Os sinais fragrantes do tempo do fim estão se acentuando cada vez mais de maneira significativa. O nosso mundo parece estar sendo chacoalhado pelas manifestações de uma natureza em fúria e pela ação de fenômenos sem precedentes em toda a história. Os indícios do fim de nossa civilização pecaminosa estão se aproximando e nada pode ser feito para impedí-lo. O tempo do favor divino está com os seus dias contados. Como Nínive, a inexpugnável fortaleza do império Assírio (Na 2 e 3), que foi destruída sem misericórdia pelo juízo implacável do Altíssimo, este mundo também sofrerá as conseqüências de sua impenitência e iniqüidade. Não podemos ignorar o avanço do cumprimento profético e, nem tampouco, a palavra do Senhor. O que foi profetizado acerca deste mundo terá o seu fiel cumprimento de acordo com os desígnios do altíssimo.
No presente século, época caracterizada por um avanço descomunal da ciência e do conhecimento humano sem precedentes, podemos perceber as evidências cabais do fim desta civilização mergulhada no pecado e no desprezo à lei de Deus. Por mais que um povo seja evoluído ou poderoso, não pode escapar do juízo vindouro que se avizinha e da revelação do dia do Senhor. Lembremos das palavras do profeta Isaías:“Eis que as nações são consideradas por ele como a gota de um balde e como pó miúdo das balanças; eis que ele lança por aí as ilhas como a uma coisa pequeníssima. Todas as nações são como nada perante ele; ele considera-as menos do que nada e como uma coisa vã” ( Is 40.15,17).
Analisemos os fatos que estão se dando concomitantemente em todo o mundo e cheguemos, portanto, a uma conclusão. Pelo Espírito podemos concluir que estamos diante dos acontecimentos que conduzirão este mundo para os derradeiros dias de sua história. Como crentes em Jesus somos alertados pela Palavra a estar de sobreaviso e inteiramente preparados para o arrebatamento do povo de Deus. O apóstolo Pedro exortou-nos nos seguintes termos: “Por essa razão, pois, amados, esperando estas coisas, empenhai-vos por serdes achados por ele em paz, sem mácula e irrepreensíveis” ( 2 Pe 3.14 ). Esta exortação deve fazer parte de nosso ideário de vida, tendo como fim último a consolidação de nossa fé e a nossa própria salvação.
É sumamente importante, todavia, acrescentar que o estudo das profecias e a crença de que Deus está encaixando ‘as últimas peças de seu quebra-cabeças mundial’ serve-nos como alavancas fundamentais para o nosso crescimento espiritual e, sobretudo, para o desenvolvimento de um fé centrada nas escrituras como único fundamento confiável e sólido para as nossas vidas. Reinhold Federolf em artigo publicado na revista Chamada da Meia Noite intitulado: Tempos Finais: Sinais que nunca houve, assevera: “ A profecia bíblica é como um quebra-cabeças: com muita diligência e perseverança juntamos as muitas peças até completarmos o quadro inteiro à nossa frente”.
A Bíblia nos exorta a atentarmos para a palavra profética como indicadora da ação de Deus no palco da história humana. Pedro declara: “Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la,como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração” (1 Pe 1.19). Atentar para a palavra profética é prestar atenção nos eventos que fazem parte deste mesmo cumprimento, ou seja, os fatos que atestam a veracidade das Escrituras e nos permitem compreender a realidade da profecia bíblica em nosso tempo. O profeta Daniel vaticinou que nos últimos dias haveria um interesse cada vez maior pelas profecias, o que de fato ocorre em nossa época. Vejamos: “Tu,porém, Daniel, encerra as palavras e sela o livro, até o tempo do fim; muitos o esquadrinharão e o saber se multiplicará”(Dn12.4). Indubitavelmente, nunca se viu um interesse tão intenso pela interpretação das profecias como em nosso tempo. As palavras do profeta Daniel embora profetizadas séculos atrás, são atualíssimas. Corroborando e atestando a confiabilidade dos escritos sagrados. Reinhold Federolf sobre isso declara: “Entenderemos cada vez melhor as profecias e como elas se conectam, bem como seu cumprimento concreto”
Partindo do princípio que o Altíssimo tem o controle dos acontecimentos mundiais e dos eventos da história humana, podemos de fato descansar nas promessas imutáveis da palavra e no pleno cumprimento de todos os desígnios divinos. O apóstolo Pedro afirma: “Sabendo,primeiramente, isto: que nenhuma profecia da escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” ( 1Pe 1.20,21). A seu tempo, o Senhor fará valer a sua autoridade sobre o mundo inteiro e todo propósito humano não prevalecerá. Em Apocalipse está escrito: “O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos” ( Ap 11.15).
Na visão dos reinos simbolizados na estátua do sonho do rei Nabucodonosor, a pedra que rola da montanha e toca os pés da estátua esmiuçando-a, representa o reino de Cristo, que subjugará os reinos do mundo e jamais passará. Este reino será diferente de todos os reinos que já existiram, porque ele será fundamentado na justiça e no amor do Deus Eterno. Leiamos Daniel: “Mas nos dias destes reis, o Deus do céu suscitará um reino que não será jamais destruído; este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos estes reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre” ( Dn 2.44). Que possamos louvar e engrandecer o nome do Senhor porque estaremos na nossa sorte quando ele voltar e consumar a sua promessa. “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça” ( 2Pe 3.13). Amém.