terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

CONHECIDO PELOS FRUTOS



Por Geovani F. dos Santos



Resultado de imagem para arvores frutiferas"Os homens são comparados como árvores que precisam produzir frutos. Jesus afirma que existem árvores que produzem bons frutos, ao passo que também existem árvores que produzem maus frutos.  Como os homens são apresentados como árvores, os frutos destas árvores simbolizam, portanto, as obras que estes indivíduos praticam. O Mestre deixa bem evidente que pelo fruto se conhece a árvore, assim como o homem é reconhecido pelo seu caráter e exemplo de vida. Suponhamos que um homem roube ao seu próximo e persista nesta prática repetidamente durante a sua vida. Certamente essa conduta reprovável estigmatizará este indivíduo como um inveterado ladrão ou roubador, porque essa atitude viciosa é atribuída às suas próprias condutas. As pessoas olharão para aquele homem e dirão: Ele é ladrão. É o que Jesus quer dizer quando declara: “Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto” (Lucas 6. 44).   Champlin assevera: “ Um homem termina conhecido por aquilo que realmente é, tal como uma árvore é imediatamente identificada pelo tipo de fruto que ela produz. ”       

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

UMA FÉ QUE VALE À PENA



Por Geovani F. dos Santos



Resultado de imagem para Huss indo à fogueira
John Huss diante dos seus inquisidores papistas prestes
a ser queimado na fogueira.
A fé dos homens do passado e os seus grandes feitos em nome de Deus devem ser imitados. Numa época de intensa incredulidade e profundo afastamento dos padrões doutrinários esposados pela Bíblia, evocar os homens do passado e os seus exemplos salutares é uma maneira honrosa para se permanecer inabalável quando tantos estão fazendo naufrágio espiritual ou se apostatando deliberadamente do Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo.

Os cristãos de todos os tempos foram inspirados pelo Espírito Santo enquanto liam as façanhas de homens e mulheres de Deus que permaneceram firmes diante de adversidades e se mostraram tenazes em sua perseverança, aguardando uma resposta ou ainda um livramento da parte do Senhor, em face de circunstâncias aparentemente impossíveis e desesperadoras do ponto de vista humano.

Estes heróis da fé permaneceram inabaláveis, como que vendo o invisível, porque tinham a consciência de que o Senhor sabia dos seus sofrimentos e, de alguma forma inexplicável, atravessava com eles esses infensos, dando-lhes graça e valor para suportarem os maiores suplícios em nome da fé e da verdade.

A história está repleta de relatos extraordinários que lustram de esperança a fé dos santos e acrescentam aos mesmos uma dose de destemor e ousadia no Deus invisível, mesmo que ao redor tudo pareça obscuro e nebuloso. Os grandes legados dos santos da antiguidade se erguem como memoriais, os quais, como grandes faróis, iluminam a rota dos peregrinos cristãos, instilando-lhes alento afim de que prossigam até o fim, arrostando todas as dificuldades, com pertinácia enfrentando todas os mais terríveis obstáculos impostos pelo Diabo e os inimigos da cruz de Cristo, tendo em vista que a mensagem   não seja obnubilada pelo mau e os seus estratagemas.

Ao levantar o ideário de fé e permanecer confiantes no legado dos santos da antiguidade, os cristãos contemporâneos dão perfeitas mostras de que vale à pena servir a Jesus e ser leais a ele custe o que custar. Se existe um preço a ser pago, Cristo é digno de todo o sacrifício, porque ele mesmo, triunfou na cruz de Gólgota para nos dar direito à bem-aventurança eterna.

Resultado de imagem para Inacio  eo leões
Muitos santos foram laçados às feras nas arenas
 romanas por causa de sua fé em Cristo
A história nos dará exemplos notórios que são dignos de menção, exemplos estes, que por serem tão dignificantes, precisam ser relembrados por todas as gerações para que não caiam no olvido e se dissipem no vácuo da história. Podemos citar como um destes exemplos, a vida de Inácio, um servo de Cristo que fora preso por ser cristão e, enquanto era conduzido para o seu local de execução escreveu cartas confortadoras e admoestadoras às igrejas. Ele disse:  

“Tenho sido escoltado por soldados que mesmo sendo tratados com brandura, o seu furor excede aos dos leopardos. Mas, não me importo, contudo que ganhe a Cristo. Sou como o grão de trigo que precisa ser moído pela boca dos leões para me tornar pão no Reino dos Céus" 

Este relato tocante, porém, verdadeiro. Ecoa pelos séculos e nos chama ao compromisso de continuarmos a obra destes desbravadores da fé, que, muito antes de nós, foram impertérritos em sua fidelidade, mesmo que essa fidelidade implicasse em seus próprios martírios. Conta-se que John Huss, que antecedeu Lutero, cerca de quase 200 anos, foi levado ao seu lugar de execução. Enquanto caminhava, era insultado pela turba ensandecida e feroz. Resignado, Huss teria dito: 

“Ele sofreu tanto por mim! ” 

E, talvez, estas foram as suas últimas palavras na terra dos viventes.  O se corpo foi carbonizado pelas chamas, todavia, não abriu mão da verdade que ardia em seu peito e, tampouco, se deixou abalar pelas multidões, as quais como demônios infernais lançavam-no impropérios e doestos mordazes.  

Muito antes dele, também o Salvador se prestou ao espetáculo de desprezo e ignominia em nome de milhões de almas perdidas que um dia lhe seriam gratas por Ele ter ido até o Calvário para redimi-los do horror de uma eternidade no inferno. Portanto, nenhum sofrimento que possa ser experimentado por alguém neste mundo será inútil, pois ainda que pareça ser sem sentido, para Deus ele é compreendido e necessário a alguma finalidade precípua, conhecida apenas pela Providência.


Resultado de imagem para igreja peregrina
As perseguições religiosas foram implacáveis aos servos
de Jesus ao longo da história. 
Partindo desta premissa, portanto, o sofrimento se reveste de significado e incorpora elementos da vontade de Deus que produzem purificação deste mundo pecaminoso e levam à santificação. O Salvador em primeira mão palmilhou por este vale para que os que o seguiriam ao longo dos séculos entendessem, ao menos em parte, que o servo não é melhor ou maior do que o seu Mestre.