Por Geovani F. dos Santos
O hospital de Jardim
Esperança estava fechado esta madrugada porque não havia médicos de plantão
para realizar o atendimento de emergência. O meu concunhado levou sua filha de
dois anos para ser medicada e, para sua surpresa, encontrou as portas
trancadas. Sem ter outra opção, voltou para casa, acordou o meu cunhado e foram
de carro para o hospital Rodolfo Perissé em Búzios.
O ocorrido apenas reforça
mais ainda a concepção do mais completo abandono em que se encontra a população
do bairro Jardim Esperança e adjacências, desassistidos pelo poder público e
entregues à própria sorte. Imaginemos que alguém infarte ou seja acometido por
um AVC e necessite de cuidados intensivos nesta unidade. Com toda a certeza estará
em maus-lençóis. Mas isso não está longe da realidade visto que é recorrente o
histórico de não atendimentos e ausência de funcionários de plantão para dar
suporte a uma eventual emergência médica.
O bairro é muito populoso
e com um índice de violência preocupante, daí a necessidade de um atendimento
que seja, pelo menos, suficiente para dar uma certa tranquilidade aos seus
moradores. A população não pode sofrer pela incompetência de um governo que a
cada momento tem demonstrado a mais completa inabilidade na gestão da coisa
pública. Era fácil administrar uma cidade quando está jorrava a riqueza dos
royalties do petróleo. Período que, diga-se de passagem, serviu para muitos
vereadores, que agora, novamente, tentam a reeleição, como trampolim para o
enriquecimento ilícito e para a ostentação de uma vida nababesca regada a
"vinho e caviar".
Eles enriqueceram,
fizeram os seus pés de meia à custa do erário público. Saquearam a saúde, a
educação e os recursos os quais deveriam ser aplicados em benefício do povo e
os embolsaram sem o maior peso na consciência para a própria locupletação.
Todos estes senhores, deveriam estar na cadeia. Se vivessem em um país decente
e não em uma "republiqueta de bananas" cujas as leis são formuladas
por bêbados”, repetindo aqui o discurso do ministro do supremo, Gilmar Mendes,
todos há muito estariam enjaulados. Mas, infelizmente amigos, estamos no
Brasil: A pátria dos ilícitos.
Se o povo tiver o
mínimo de memória não vai mais dar o seu voto a esses patifes que outrora
pilharam o nosso combalido município. Todos eles zombam da cara do pobre e dos
cidadãos honestos que acordam todos os dias cedo, pegam um ônibus lotado e,
como gado, vão apinhados ao seu trabalho em busca do pão cotidiano e, não tem
se sequer o direito de ir sentados porque os assentos do ônibus estão lotados.
Este mesmo cidadão que é cioso de suas responsabilidades, que paga impostos, e
não vê os mesmos serem revertidos em benefício de sua família, é o mesmo
cidadão que morre em hospitais públicos porque não tem dinheiro para bancar uma
saúde de maior excelência na rede privada.
Os políticos deveriam ser
enquadrados como "homicidas indiretos", uma vez que é pela omissão
deles e pela roubalheira desenfreada que promovem, que muitos de nossos
compatriotas perdem suas vidas pela falta de um atendimento de qualidade. Pense
nisso. O seu voto pode matar, pois o mesmo pode municiar bandidos de
"colarinho branco" que vão se assentar nas cadeiras legislativas e
vão rir do seu infortúnio, enquanto eles, como Nero, estarão ouvindo uma
musiquinha diante de uma cidade em chamas.
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