acontecimentos para que em mim tenhais paz. Neste mundo sofrereis tribulações; mas tende fé e coragem! Eu venci o mundo. ” (João 16.33). O Senhor também nos disse: “...e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mateus 28.20).

O cristão que lê as Escrituras sabe que este mundo está caminhando para o fim e que todos os sinais que se apresentam em nosso cotidiano são parte do pleno cumprimento da Palavra de Deus. O apóstolo Paulo deixa bem evidente que os últimos dias seriam “dias trabalhosos” Vejamos: “Sabe, entretanto, disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens amarão a si mesmos, serão ainda mais gananciosos, arrogantes, presunçosos, blasfemos, desrespeitosos aos pais, ingratos, ímpios, sem amor, incapazes de perdoar, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, inconsequentes, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus, com aparência de piedade, todavia negando o seu real poder. Afasta-te, portanto, desses também” (2Timóteo 3.1-5).

Quando olhamos para o quadro desenhado pelo apóstolo no texto acima, ficamos admirados com a precisão da palavra profética e o seu pleno cumprimento em nossos dias. É cada vez mais evidentemente que as características citadas acima são visíveis nas pessoas em nossa sociedade. Comportamentos odiosos, impiedade, imoralidade e violência são assuntos que infestam as manchetes televisivas e as páginas dos jornais com tanta frequência, que os indivíduos não mais se chocam com a crueza em que se apresentam. O pecado é praticado com tanta normalidade que os corações de muitos se tornaram insensíveis ao seu poder malévolo. No entanto, não podemos nos amoldar a este tempo e, tampouco, assumirmos uma postura transigente com o atual cenário disforme pintado em nosso cotidiano. Somos filhos da luz e, como tais, precisamos agir. Pregando o Evangelho aos perdidos e demonstrando o amor de Deus aos mesmos, afim de que, pela sua Graça, mediante a ação do Espirito Santo, muitos se apercebam de seu caminho de perdição e se arrependam, voltando os olhos e os corações para Jesus.


A nossa tarefa neste tempo conturbado é mantermos redobrada vigilância, vivermos em oração e advertirmos os incautos, tendo em vista que o nosso Salvador em breve virá para buscar a sua Igreja e livrar-nos, por ocasião de sua vinda, deste mundo de horror! Maranata!      

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

VITÓRIA SOBRE O PECADO E VIDA ABUNDANTE

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Por Geovani F. dos Santos


Cristo, o Senhor da Igreja, triunfou na cruz de Gólgota para que pudéssemos obter a redenção e o perdão de nossos pecados. O seu sacrifício inaudito foi decisivo para que todos os homens que creem em seu precioso nome possam ter esperança e viver uma vida de bençãos incomensuráveis. Jesus disse: 

“O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância” (João 10.10). 

A vida prometida por Jesus aos seus discípulos e a todos os que cressem nele ao longo dos séculos é algo que está na casa do extraordinário. A frase empregada pelo escritor neotestamentário é uma expressão grega que tem o significado de excedente, superabundante. Quem serve a Jesus recebe uma superabundante oferta de vida que transcende a comezinha e fútil vida dos homens neste mundo, porque ela não é somente uma oferta de vida, mas uma oferta da própria fonte da vida habitando no interior do crente através do Espírito Santo.  Jesus asseverou:

Aquele que crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. ” (João 7.38).  

