segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

GRATIDÃO E ALTERIDADE - DUAS VIRTUDES IMPRESCINDÍVEIS

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Por Geovani F. dos Santos


“Lança o teu pão sobre as águas, porque, depois de muitos dias, o acharás. Reparte com sete e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra.” (Eclesiastes 11.1-5).
  

Todo o cristão deve ter a perspectiva que a fé lhe apresenta durante toda a sua existência neste mundo. Se de fato, ele crê que o Senhor lhe dirige os passos e lhe concede reais diretrizes para a jornada, não se preocupará com as circunstâncias ao seu redor ou mesmo diante de si, mas seguirá confiante de que Deus jamais o deixará frustrado nessa esperança. Ter fé e acreditar que a despeito das probabilidades apresentadas, sejam estas positivas ou negativas, é Deus que sempre tem a última palavra em nossas vidas. Partindo desta premissa, o cristão estará apto a prosseguir sua caminhada firme em seu propósito e descansado na providência do Altíssimo.

O servo de Deus olha para o futuro com um olhar de esperança. Sabe que tudo está nas mãos do Senhor e, que, segundo o seu santo beneplácito dará êxito a todas as empreitadas realizadas em fé. Quem confia no agir de Deus sabe que todas as ações têm consequências temporais e atemporais, e, que, estas consequências repercutirão tanto nesta vida quanto na eternidade, ou seja, nossas atitudes tem uma relação de causa e efeito que determinarão a perda ou o ganho da recompensa ao cabo de nossa carreira terreal.

Quando meditamos nesta passagem acima, somos levados a ponderar sobre a existência e também sobre a necessidade de sermos generosos e hospitaleiros para com todas as pessoas neste mundo. Mesmo que a nossa atitude não tenha uma aparente resposta no presente, o que vale é fazermos o bem sabendo que quem de fato recompensa é o Senhor, por isso, não esperemos a gratidão dos outros ou ainda que nos elogiem por nossas boas ações, porque isso pode não acontecer. As Escrituras dizem que Jesus curou dez leprosos, no entanto, somente um veio lhe agradecer (Lucas 17. 11-19).

Na Bíblia de Estudo Vida Nova encontramos o seguinte comentário: “ Não devemos esperar que, aquele que foi beneficiado pelo nosso amor, nos pague oportunamente. Deus, contudo, nos há de suscitar um benfeitor, quando o necessitarmos, e os que por nós foram contemplados, no dia do juízo darão testemunho em nosso favor” (Cf Atos 14.13; Mt 25.40).

A grande recompensa de servir ao próximo não está nas vantagens imediatas que esse gesto pode trazer, mas na certeza de que, mesmo que não sejamos tratados à altura pelo nosso altruísmo, o que importa mesmo é ver as pessoas felizes e satisfeitas em suas necessidades. Isso é verdadeira empatia e alteridade na maior acepção do termo. Os homens são falhos e podem esquecer muito rapidamente do que lhe fizemos. Certo escritor e poeta disse que “a virtude da gratidão é para poucos”. Mark Twain declarou: “Se recolhes um cachorro faminto e lhe deres conforto, ele não te morderá. Eis a diferença entre o cachorro e o homem. ” Todavia, Deus é o galardoador fiel que trata a cada um segundo a sua retidão. Quem faz o bem esperando em Deus, somente, será recompensado nesta vida e na eternidade com ricas dádivas de justiça e paz.

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