quarta-feira, 3 de agosto de 2016

TOLERAR E SUPORTAR

Resultado de imagem para suportar as provações



Por Peter Malgo


Será que todos nós, como cristãos, não temos a tendência de nos justificar ao invés de tolerar e de suportar? O centro de nossos atos deve ter esta única finalidade: glorificar o Senhor Jesus Cristo! O que poderia corresponder melhor a isso do que andar como Jesus andou?

– Quando Ele foi insultado ou maltratado, suportou sem protestar.
– Ele nunca se defendeu quando sofreu.
– Ele também amava aqueles cujas maneiras desagradáveis tinham que ser suportadas.
– Ele carregou os pecados do mundo inteiro, também a sua e a minha culpa.
– Ele suportou a cruz.
– Ele morreu voluntariamente.

Será que o Senhor Jesus pede mais quando nos exorta: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. (Mt 16.24)? Não, claro, que não! Seguir o exemplo de Jesus, andar nos seus passos é o mínimo que podemos fazer. O Senhor nem sequer pede que carreguemos os seus “Seus fardos” – disso também nem seríamos capazes – para Ele é suficiente que a cada dia carreguemos nosso próprio fardo, ou seja, que cada um tome a sua própria cruz sobre si. E disso faz parte a nossa disposição em suportar certas coisas e certas situações.

No texto de 1Coríntios 10.13 é mostrado de maneira bem clara que não virá nada sobre nós que não possamos suportar – mesmo que nossas emoções nos digam que atingimos o limite: “ ...Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar”.

Carregar e suportar não somente nos ajuda a nos tornarmos semelhantes à imagem de Jesus. Paulo nos mostra o verdadeiro motivo, o cerne da questão quando diz:  “Suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo” (1 Co 9.12b).  Suportar não significa olhar para nós mesmo e ter autopiedade: “Coitado de mim! Quanta coisa tenho de suportar! Suportar significa seguir o caminho de Jesus com alegria independentemente do que pesa sobre nós. Mas assim que começamos a falar com outros sobre tudo o que temos de suportar e sofrer, ou mencionamos numa pregação (se você é um pregador da Palavra de Deus), então, não tomamos mais a nossa cruz sobre nós, mas inconscientemente colocamos fardos sobre o nosso próximo.

Por isso, tenhamos constantemente diante dos olhos e pratiquemos o que Paulo escreveu a Timóteo: “Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus” (2 Tm 2.3).


*Este  artigo foi extraído da Revista Chamada da Meia-noite, de maio de 1998
  






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