Em seu Comentário Bíblico do Novo Testamento, Willian Barclay, conta-nos a história de um soldado romano que foi até a presença de Júlio César pedir permissão para que se suicidasse. O soldado é descrito como uma criatura “desgraçada”, “triste”, “desanimada” e sem o “menor vigor”.  César olhando para homem perguntou: “Alguma vez esteve vivo? ”

Esta história serve-nos de ilustração acerca de nossas próprias vidas antes de conhecermos ao Senhor da vida, completamente sem sentido e significados autênticos. Muitos de nós éramos vazios e sem quaisquer perspectivas no tocante ao futuro, até o momento em que levantamos as nossas mãos cansadas e recebemos a Graça Redentora de Cristo em nossos corações. A partir deste momento, passamos a emitir o fulgor dos céus. Se dantes vivíamos sem paz e sem Deus no mundo, agora somos concidadãos dos santos e membros da família de Deus. Vejamos o que Paulo declara em Efésios:

 “Portanto, lembrai-vos de que, anteriormente, éreis gentios por natureza, chamados incircuncisão pelos que se chamam Circuncisão, feita no corpo por mãos humanas; estáveis naquela época sem Cristo, separados da comunidade de Israel, estranhos às alianças da Promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Todavia, agora, em Cristo Jesus, vós que antes estáveis distantes, fostes aproximados mediante o sangue de Cristo” (Efésios 2.11-13). 

Paulo mais à frente acrescenta: 

Portanto, não sois mais estrangeiros, nem imigrantes; pelo contrário, sois concidadãos dos santos e membros da família de Deus” (Efésios 2.19).


A vida em Cristo é o divisor de águas em nossas vidas pois nos permitir experimentar uma liberdade total da culpa e do peso de nossos fardos pecaminosos os quais afligiam as nossas almas. Uma vez lançando-os sobre cruz, obtivemos justificação pelos méritos de Cristo, alcançando redenção e uma paz que excede a todo o entendimento (Filipenses 4.7). 

Por este motivo, a obscuridade que dantes pairava sobre nós é expulsa pela radiante luz de Deus que passa a irradiar vida para nós e por nós a outras pessoas. O que eram trevas transmudou-se numa nova realidade iluminada de bençãos indizíveis.  Barclay complementa: “Quando tratamos de viver nossa própria vida, é-nos um pouco aborrecida, escura. Quando caminhamos junto a Jesus, quando reconhecemos sua presença em nossas vidas, estas se enchem de uma nova vitalidade, de uma superabundância de vida. Só quando vivemos com Cristo, a vida se converte em algo que vale a pena viver e começar a vivê-la em todo o sentido do termo”.

quinta-feira, 14 de julho de 2016

IMAGENS BRUXULEANTES

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Por Geovani F. dos Santos



O mundo tornou-se um lugar perigoso demais para se viver é a constatação. Em toda a parte, o que se percebe é uma névoa espessa de terror que se intensifica e gera ainda mais insegurança à medida que o tempo passa. O que esperar do futuro diante de tantas expectativas soturnas? O que dizer as nossas crianças sobre o atual cenário que se desenha e cuja dinâmica parece longe de parar seu desenvolvimento funesto?

Esta e outras perguntas me assaltam a mente à medida que constato que vivemos numa espiral crescente de acontecimentos terrificantes que deixam os homens atônitos e roubam das pessoas a tranquilidade existencial e toda a perspectiva otimista de melhorias da realidade presente.

Em todas as direções o que se vê são as imagens coletivas de indivíduos atordoados que não mais conseguem dissociar de suas vidas as projeções do mal que assume inúmeras facetas numa sociedade eivada de malignidade e cujas mentalidades, entorpecidas pela normose do cotidiano, banalizam o ilícito e não mais se melindram  com a rudeza dos acontecimentos, haja vista estarem completamente anestesiados pela recorrente repetição das cenas, que, exatamente por serem repetidas reiteradas vezes, normatizaram-se em corações e mentes endurecidos.

O corpo de um homem caído ao chão crivado de balas não choca mais do que a imagem de um cachorro abatido na beira de um asfalto depois de um atropelamento. Na verdade, é como se houvesse um deleite sinistro em olhar essa cena. O senso ou sentido de humanidade se esmaece ou se embrutece na mesma medida em que o amor se esfria nos corações. A vida humana se tornou tão insignificante que a dignidade da mesma é violada em nome das mais perniciosas atitudes de sadismo. O homem transformou-se no lobo de si próprio e a consequência dessa metamorfose é o surgimento de uma geração psicopatizada, refém de toda a escravidão e submissa à mentoração de Satanás e suas sugestões macabras. 

