quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

AS CONSEQUÊNCIAS DE SE VIVER SEM DEUS

Por Geovani F.dos Santos

O mundo está cada vez mais intolerante aos princípios estabelecidos pela Palavra do Senhor. Nossa sociedade permissiva e pluralizada relativiza a verdade e adota posturas ofensivas ao evangelho, taxando  o mesmo como crendice ou alienação popular.  Esta relativização coletiva traz em seu bojo o fenômeno da irreligiosidade, cada dia mais pessoas adotam o secularismo como forma de vida, tornando-se avessas à igreja ou a qualquer tipo de manifestação religiosa.


O afastamento da fé e a ruptura com os valores da cultura judaico-cristã cria uma geração de indivíduos doentes, vazios, sem propósitos na vida, sem sentido existencial  e sem quaisquer perspetivas quanto ao futuro. Como resultado de tal negligência, percebe-se o flagrante aumento no número de suicidas  alcoólatras, toxicômanos e neuróticos que infestam as clínicas psiquiátricas e os divãs dos analistas.

O preço de se viver sem Deus é alto e as consequências deste comportamento elevadas em todos os sentidos. A humanidade sofre as mazelas do desleixo ao sagrado e do divórcio da lei divina. Escolheram o caminho da auto-emancipação, colhem agora os frutos do seu desvio.

Jesus disse categoricamente: " Sem mim nada podeis fazer."  E o apóstolo Pedro ainda completa em sua bela e profunda declaração: " Para onde iremos nós, se só tu tens  as palavras de vida eterna" . Estas palavras revelam com toda força a completa dependência que o homem tem da comunhão e direção divinas. A ausência deste senso de dependência é que geram o desequilíbrio e as inúmeras enfermidades na alma dos homens.

Agostinho disse que coração humano tem um espaço que só Deus pode preencher. O salmista declara altissonantememte que alma humana tem sede do Senhor como terra sedenta. Ele diz:

" Como a corça anseia pelas fontes das águas, a minha suspira por ti, ó Deus!" ( 42.1 ).


"Quem mais tenho eu no céu, senão a ti; tu me, cobre com o teu conselho e depois me recebe na glória!" ( Sl 73.24).

Quão maravilhoso é o caminho daquele que confia no Senhor, do que faz de Deus a sua esperança e que reconhece N'ele sua única salvaguarda e livramento. Embora como homem possa sofrer os revezes desta existência temporal, os sobressaltos comuns a todos os mortais neste mundo, poderá contar sempre com as doces consolações do pai das misericórdias. Quem vive sem Deus no mundo não  pode contar com tais prerrogativas.

O crente goza do favor divino, considera o caminho do Senhor, e entende pela palavra  que toda a boa dádiva e todo o dom perfeito é lá do alto, descendo do pai das luzes, em quem não pode haver variação ou sombra de mudança. Busca com diligência a vontade do Mestre e se recomenda inteiramente aos seus generosos auspícios. Observa a orientação apostólica que diz: " em tudo sejam conhecidas pela oração as vossas necessidades " (Fp 4.6) e,  como diz Pedro, lança sobre Cristo toda ansiedade, porque sabe do seu cuidado pastoral.

"Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" ( I Pe 5.7).

Jesus disse que por mais ansiosos ou aflitos  que estivéssemos não poderíamos mudar um único cabelo branco de nossa cabeça. A vida não pode perder o compasso divino, tudo foi criado para seguir suas coordenadas, quaisquer afastamentos consentidos ou fortuitos geram desequilíbrios tão grandes que são sentidos de forma generalizada na própria.

Todo o universo é regido por leis físicas, morais e espirituais. Existe em tudo uma harmonia perceptível  que é estabelecida pela vontade divina. Nada que existe foge ao seu controle, ele tem ciência de um pardal que cai ao chão, bem como sabe quantas estrelas há no céu ou quantos grãos de areia existem na praia do mar, pois como disse o salmista:

"E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos" ( Hb 1.10 ).

Estas palavras deixam-nos estonteados e ao mesmo tempo maravilhados. Elas apresentam a eternidade de Deus, o seu poder criador e o seu domínio sobre o universo. Nesta grande sinfonia de verdades um único que se encontra desafinado é o homem. Porque se afastou da lei divina e se tornou réprobo quanto ao entendimento divino. Paulo assevera que muitos indivíduos mudaram a verdade de Deus em mentira e amaram mais a impiedade em detrimento da justiça. Como resultado de tal perversão, revela o apóstolo,Deus os entregou a toda sorte de desvarios e devassidões das mais deploráveis. Este é o quinhão do pecado.

Romanos deixa claro que Deus se revelou aos homens e as suas obras e atributos são perceptíveis no universo. Este, como diz o argumento cosmológico, "é um efeito que exige uma causa adequada e a unica causa suficiente é  Deus".

" Os céus proclamam a glória de Deus o firmamento anuncia a obra de suas mãos " ( Sl 19.1).
" porque os seus atributos invisíveis, tanto o seu eterno poder como a sua divindade claramente se reconhecem nas coisas que foram criadas, tais homens são inescusáveis" ( Rm 1.20).

Os homens de dura cerviz seguem seu caminho néscio pelo mundo meneando suas cabeças contra os céus e vociferando sem temor: Não há Deus! Indivíduos a semelhança de Dawkins, em seu " The blind Watchmaker " ( O Relojoeiro cego) ou Nietzsche com sua ofensiva máxima : "Deus está morto!" pululam por aí e conduzem uma multidão de cegos ao mesmo abismo. Todos estes blasfemos arrogantes receberão a justa retribuição por sua iniquidade e também por desvirtuarem a muitos da Verdade. Judas declara:

"E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele" ( Jd 14,15).

Soli Deo Gloria! 

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