segunda-feira, 21 de julho de 2014

ENGODO MADE IN BRAZIL

Por Geovani Santos

O que diriam os filósofos de plantão? Um raio não cai  em um mesmo lugar duas vezes.Mentira! Esqueceram de dizer que no Brasil isso é possível. Afinal, o que é impossível no país da carochinha?  Desde de que o país deixou a barra da saia portuguesa e se aventurou na caminhada nacional independente, colecionou inúmeras manifestações miraculosas de multiplicação de possibilidades.

                      

Estamos rodeados de milagreiros made in Brazil. Não estou falando de religiosos charlatães, embusteiros, prestidigitadores da credulidade alheia ou mesmo dos espertalhões da falsa religião. Refiro-me aos urubus da política mesmo, os quais não tem escrúpulo algum e se prevalecem da ignorância abissal da grande massa de iletrados e analfabetos funcionais de nossa pátria de chuteiras para se locupletar ou, eufemisticamente, enriquecer-se à custa do erário público.

Existem os ilusionistas capazes de fazer milhões se mudarem daqui para uma republiqueta de bananas, mas também há aqueles que fazem- no aparecer em algum paraíso fiscal da vida. Depois dizem que não sabem de nada, e repetem as mesmas cantilenas de outrora, recheadas de floreados retóricos e tergiversações pitorescas. Tudo em nome das aparências ou, diga- se de passagem, da sem- vergonhice sem fronteiras ou seria sem estribeiras? Sei lá!

Um exemplo de que os milagres no Brasil são possíveis, é o retorno do antigo comandante-mor à  seleção  brasileira. De novo? Sim, a CBF aprontou-nos mais essa! Depois do vexame da Copa sob o comando de Filipão, agora, de novo, querem repetir a mesma figurinha carimbada do álbum do passado. O povo brasileiro merece!

Na verdade, um povo que não privilegia prioridades como saúde, educação e crescimento em troca de "pão e circo" não deveria reclamar da própria sorte. No mundo do futebol como na política o que manda são os interesses escusos, a ganância e o roubo. Tudo não passa de cortina de fumaça, onde cartolas mal-intencionados e figurões públicos se refestelam ao sabor das plebes. Repetindo os mesmos cenários, reescrevendo as mesmas histórias e perpetuando os mesmos discursos retrógrados de sempre. Mudança? Não, miragem!

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