sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

ESCOLHAS PERFEITAS




Nas trevas deste tempo final a escolha certa é fundamental para definir nossa trajetória cristã, bem como o nosso êxito ou fracasso por toda a eternidade. Se escolhermos bem, seremos bem-aventurados. Se escolhermos mal, estaremos fadados às eternas desventuras de nossa escolha precipitada. Portanto, escolher bem é imprescindível para se galgar vitórias na fé e um dia entrar nos céus. A Bíblia nos mostra que algumas pessoas fizeram escolhas certas ao passo que outras fizeram escolhas erradas pagando um alto preço por tais escolhas.  Vejamos algumas boas escolhas:


“E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta.” ( Gn 4.4).


Nesta passagem percebemos que a disposição do coração de Abel era benigna. Ele queria em tudo agradar ao Senhor e lhe dar melhor que possuía. Tal escolha lhe rendeu a aceitação divina ao passo que suscitou o ciúme diabólico de seu irmão Caim.  Deus está sempre atento para nossas ofertas existenciais, para as nossas aspirações em servi-lo, para os nossos comprometimentos com a sua obra; e sempre recompensará sobremaneira os que com denodo se entregarem de corpo e alma em cumpri-la sem reservas.  Não importa o quanto isso nos custará, desde que nós mesmos entendamos que o melhor é estarmos no centro da vontade divina, e nada mais.


Pelo seu gesto e por sua postura ilibada para com Deus, o nome de Abel permanece  com a designação “justo” no panteão dos heróis da fé. A sua memória é relembrada nas páginas das Sagradas Escrituras como exemplo de fé a ser imitado:  


“Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda fala” (Hb 11.4).


Numa época de abandono dos valores sagrados e profunda descrença, os que adotam o estilo de vida de Abel não  medirão esforços para fazer a diferença em um mundo de trevas e engano.  Como luzeiros sempre brilhantes, espargirão a luz bendita de seu testemunho altissonante   a tantos quantos estiverem ao seu redor. Porque na verdade isso é o seu quinhão, a sua herança no mundo: ser transmissor da luz da justiça divina através da própria vida e testemunho. Que nos inspiremos no modelo Abel e tenhamos o testemunho dos céus ao nosso favor buscando sempre o reino de Deus e a sua Justiça ( Mt 6.33).



A escolha de Abraão em deixar sua terra natal e palmilhar em terra estranha sob o comando de Deus foi sem dúvida extraordinária. Leiamos Gênesis:


“ORA, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. Assim partiu Abrão como o Senhor lhe tinha dito”  (Gn 12.1-4).

Abraão representa os crentes que andam por fé. Esta é uma característica notável do patriarca. Em primeiro lugar ele ouve a voz de Deus lhe fazendo promessas de uma terra que ele não conhecia e de um povo que descenderia de sua semente. Tão numeroso como as estrelas do céu e tão incontável como as areias da praia do mar. Tal prerrogativa poderia parecer inverossímil para qualquer um de nós, mas não para Abraão. Ele creu incondicionalmente no Senhor e isso lhe imputado por justiça. Sua escolha teve repercussões que transcenderam os séculos e própria história dos homens sobre a terra.  A Bíblia diz:


“Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça” ( Rm 4.3).

“Assim como Abraão creu em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça” ( Gl 3.6).

“E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus” (Tg 2.23).


Que as nossas escolhas sejam tão sábias como as escolhas feitas pelo pai da fé. Que atenhamo-nos incondicionalmente a todas as promessas Deus em sua Palavra. Desenvolvamos a capacidade espiritual de ouvir em silêncio a voz do Eterno  e, ouvindo-a, possamos colocá-la por obra em nossa vida. Assim como Deus tratou com Abraão em todos os detalhes, não duvides que ele possa também fazer contigo. Deus é fiel e a sua benignidade dura para sempre! ( Sl 118.29).


Um outro exemplo de escolha notável é a de Moisés. Mesmo podendo optar em permanecer como um príncipe egípcio adotivo cheio de regalias e faustos mundanos, optou por um caminho completamente oposto. Vejamos o que a Bíblia diz:


“Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado” (Hb 11.24,25).


O que isso demonstra para mim e para todo o crente? Que as alegrias e as vantagens deste mundo, conquanto prazerosas em sua aparência e usufruto são transitórias e fugazes em sua essência. De que adiantaria ter toda glória e pompas egípcias e viver afastado de Deus e de sua herança para sempre. Aparentemente o mundo nos propõe vantagens semelhantes. Por esta razão, precisamos de discernimento e bom siso para rejeitarmos aquilo que não agrada a Deus, sendo coerentes com o nosso chamado e vocação. Satanás pode usar o mundo como um chamariz para a ruína  de um crente. As suas ofertas mirabolantes à semelhança das feitas a Jesus no deserto da Judéia continuam bem tentadoras. Não poucos tem sucumbido a tais apelos sedutores. O “tudo isso te darei” (Mt 4.9) do Diabo, pode até soar como música em muitos ouvidos, mas é tão letal para a alma do que o veneno de uma víbora áspide é para o corpo. Sejamos precavidos, nunca ignorando os ardis do inimigo (2Co 2.11).

Moisés venceu a tentação sendo obediente ao seu chamado e fiel ao desígnio para o qual foi escolhido, o qual estava arraigado em seu coração desde criança por influência de seus pais hebreus. O desabrochar da vontade de servir ao chamado divino foi apenas uma questão de tempo. A escolha já estava talhada em seu espírito. Será que está  escolha já foi talhada em nosso íntimo ou ainda coxeamos em dois pensamentos?  Decidamos-nos o quanto antes, eis que o machado está à raiz das árvores! (Mt 3.10).  

Soli Deo Gloria!

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