Ali parado em meu tempo infinito.
Anacrônico em infinitesimal
devaneio percebendo cores e espaços
e sabores mais gentis.
Me lanço ao sonho
num sorriso juvenil
para desvendar a alma
de um poeta.
Ato criativo?
Estro?
Não, apenas ternura!
Deixo pois minhas idéias
em recipientes translúcidos.
Que sejam lidas ao rufar dos tambores,
nas plácidas manhãs irmãs de verão,
nos folguedos mais ligeiros,
nas horas impensadas,
nos lagos mais profundos,
nas ondas em delírio,
em som de poesia e nada mais.
Quando pois ouvirdes o som,
deixeis vossa vaidade despida,
vossos ataúdes de orgulho,
vossas penumbras pálidas,
vossos sonhos desfeitos,
para serdes meus conservos no reino das canções.
De onde ninguém vive sem apreciar
o néctar de célicas melodias.
Geovani F.dos Santos
(15/02/2012)
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