A humanidade no mesmo compasso que rejeita ao Evangelho da Graça e chafurda na lama do pecado como uma porca no espojadouro de sua imundícia, traz sobre si as consequências de uma vida divorciada dos parâmetros da Palavra de Deus. O resultado deste comportamento se revela no quadro de decadência de nossa juventude, seguindo sem destino, desnorteados e entregues à toda sorte de desvios e ilicitudes, os quais como um feitor perverso, laçam-nos numa masmorra de torturas, que suga toda a sua vitalidade, conduzindo-os por fim às escuras recamaras da morte eterna. 

Por mais bruxuleantes que possam parecer estas imagens, são a mais pura verdade. Verdade que não pode ser ignorada por esta geração e, tampouco, pela futura. Se é que teremos uma futura geração. Os homens estão tombando como vultos desvalidos e sem Deus não conseguirão chegar à próxima curva da estrada. Rejeitam todos os apelos apresentados e desdenham daqueles que lhes tentam alertar. O resultado de tal contumácia e obstinação será um fim inglório em uma realidade inglória longe para sempre dos propósitos de Deus.              

quinta-feira, 29 de outubro de 2015

CONHECIDOS PELO AMOR

Por Geovani Figueiredo dos Santos

 

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Se usarmos o comportamento odioso de Caim e a sua conduta abominável para com o seu irmão Abel como uma analogia metafórica da atitude de certos cristãos hodiernos no que diz respeito ao seu próximo, chegaremos a inconteste constatação de que a natureza humana continua tão imoral e pervertida, como sempre foi. Se o homem não estiver sob a Graça e, por conseguinte, completamente rendido ao senhorio de Cristo e ao seu Santo Espírito, pode ser capaz de práticas semelhantes ou, quiçá, piores do que as obras de Caim, cujo coração era mau. Westcott deixa bem claro que “a vida permite que se conheça os filhos de Deus ”, e, portanto, não se pode de modo algum ignorar que os servos de Cristo são conhecidos pelas obras que praticam e pelos frutos que produzem.

Um homem é conhecido pelo seu testemunho e, também, por uma outra característica fundamental que é o amor. O próprio apóstolo em questão declarou que ser justo é amar aos irmãos. William Barclay assevera em seu Comentario do Novo Testamento que amar “trata-se de um dever e um mandamento que jamais deveríamos pôr em dúvida. João aduzira diversas formas e razões pelas quais esse mandamento precípuo e um ponto capital no caráter cristão que não deve ser tratado com displicência por quem quer que deseje professar o nome de Cristo ou seguir as suas pisadas.  Barclay pontua estas questões, vejamos:  

(1)   É um dever que foi inculcado aos cristãos desde o momento em que ingressaram na Igreja. A ética cristã pode resumir-se com uma só palavra: amor. Desde o momento que um homem se entrega a Cristo, e formaliza sua incorporação à Igreja, empenha sua palavra de fazer do amor o móvel principal de sua vida. 

(2)   Precisamente por isso mesmo, o fato de que a pessoa ame o seu próximo constitui a evidência definitiva de que passou da morte para a vida. 

(3)   Amar significa transformar-se em homicida. Não há dúvida de que João aqui está pensando nas palavras de Jesus no Sermão da Montanha (Mateus 5:21-22). Jesus diz que a lei antiga proíbe o homicídio, mas a nova lei estabelece que a ira, o rancor e o desprezo são pecados igualmente graves. O ódio no coração deve preceder o ato externo do homicídio. Um homem que odeia é sempre um assassino em potencial. Consentir que o ódio se assente no coração implica quebrantar um claro e positivo mandamento do próprio Jesus. Portanto, o homem que ama é seguidor de Cristo, e aquele que odeia se aparta dEle. 

