Manhã de cálidas lembranças no horizonte
Se esvai em sonho como em mil e uma canduras
Pelas portas do mar me lanço qual Ulisses em sua Odisséia
A perseguir passáros, lampejos e nebulosas
É manhã austral em minha primavera
Dos sonhos bebi em copos colossais
O néctar das auroras ainda imperceptíveis
Ao mar novamente me lanço
Qual cavaleiro andante pela vida...
Não, senhores, não temo os moinhos
Tampouco dos ventos os pendores
Gigantes se tornam anões
Quando se está nos ombros do Altissímo!
por Geovani F.dos Santos ( 10/02/2012)
Abençoamado
ResponderExcluirPaz
Agradecido por requisitar meus préstimos, ai está a nossa crítica literária sobre a sua CALIDA MANHÃ.
Pão, pão, queijo, queijo, como de mim.
Seu conservo em Cristo
ANÁLISE DO TEXTO
Por Alberto Couto Filho
Sorte minha!
Eu amo (em Cristo Jesus) o autor, circunstância em que, para Sartre Jean-Paul, a abstenção da severidade não tem aceitação na crítica literária de boa cepa. E dai? Se p’ro bem do poeta, obrigo-me, assentindo com Tiago, o “joelho de camelo” – por que pecar?
Quadras, tercetos, dístico, rima branca; Nas estrofes versos livres/brancos, heterométricos, em linhas opositoras naturais à prosa, essa escrita contínua, não pausada. Em função, em essência e sentimentos transmitidos, leio a pura poesia; a bela arte; a arte imitativa, diria Aristóteles; ignoraria Platão.
Ela, a manhã, cálida como a lembrança, enquanto quente a produzir calor; Ele, intenso, expressivo, apaixonante até; humor sanguíneo/artesão, corajoso, amoroso, a expressar, intimamente, ambições e desejos;
O horizonte, Tróia, sua cirurgia-guerra, extensão da sua sensibilidade, cede lugar ao horizonte de esperanças e perspectivas futuras na volta à faina. É a vida.
Giovani Santos, desalento inspirador à caça de rápidos fulgores num repente brilhantismo de uma ideia (só sua). Ele aspira por luz difusa do céu, no limiar do texto e, acordado de um cândido sonho, lança-se ao mar convalescendo. Prenuncia uma Odisséia qual Odisseu, Ulisses Acompanham-no, sem sair de Ítaca (“sua” Cabo Frio): Penélope, o Pai Eterno, Seu Filho e o Espírito Santo.
Mas, prossigo dando tratos à bola sem, ainda, estar certo de entender, da mensagem a sua essência. Critiquem–me; critiquem minha crítica por ser prolongada. Débora e Baraque veem em meu socorro, estendendo seu cântico, em Jz 5; Digo, como comparsa de Shakspeare:
“Prestai-me ouvidos”!
Lírica/Lirismo, emotividade na 1ª pessoa, amálgama do epopeico com o “esperar no Senhor”, crença maior, a sua lira, em acentos de subjetividade, todavia, vê-se algo mais no alvorecer do subjetivo da obra, desperto no íntimo do âmago do poeta.
Seu estado d’alma, a sua poesia denuncia sentimentos e emoções por ele vividas – discurso a exigir análise mais acurada no afã de revelar o propósito do autor.
Barafundo-me, aparvalhado!
Geovani não é assim, cismo, matutando. Geovani é “Apostasia Escancarada”; é “Marionetismos Ideológicos”, “Entre o Santo e o Profano”. Conheço-o (?) de irrepreensível prolixidade sim, contudo destituída de qualquer resquício de superfluidade, sem arredar sentidos nem palavras desviar, como nesta sua “Cálida Manhã”. O pendor (Eisntellung) para a poesia é revelado no emotivo expresso no texto e nas fabulações da sua obra poética.
Com mestria, com ardente sentimento, ele fabula um tipo de romance quimérico, excêntrico e original como ele, imaginária aventura vivida em curto estro poético, em substituição a outra denúncia oferecida (autopromovida); Vã tentativa de suprir ou suprimir uma verdade real (a dor pós-cirúrgica), em escrito descompassado e sem ritmo, que lhe veio n’alma, exprimido em retórica alheia à métrica.
A dor sendo metaforicamente compensada; Do poente ao alvorecer, o alegre renascer, o recomeço, a antevisão de que está por vir, em compensação, dias prazerosos (bravos!).
De novo ao mar. Agora “Alguém” e não mais “Ninguém”; Homero por Cervantes; Ulisses por Quixote, nos ombros do Senhor dos Exércitos, posição da qual Geovani nunca se afastou.
O autor sabe que, em suas andanças pela vida, terá de lutar contra Polífeno, Eolo e outras potestades infernais, mas ele nada teme.
Seu destemor advém da fé e confiança na rocha que é Jesus, nosso Deus vivo, e não em “falésias moldadas pela erosão do mar”.
Giovani F Santos é um vencedor em Cristo Jesus
Alberto Couto Filho
RJ, 20/02/2012
Palavras ditas com um coração de SERVO.
ResponderExcluirEstendo as mãos a elas.
"Não, senhores, não temo os moinhos
Tampouco dos ventos os pendores
Gigantes se tornam anões
Quando se está nos ombros do Altíssimo!"
Lindo demais.
Um abraço, fica com DEUS.
O irmão Alberto Couto, me mandou vir aqui...rsrsrs