segunda-feira, 11 de maio de 2015

O TEMPO DO FIM E AS DORES DE PARTO QUE ANTECEDEM A VINDA DO SENHOR

Por Geovani F.dos Santos 




Não poucos são os indícios que atestam estarmos vivendo os últimos dias da Dispensação da Graça Divina aos homens. Se olharmos em retrospecto, perceberemos que em outras épocas de nossa história a maldade e a iniquidade já existiam e reinavam no mundo dos homens. No entanto, o nosso tempo hodierno já superou em malignidade todos os outros séculos anteriores e tal recrudescimento é uma forte evidência de que a humanidade já está madura para o juízo. 

Sabemos que não é preciso ser tão perspicaz para compreendermos os acontecimentos ou mesmo ter uma ideia de que o atual quadro de descompasso espiritual, moral e social em que vivem as sociedades é muito mais do que um mero desequilíbrio produzido pela ação humana e, que, por isso mesmo seria passageiro. Seria uma ingenuidade ou no mínimo uma falta de senso pensar desta forma, uma vez que não poucas foram as tentativas dos governantes para debelar os problemas que afetam as nações. Todavia, esses esforços sempre se mostraram infrutuosos ante a proliferação de mais agentes desestabilizadores, os quais emergem inesperadamente das sombras causando ainda mais medo e incertezas no tocante ao futuro.

No Sermão Profético que Jesus proferiu antes de ser entregue aos principais dos sacerdotes, julgado e crucificado; o Mestre antevê profeticamente todos os desdobramentos apocalípticos os quais marcariam o seu retorno e os quais precipitariam o mundo num caos completo sem precedentes históricos. Ele alertou aos seus discípulos no passado e, também, da mesma forma, alerta aos cristãos do presente, preparando-os para todos as coisas, bem como deixando-lhes de sobreaviso a fim de que não sejam surpreendidos pelos acontecimentos que irromperiam no tempo final. Estes solenes avisos falam-nos de modo óbvio e têm como escopo estimular a vigilância completa e a perseverança dos santos ao retorno do Salvador para estabelecer o seu Reino de Justiça e paz sobre a terra.

Sobre estes dias de transe Lucas salienta, citando o sermão profético, que seriam marcados por sinais cataclísmicos e por convulsões sociais em diferentes níveis e lugares do planeta, vejamos o quadro que ele descreve:

“E haverá sinais no sol, e na lua, e nas estrelas, e, na terra, angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas; homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo, porquanto os poderes do céu serão abalados” (Lucas 21.26,27).

Lucas fala aqui sobre sinais cósmicos e de acontecimentos que abalarão o planeta Terra. Ele usa o vocábulo grego σημείον (semeion), que segundo o Dicionário do Novo Testamento de Strong significa um sinal pelo qual o poder divino na majestade é dado a conhecer, um evento ou ato sobrenatural, um prodígio, ou um milagre pelo qual o poder e a presença de Deus se manifestam. Esta palavra, segundo Strong, se refere também aos eventos e obras milagrosas que revelam a vinda do Messias em seu Reino (Mt 24.3,30; Mc 13.4; Lc 21.7,11,25; At2.19; Ap 12.1,3; 15.1).

O doutor Lucas ainda apresenta neste fragmento o substantivo απορία (aporia), para designar um estado de perplexidade e angústia que se apoderarão dos homens face aos eventos dos últimos dias. O vocábulo alude a condição de estar sem saída frente a algo que não se pode escapar. O outro termo que aparece no fragmento do Evangelho de Lucas é δυναμιζ (dunamis), que quer dizer poder, potência. A palavra também denota poderio bélico, o que pode indicar uma batalha entre as forças do Senhor Jesus e as hordas de Satanás nos ares que culminará na derrota do arquiinimigo de Deus, a destruição do seu império de maldade e a inauguração do Reino do Rei dos reis sobre a terra.

O expositor bíblico William Barclay declara que os dias anteriores a volta do Messias (Jesus), seria uma época de caos moral em que se reverteriam as normas morais e em que até a natureza atuaria em forma contrária a si mesma; a violência, o ódio e as guerras seriam a atmosfera comum da vida.





Esse quadro nítido de hecatombe, cataclismos, convulsões e crises nunca foram visíveis como em nossa época. Mal uma tragédia termina, logo se anuncia uma outra de dimensões épicas. Além disso, convivemos em um mundo que é comparado a um grande barril de pólvora prestes a ser deflagrado. A beligerância e a desconfiança mutua são as tônicas do momento. Só nos resta perguntar: Quem apertará o botão primeiro?


