O presidente da Venezuela,
Nicolás Maduro, embarcou ontem para a china, anunciando em cerimônia no
aeroporto que a viagem era “necessária, oportuna e cheia de grandes
expectativas”. De acordo com analistas venezuelanos, Maduro negociará três
acordos com os chineses: um novo empréstimo de 5 bilhões; um novo período de carência,
de seis meses, para o serviço da dívida já contraída; e um memorando de
entendimento para a proteção do investimento da China na Venezuela.
O sócio e
diretor do portal venezuelano Ecoanalitica, Asdrúbal Oliveros, afirmou no
Twiter que as negociações dariam mais tempo a Maduro que acaba de baixar um
pacote para tentar domar a hiperinflação e conter a recessão: Maduro ganha
tempo, pois, para um regime que aprendeu a viver com pouco ( em termos de
divisas); esse auxílio da China, caso se concretize, lhe dará um respiro”,
disse.
Em Pequim, o ministro do Exterior chinês, Wang Yi, declarou que seu país
está disposto a oferecer apoio financeiro à Venezuela. De acordo com o Instituto
Internacional de Finanças de Washington, que representa alguns dos maiores
bancos do mundo, A Venezuela tem uma dívida externa pública de cerca de US$ 150
bilhões, incluindo US$ 23 bilhões da China. De um acordo com um banco de dados
do Centro de Estudos Interamerican Dialogue, entre 2007 e 2016 a Venezuela
recebeu da China US$ 62 bilhões em investimentos e empréstimos em troca de petróleo. No entanto, o fluxo financeiro
chinês começou a diminuir há cerca de três anos, quando Caracas pediu mudanças
nos termos de pagamento, depois que a queda nos preços do barril e a redução em
sua produção petrolífera deixaram a econmia sem divisas disponíveis.
Fonte: O GLOBO 13/09/2018
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