(4)   Mas há ainda algo mais que devemos assinalar. Qualquer pessoa pode dizer: "Admito esta obrigação de amar, e procurarei cumpri-la; mas não sei o que implica. Qual é o amor que devo mostrar e em que devo viver?" A resposta de João (1 João 3:16) é a seguinte: "Se quer saber o que é o amor, olhe a Jesus Cristo. Em sua morte na cruz por todos os homens se manifestou tudo seu amor". João quer nos dizer que uma vez que a gente viu a Cristo, sabe o que é o amor. ou em outras palavras, a vida do cristão é a imitação de Cristo. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Filip. 2:5). Ele nos deixou um exemplo, “para seguirdes os seus passos” (1 Pedro 2:21). Nenhum homem pode ver Cristo e depois dizer que não sabe o que é a vida cristã. 

O amor segundo é apresentado nas Escrituras explicita uma vida de virtudes e transparência para com o nosso semelhante. Na igreja somos chamados a dar a vida pelos nossos irmãos, o contrário, é a mais terrível contrafação da caridade divina e do ideal castiço de Cristo aos seus seguidores.

domingo, 25 de outubro de 2015

ADVERTÊNCIA SOBRE COBIÇA E AVAREZA

Por Geovani F. dos Santos



O apóstolo Paulo em sua primeira Epístola a Timóteo assevera que: “O amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Tm 6.10).  A questão da cobiça e do desejo de lucro mundano está muito presente neste fragmento de texto. Observe que o apóstolo descreve o amor ao dinheiro e, não o dinheiro propriamente dito, como a raiz de todos os males. O dinheiro em si é inofensivo. O que agrava o problema é o que se faz com ele, ou o que se coloca sobre ele. Jesus deixa isso claro quando diz: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração (Mt 6.19-21). Lucas, fazendo menção de uns dos discursos de Jesus ao povo, narra o episódio em que um homem pede ao Mestre que convença o seu irmão a repartir com ele uma herança e recebe estas incisivas e penetrantes palavras: “Homem, quem me pôs a mim como juiz ou repartidor entre vós? E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lc 12. 14,15).  
 
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Pode-se perceber na exortação do Senhor uma importante advertência a todos aqueles que possuem riquezas ou se fiam nas mesmas como sua fonte de segurança neste mundo. A vida em si é o maior tesouro que alguém pode ter e o fato de se estar vivo é uma dádiva, um bem mais precioso do que qualquer conta bancária ou quantia que possa ser amealhada nesta existência temporal.  Acima, no texto de Mateus, é feita a menção sobre onde o coração está colocado e, isso, pode fazer toda a diferença na vida de alguém.  Eis aí a grande lição que o texto encerra, ou seja, o direcionamento que se faz tendo em vista o bem maior ou a maior riqueza, que não é material, e, sim, espiritual, é que determinarão o êxito ou fracasso espiritual.  Atentar para tais detalhes é imprescindível para se manter o equilíbrio no uso das finanças, mantendo-as sempre em seu devido lugar e, não dando à mesma, uma posição que só pertence à Divindade.  A tônica do ensino de Cristo revoluteia em torno de questões capitais que dizem respeito ao modo como os homens deste mundo agem, exemplo que não deve ser seguido pelos que desejam obedecer aos seus ensinos. Jesus não está afirmando que ter posses é errado; está apenas ensinando que não se pôde fazer delas uma espécie de deus, sendo subserviente ao seu poder e magnetismo material intrínseco.  Arrington (2004, p 403), Declara:
 

As palavras de Jesus nos proíbem que entendamos que as bênçãos do Reino sejam um armazenamento de coisas materiais, pois a sua declaração é esta: “ Vendei o que tendes e dai esmolas”. O foco aqui não é abandonar posses, mas como as usamos. Jesus não nos ordena literalmente que vendamos todas as nossas posses terrenas. Isso nos reduziria a pobreza e nos tornaria dependentes dos outros. Mas o seu interesse é que não nos tornemos escravos de nossas posses e que as usemos para ajudar os outros. Confiantes no cuidado de Deus, podemos ser generosos com que Ele nos dá. Se não estamos presos ao mundo, é fácil nos tornarmos servos do Reino e considerar as necessidades dos outros.

