sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

OS HOMENS E A ETERNIDADE



Por Geovani F. dos Santos


Resultado de imagem para o barqueiro de hades
Barqueiro que na Mitologia grega levava
os homens ao Hades (Inferno)
Estarei pronto quando ele voltar ou me chamar para a eternidade? Sem dúvida todos nós deveríamos estar preparados para responder a esta tão importante pergunta. Todavia, o que se percebe é que muitas pessoas, mesmo muitas delas que se dizem cristãs, não estão aptas para dar uma resposta razoável a esta indagação, porque simplesmente não estão se importando ou nunca pararam para ponderar sobre o porvir e a brevidade da vida. Não importa quem sejamos ou o que temos neste mundo, um dia haveremos de deixá-lo e é, portanto, neste momento, que se passa a enxergar a verdade nua e crua que a Bíblia apresenta como salvação ou perdição eternas.  Um certo hino intitulado “O Juízo Final” traz a seguinte e incisiva declaração:



“O homem pode ser famoso no mundo inteiro,
ter grandes amigos e muito dinheiro,
mas quando morrer nada pode levar.
A multidão o levará até o cemitério,
mas daí pra frente o caso é mais sério,
Não terá ninguém para o acompanhar”



Estas frases na estrofe da música revelam o óbvio da finitude da vida e o caminho que todos nós faremos a nossa eterna morada. Contudo, embora muitos pensem que esta jornada será apenas para uma tumba fria ou para uma gaveta esquecida de um cemitério qualquer após a cessação da vida física, a Bíblia nos mostra exatamente o contrário. Existirá vida após a morte e não um estado de inanimação ou um mergulhar no nada como o pretendem os ateus ou céticos de plantão para os quais somente existe o aqui e agora e nada mais. 

 Em Hebreus 9.27 está escrito: “E como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois o juízo. É importante atentar que o texto declara que depois da morte virá “juízo”, isto é, a sentença final. Se a pessoa em questão ao morrer não sofresse nenhuma sanção devido aos seus pecados cometidos no corpo ou mergulhasse num estado de completa inconsciência ou inexistência, então porque haveria a necessidade de julgamento ou punição, uma vez que a pessoa não saberia da razão de sua sentença. Obviamente, partindo da premissa bíblica, se haverá um juízo de obras como a Bíblia declara, certamente a pessoa deverá estar em sã consciência para receber o seu veredicto quando o sumo-juiz se pôr a julgar todos os vivos e mortos por ocasião de sua vinda.



Resultado de imagem para esperança da ressurreição
A Ressurreição corpórea de Cristo é a nossa
certeza de justificação e vitória sobre
a morte. 
O versículo acima de Hebreus, coloca em evidência a ideia do castigo; mas, por outro lado nos apresenta a clara realidade de existir vida após a morte e, sobretudo, a ressurreição. Portanto, a mensagem   aqui apresentada aponta para uma clara esperança que deve ser expectada por todo aquele que crê e que antagoniza com o discurso dos que não veem senão este mundo. De acordo com Barclay, o mundo grego, fonte de inspiração dos céticos, via a morte como o fim da existência terrena e, por conseguinte da extinção de todos os sentidos. Na literatura grega e nos seus grandes expoentes filosóficos se pode constatar esta alusão. “Uma vez que a terra bebe o sangue do homem, morre de uma vez para sempre e não há ressurreição."    Asseverou Esquilo. "Não pode ser que o morto vá à luz. Porque a única perda é esta: que nunca o mortal volta a provar de novo; jamais a vida do homem apesar da riqueza pode ser ganha de novo. Declarou Euripedes. Na Obra de Homero encontramos Aquiles dizer ao chegar ao mundo das sombras: "Prefiro viver sobre a Terra como um assalariado, como um homem sem terra, de escassos meios de vida, que tendo domínio sobre todos os mortos que não existem mais."


Todas essas frases encontradas na literatura grega apontam para uma realidade melancólica de cessação física quando se morre. Estes homens estavam mergulhados no pessimismo e na incredulidade, não conheciam a Jesus e tampouco a esperança cristã da vida eterna. Quanta melancolia! Como o próprio Barclay declara em seu Comentário do Novo Testamento, o que se depreende do discurso dos pagãos do mundo greco-romano é um dolorido e definitivo adeus!  O comentarista corrobora o seu argumento citando um epitáfio grego encontrado em uma tumba do passado que diz:


"Adeus, tumba de Melite! Aqui jaz a melhor das mulheres, que amou a seu amante marido Onésimo; você foi a mais excelente, por isso ele sente saudades depois de sua morte; porque foi a melhor das esposas. Adeus também a você, mui querido esposo, somente ama a meus filhos."

Nenhum comentário:

Postar um comentário