sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O ROSTO DA GUERRA



Por Geovani F. dos Santos


Uma criança de 5 anos, bastante ferida, foi retirada dos escombros de um prédio atingido por um bombardeio em Aleppo na noite desta quarta-feira. O menino de 5 anos e os seus irmãos com idades de 1, 6 e 11 anos foram socorridos e levados a uma ambulância, onde receberam os primeiros atendimentos antes de serem conduzidas a um hospital. Omram Daqneesh torna-se mais uma vítima de uma guerra que já dura 5 longos anos e que já causou a morte de milhares de pessoas.  Desde que a guerra começou, 4500 crianças foram mortas no norte da cidade, a principal do país. Nesta mesma quarta feira, oito pessoas morreram , incluindo cinco crianças. O que causa mais tristeza é que esta é uma situação corriqueira, repetida inúmeras vezes no cotidiano de um conflito desumano, que não poupa a ninguém – desde civis inocentes a pobres crianças indefesas  alvejadas pelos morteiros dos insurgentes ou pelas bombas lançadas pelo regime sírio de Assad com o apoio da Rússia de Vladmir Putin.

Outras imagens contundentes já correram o mundo e, mesmo assim, a comoção internacional não foi suficiente para refrear a avassaladora espiral de violência que continua produzindo cenas saídas de um filme de horror. Revelam a crueza de um tempo de barbárie e a insanidade coletiva que assombra as nações, deixam um rastro de incertezas e traumas profundos nas pessoas envolvidas. O rosto de Omram, ensanguentado – capturado pela câmera do fotógrafo Mahmoud Raslan – mostra um aspecto da guerra que se apresenta terrivelmente chocante, todavia, é um fato que ocorre reiteradas vezes sem uma data prevista para terminar.


O menino Osram, com um olhar distante, parece em transe diante da realidade desconhecida. É mais uma vítima muda da loucura dos homens e dos seus expedientes destituídos de senso e de alteridade. O pobre menino sírio é um representante de todos os sofredores deste mundo que clamam por um mundo sem guerras ou conflitos.

3 comentários:

  1. Muito triste ver crianças sofrendo violência. Osram, Alan Kurdi partiram meu coração. Quero tanto ajudar o povo sírio, não me contento em apenas orar.

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    1. Rosangela, é muito triste vermos crianças sendo mortas ou feridas em um conflito que já se alarga por 5 anos e, que, infelizmente, não tem prazo para terminar. Existem organizações humanitárias que aceitam doações procure se informar. Oração e ação são muito importantes. Obrigado por sua visita ao meu site.

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    2. Este comentário foi removido pelo autor.

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