 
Como já dissemos é o fascínio das riquezas e a busca desenfreada pelas mesmas que é condenável pelas Escrituras. Quando Paulo fala que “o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males” (1Tm 6.10), ele usa  um provérbio grego para dar ênfase ao caráter nocivo da cobiça e da avareza na vida dos indivíduos, um fato que se torna ainda mais terrível quando é encontrado nos cristãos. Segundo Guthrie apud Arrington e Stronstad 2004, p.1481):  “A linguagem vívida usada por ele no original é de um monstro que arrasta as suas vítimas até o fundo, submergindo-as e afogando-as. As palavras “ruina” e “destruição” sugerem uma perda irreparável”.  

William Barclay, em seu Comentário do Novo Testamento, também é categórico no uso que se faz do dinheiro e mostra o mesmo como um caminho de duas vias. Vejamos:     
 

             O dinheiro em si mesmo não é nem bom nem mau; simplesmente é perigoso porque o amor ao mesmo pode ser mau. Com o dinheiro pode-se fazer muito bem; com ele também pode-se fazer muito mal. Com dinheiro podem-se satisfazer egoisticamente os próprios desejos; e com ele pode-se responder generosamente ao clamor do próximo necessitado. Com dinheiro pode-se comprar o caminho para as coisas proibidas e facilitar o atalho ao mal; com ele pode ser mais fácil para alguém viver como Deus quer que se viva. O dinheiro não é mau, mas é uma grande responsabilidade. O dinheiro outorga poder, e o poder tem um duplo sentido, porque se pode ser poderoso para bem e para mal.  
 

O uso do dinheiro envolve um comportamento ético que se não for seguido descamba para a corrupção e por sua vez à degeneração do caráter do indivíduo. Quando Paulo usa no seu texto a metáfora de um mostro que arrasta as suas vítimas ao fundo, para destruí-las, está demonstrando o poder maligno que o dinheiro tem de destroçar a vida dos homens se não for usado com temperança. Os filósofos gregos tinham conhecimento destes fatos e em seus escritos não faltaram advertências neste sentido. Vejamos:
 

  • Demócrito: "O amor ao dinheiro é a metrópole de todos os males".
  • Sêneca: "O desejo daquilo que não nos pertence, do qual surge todo o mal da mente".
  • Focilides: “O amor ao dinheiro é a mãe de todos os males".
  • Filo: O amor ao dinheiro que é o ponto de partida da maior transgressão da lei".
  • Ateneu: “O prazer do ventre é o começo e a raiz de todo o mal”.

  

Resultado de imagem para cobiça e gananciaEm uma época em que o “ amor ao dinheiro” é decantado pelas sociedades e até mesmo a Teologia se curvou ao mesmo, precisamos voltar nossos olhos aos ensinamentos de Cristo e dos seus apóstolos para que não venhamos a ser destruídos pelo “ monstro” da cobiça e da avareza, os quais já fizeram muitas baixas nos arraiais cristãos. As palavras de Cristo “acautelai-vos” e “guardai-vos” devem ter um peso judicioso em nossas mentes e precisam ser tratados com santo temor e tremor, haja vista que emitem a preocupação divina que tem como principal escopo a preservação de nossas almas. Que a admoestação do apóstolo Pedro em sua primeira carta esteja sempre presente em nossos corações. Leiamo-la: “Amados, peço-vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscências carnais, que combatem contra a alma ” (1 Pe 2.11).

 

 

REFERÊNCIAS

 

ARRINGTON, French L; STRONSTAD, Roger. Comentário Bíblico Pentecostal. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.
BARCLAY, William. Comentário do Novo Testamento