Nas trevas deste tempo final a escolha certa é fundamental
para definir nossa trajetória cristã, bem como o nosso êxito ou fracasso por
toda a eternidade. Se escolhermos bem, seremos bem-aventurados. Se escolhermos
mal, estaremos fadados às eternas desventuras de nossa escolha precipitada. Portanto,
escolher bem é imprescindível para se galgar vitórias na fé e um dia entrar nos
céus. A Bíblia nos mostra que algumas pessoas fizeram escolhas certas ao passo
que outras fizeram escolhas erradas pagando um alto preço por tais escolhas. Vejamos algumas boas escolhas:
“E Abel também trouxe dos primogênitos das
suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta.” ( Gn 4.4).
Nesta passagem percebemos que a disposição
do coração de Abel era benigna. Ele queria em tudo agradar ao Senhor e lhe dar
melhor que possuía. Tal escolha lhe rendeu a aceitação divina ao passo que
suscitou o ciúme diabólico de seu irmão Caim. Deus está sempre atento para nossas ofertas existenciais,
para as nossas aspirações em servi-lo, para os nossos comprometimentos com a
sua obra; e sempre recompensará sobremaneira os que com denodo se entregarem de
corpo e alma em cumpri-la sem reservas. Não importa o quanto isso nos custará, desde
que nós mesmos entendamos que o melhor é estarmos no centro da vontade divina, e
nada mais.
Pelo seu gesto e por sua postura ilibada
para com Deus, o nome de Abel permanece com a designação “justo” no panteão dos heróis
da fé. A sua memória é relembrada nas páginas das Sagradas Escrituras como
exemplo de fé a ser imitado:
“Pela
fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do
que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho
dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala” (Hb 11.4).
Numa época de abandono dos valores sagrados
e profunda descrença, os que adotam o estilo de vida de Abel não medirão esforços para fazer a diferença em um
mundo de trevas e engano. Como luzeiros
sempre brilhantes, espargirão a luz bendita de seu testemunho altissonante a
tantos quantos estiverem ao seu redor. Porque na verdade isso é o seu quinhão,
a sua herança no mundo: ser transmissor da luz da justiça divina através da
própria vida e testemunho. Que nos inspiremos no modelo Abel e tenhamos o
testemunho dos céus ao nosso favor buscando sempre o reino de Deus e a sua
Justiça ( Mt 6.33).
A escolha de Abraão em deixar sua terra
natal e palmilhar em terra estranha sob o comando de Deus foi sem dúvida extraordinária.
Leiamos Gênesis:
“ORA, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da
tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e
engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E
abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti
serão benditas todas as famílias da terra. Assim
partiu Abrão como o Senhor lhe tinha dito” (Gn 12.1-4).
Abraão representa os crentes que andam por
fé. Esta é uma característica notável do patriarca. Em primeiro lugar ele ouve
a voz de Deus lhe fazendo promessas de uma terra que ele não conhecia e de um
povo que descenderia de sua semente. Tão numeroso como as estrelas do céu e tão
incontável como as areias da praia do mar. Tal prerrogativa poderia parecer
inverossímil para qualquer um de nós, mas não para Abraão. Ele creu
incondicionalmente no Senhor e isso lhe imputado por justiça. Sua escolha teve
repercussões que transcenderam os séculos e própria história dos homens sobre a
terra. A Bíblia diz:
“Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça” ( Rm 4.3).
“Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça” (
Gl 3.6).
“E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus” (Tg
2.23).
Que as nossas escolhas sejam tão sábias
como as escolhas feitas pelo pai da fé. Que atenhamo-nos incondicionalmente a
todas as promessas Deus em sua Palavra. Desenvolvamos a capacidade espiritual
de ouvir em silêncio a voz do Eterno e,
ouvindo-a, possamos colocá-la por obra em nossa vida. Assim como Deus tratou com
Abraão em todos os detalhes, não duvides que ele possa também fazer contigo.
Deus é fiel e a sua benignidade dura para sempre! ( Sl 118.29).
Um outro exemplo de escolha notável é a de
Moisés. Mesmo podendo optar em permanecer como um príncipe egípcio adotivo
cheio de regalias e faustos mundanos, optou por um caminho completamente
oposto. Vejamos o que a Bíblia diz:
“Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado
filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o
povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado” (Hb 11.24,25).
O que isso demonstra para mim e para todo o
crente? Que as alegrias e as vantagens deste mundo, conquanto prazerosas em sua
aparência e usufruto são transitórias e fugazes em sua essência. De que
adiantaria ter toda glória e pompas egípcias e viver afastado de Deus e de sua
herança para sempre. Aparentemente o mundo nos propõe vantagens semelhantes. Por
esta razão, precisamos de discernimento e bom siso para rejeitarmos aquilo que
não agrada a Deus, sendo coerentes com o nosso chamado e vocação. Satanás
pode usar o mundo como um chamariz para a ruína de um crente. As suas ofertas mirabolantes à semelhança das feitas a Jesus no deserto da Judéia continuam bem tentadoras. Não
poucos tem sucumbido a tais apelos sedutores. O “tudo isso te darei” (Mt 4.9) do
Diabo, pode até soar como música em muitos ouvidos, mas é tão letal para a alma
do que o veneno de uma víbora áspide é para o corpo. Sejamos precavidos, nunca
ignorando os ardis do inimigo (2Co 2.11).
Moisés venceu a tentação sendo obediente ao
seu chamado e fiel ao desígnio para o qual foi escolhido, o qual estava
arraigado em seu coração desde criança por influência de seus pais hebreus. O
desabrochar da vontade de servir ao chamado divino foi apenas uma questão de
tempo. A escolha já estava talhada em seu espírito. Será que está escolha já foi talhada em nosso íntimo ou
ainda coxeamos em dois pensamentos? Decidamos-nos o quanto antes, eis que o
machado está à raiz das árvores! (Mt 3.10).
Soli Deo Gloria!
Esse é um blog abençoado!
ResponderExcluirNilson Magalhães
http://dcnilson.blogspot.com/