As constantes tensões mundiais envolvendo inúmeros países e a corrida armamentista perpetrada pelo Irã, Coreia do Norte e China apontam para um cenário no horizonte. Soma-se a isso tudo o avanço do ISIS ou Estado Islâmico que declarou guerra contra os “infiéis cristãos” e aposta todas as fichas numa ‘guerra santa’ contra o Ocidente afim de estender o seu califado maometano sobre todo mundo. O que não é uma notícia nada alvissareira. O doutor Billy Graham, conceituado pastor, escritor e conferencista de renome internacional escreveu as seguintes palavras em seu livro A segunda  vinda  de  cristo:

“Os antigos profetas previram uma época, lá no fim da história, em que as pessoas diriam: "Paz, paz, (...) quando não há paz." (Jeremias 6:14) Milhares de conferências de paz foram realizadas desde a Segunda Guerra Mundial e, no entanto, as manchetes continuam a destacar as guerras, a violência, a morte e multidões de refugiados. Os governos do mundo são sacudidos por assassinatos e derramamento de sangue.No entanto, há apenas alguns anos, era moda escrever ou sugerir que o mundo eslava entrando numa grande era de paz. Muitos idealistas nos diziam que a utopia entraria em cena, juntamente com todos os milagres tecnológicos do nosso tempo. O sonho é uma ilusão. Devíamos ter aprendido com a história. Sonhou-se com a paz no começo do século, mas esta aspiração foi destroçada pela Primeira Guerra Mundial. Depois da Primeira Guerra Mundial, mais do que desejada, a paz foi planejada, mas logo se viu que a Primeira Guerra Mundial não passara de uma preparação para a Segunda Guerra Mundial. Agora os sinais estão por toda a parte, mostrando que caminha febrilmente para a Terceira Guerra Mundial. A derradeira! O Armagedom!”

O que Jesus disse sobre o fim dos tempos cumpre-se aceleradamente e é inegável pensar que tais fatos não esteja relacionados entre si com todo o panorama profético traçado por Deus nas Escrituras.

O juízo divino está às portas e as dores que marcarão a transição deste estado de declínio e decomposição para um estado de glória já começaram a se manisfestar com toda a força. A expectativa cristã da Segunda Vinda de Cristo nunca foi tão decantada pelos fiéis que amam a verdade da Palavra de Deus e o anelo para que isso aconteça tem sido dia-a-dia renovado pelo Espírito Santo.

Assim como os cristãos contemporâneos, os judeus do passado e de todos os tempos nutrem uma expectativa magnífica sobre a vinda do dia do Senhor. Na literatura judaica do tempo de Cristo, este pensamento era parte integrante do ideário do povo israelita que esperava pelo cumprimento das profecias vaticinadas pelos seus profetas. Schürer, em sua obra The Jewish People in the Time of Christ II, 154, sintetiza as ideias judaicas sobre o dia do Senhor, ideias que povoavam a os escritos judaicos da época e que eram conhecidos de todos nos tempos de Jesus, vejamos:  
"O Sol e a Lua escurecerão, aparecerão espadas no céu, haverá exércitos de cavalos e soldados partirão pelas nuvens. Toda a natureza cai em uma comoção e confusão muito grandes. O Sol aparece de noite, a Lua de dia. Da madeira flui sangue, a pedra fala, e se encontra sal na água potável. Os lugares que se semearam aparecem como se não estivessem semeados, os celeiros repletos aparecerão vazios e se deterão as vertentes dos poços. Desaparecerão entre os homens todas as restrições da ordem, o pecado e a falta de temor de Deus governarão a Terra. E os homens lutarão entre si como se estivessem enlouquecidos, o amigo contra o amigo, o filho contra o pai, a filha contra a mãe. Levantar-se-á nação contra nação e à guerra se acrescentará o terremoto, o fogo e a fome que causarão a morte do homem."

Nesta literatura judaica pode-se ver claramente uma correspondência com os ensinos de Jesus no Sermão Profético que tratam sobre o “princípio das dores” e a transformação do mundo num lugar digno de ser habitado pelos filhos de Deus.


Soli Deo Gloria!

  

Um comentário:

  1. Olá Amigo Geovani
    Paz

    O juízo divino está às portas e as dores que marcarão a transição deste estado de declínio e decomposição para um estado de glória já começaram a se manisfestar com toda a força. A expectativa cristã da Segunda Vinda de Cristo nunca foi tão decantada pelos fiéis que amam a verdade da Palavra de Deus e o anelo para que isso aconteça tem sido dia-a-dia renovado pelo Espírito Santo.
    NÃO É PRECISO DIZER OU ESCREVER MAIS NADA. O MUNDO SE ACABA A OLHOS VISTOS.
    Misericórdia, Senhor!!!

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