Por Peter Malgo
Será que todos
nós, como cristãos, não temos a tendência de nos justificar ao invés de tolerar
e de suportar? O centro de nossos atos deve ter esta única finalidade:
glorificar o Senhor Jesus Cristo! O que poderia corresponder melhor a isso do
que andar como Jesus andou?
– Quando Ele foi
insultado ou maltratado, suportou sem protestar.
– Ele nunca se
defendeu quando sofreu.
– Ele também amava aqueles cujas maneiras
desagradáveis tinham que ser suportadas.
– Ele carregou os pecados do mundo inteiro,
também a sua e a minha culpa.
– Ele suportou a cruz.
– Ele morreu voluntariamente.
Será que o Senhor Jesus pede mais quando nos exorta: “Se
alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. (Mt
16.24)? Não,
claro, que não! Seguir o exemplo de Jesus, andar nos seus passos é o mínimo que
podemos fazer. O Senhor nem sequer pede que carreguemos os seus “Seus fardos” –
disso também nem seríamos capazes – para Ele é suficiente que a cada dia
carreguemos nosso próprio fardo, ou seja, que cada um tome a sua própria cruz
sobre si. E disso faz parte a nossa disposição em suportar certas coisas e
certas situações.
No texto de 1Coríntios
10.13 é mostrado de maneira bem clara que não virá nada sobre nós que não
possamos suportar – mesmo que nossas emoções nos digam que atingimos o limite: “ ...Deus é fiel e não permitirá que sejais
tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação, vos
proverá livramento, de sorte que a possais suportar”.
Carregar e
suportar não somente nos ajuda a nos tornarmos semelhantes à imagem de Jesus.
Paulo nos mostra o verdadeiro motivo, o cerne da questão quando diz: “Suportamos
tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo” (1 Co 9.12b).
Suportar não significa olhar para nós
mesmo e ter autopiedade: “Coitado de mim! Quanta coisa tenho de suportar!
Suportar significa seguir o caminho de Jesus com alegria independentemente do
que pesa sobre nós. Mas assim que começamos a falar com outros sobre tudo o que
temos de suportar e sofrer, ou mencionamos numa pregação (se você é um pregador
da Palavra de Deus), então, não tomamos mais a nossa cruz sobre nós, mas inconscientemente
colocamos fardos sobre o nosso próximo.
Por isso, tenhamos constantemente diante dos olhos e
pratiquemos o que Paulo escreveu a Timóteo: “Participa dos meus sofrimentos
como bom soldado de Cristo Jesus” (2 Tm 2.3).
*Este artigo foi extraído da Revista Chamada da Meia-noite, de maio de 1998
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