Por Geovani F. dos Santos
Nós sabemos que todas as coisas que Deus fez permanecerão, e a promessa
do Senhor aos seus filhos é de “um novo céu e de uma nova terra nos quais
habitam a justiça” (Isaías 65.17; 2 Pedro 3.13; Apocalipse 21.1).
No momento estamos no mundo, mas
estamos convictos desta promessa de Deus porque o próprio Jesus disse que
embora estejamos no mundo, não somos do mundo (João 15.19). Desde o momento em
que aceitamos o Senhor Jesus como nosso salvador pessoal e recebemo-lo em
nossos corações, passamos a ter uma nova cidadania, ou seja, uma cidadania
celeste – a verdadeira cidadania que todo indivíduo deveria desejar— ser
cidadão de um reino eterno que jamais passará (Filipenses 3.20; Daniel 2.34). Portanto,
a nossa certeza e fundamento é que o Senhor irá cumprir todos os seus designíos
para com a humanidade e acabar com este estado de coisas lamentáveis que, agora,
na atualidade, entristecem nossa alma.
No presente, nós vivemos em um
reino que ainda não foi consumado e, portanto, nele habitam tanto cristãos verdadeiros-
renascidos como também crentes nominais, representados pelas metáforas do “joio
e do trigo” (Mateus 13.24—30). Quando o
reino se consumar, todos os que promovem “escândalos e praticam a iniquidade” e
serão extirpados dele, conforme se depreende das palavras de Jesus ao explicar
a parábola do Joio e do trigo aos seus discípulos em particular. Vejamos:
“Então ele deixou a multidão e foi para casa. Seus discípulos aproximaram-se dele e pediram: "Explica-nos a parábola do joio no campo". Ele respondeu: "Aquele que semeou a boa semente é o Filho do homem. O campo é o mundo, e a boa semente são os filhos do Reino. O joio são os filhos do Maligno, e o inimigo que o semeia é o Diabo. A colheita é o fim desta era, e os encarregados da colheita são anjos. "Assim como o joio é colhido e queimado no fogo, assim também acontecerá no fim desta era. O Filho do homem enviará os seus anjos, e eles tirarão do seu Reino tudo o que faz cair no pecado e todos os que praticam o mal. Eles os lançarão na fornalha ardente, onde haverá choro e ranger de dentes. Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai. Aquele que tem ouvidos, ouça. (Mateus 13.35—43).
As palavras contundentes de Cristo ao fazer a exposição explicativa da parábola
revelam que o Senhor dará fim ao problema do mal no mundo e fará com que o seu
projeto original, interrompido pela queda, tenha andamento. Deste reino ficarão
de fora todos os que praticam a iniquidade que no grego é “anomos”, raiz
etimológica de onde deriva o termo “anomia” que quer dizer sem lei, sem normas,
sem regras.