Por Geovani F. dos Santos
Já disse em um outro texto que
Jesus era o homem que orava. Evidentemente que essa asserção é corroborada
pelos textos sagrados que revelam a profundidade da comunhão do Mestre e a importância
que o mesmo deu à vida suplicante. Numa época em que os homens são absorvidos
pelo mundanismo e afazeres distrativos deixando de lado as coisas espirituais,
Cristo demonstra com seu próprio exemplo que a única maneira de vencer os
contratempos do mundo e as insidiosas armadilhas de Satanás é estar em
constante comunhão com o Pai celestial em oração. Orar é, portanto, uma tarefa
crucial na vida do crente, o qual deve esmerar-se para fazer desta, um hábito que
o acompanhe durante toda a sua vida neste mundo.
C. S. Lewis certa feita declarou
que os homens que mais fizeram neste mundo foram os que estavam conectados aos
céus. Quanto mais se pensa nas coisas do alto, mais energia se recebe para as
realizações terrenas. O oposto também é verdadeiro. Quanto menos se pensa na
eternidade, muito menos também pode ser realizado neste universo da humanidade.
Não é debalde que o próprio apóstolo Paulo exortou aos santos permanecer com
olhos fitos nos céus. Ele declarou:
“Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra” (Colossenses 3.2).
Certo escritor em um outro lugar
deixou explicitado que por estar a atmosfera deste mundo contaminada pelo
pecado, o crente precisa respirar os ares celestiais e, isso, só pode se dar
através da oração. É orando que se vence o mundo e é, por conseguinte, orando,
que se obtém as possibilidades em Deus para se atravessar o deserto da vida com
a segurança e a paz que o Eterno oferece aos corações.
No Evangelho de Marcos 1. 35, ocorre-nos
a narrativa que apresenta Jesus levantando-se por volta das 3:00 da manhã para
buscar a face do Pai. Marcos assevera: “E, tendo-se levantado alta madrugada, saiu,
foi para lugares desertos e ali orava. Jesus sabia que o seu ministério exigia
dele total dedicação e, por esta razão, necessitava receber todo poder e unção
necessária para que confrontasse o poder dos kosmokratoras e os vencesse com toda a autoridade outorgada por
Deus. A vitória sobre os poderes do mal
somente é eficaz quando se está inteiramente revestido com as armaduras do
Espírito. Este revestimento é concedido aos que oram.
Na Bíblia de Estudo Plenitude
encontramos a seguinte nota explicativa: “Mesmo que Jesus tivesse demonstrado
poder sobre doenças e demônios, ele mostra a necessidade de oração para que se
obtenha vitória eficiente sobre todas as circunstâncias e poderes das trevas”.
Note que antes de Jesus se levantar de madrugada para orar, ele curou enfermos
e expulsou demônios. Havia desprendido imenso poder contra os males que oprimiam
as pessoas e, agora, mais uma vez carecia de recarregar suas forças através da
oração revitalizante. Ele escolheu a alva para esse intento. Os místicos
acreditavam que esse era o melhor momento para oração (Segundo Russsel Normam
Champlin, os místicos são aqueles que creem nas manifestações divinas fora do
corpo, pela ação do Espirito Santo, neste contexto incluem-se exorcismos e
curas milagrosas. Todas as igrejas que creem na atualidade dos milagres e
manifestações do Espirito, portanto, são consideradas místicas).
Jesus sabia que a oração nunca
era demasiada e, que, começar o dia em oração lhe traria mais êxitos no
decorrer de toda a sua jornada cotidiana. Por mais que tenhamos o que fazer,
não podemos prescindir da oração. Lutero disse: “ Tenho tanto trabalho para fazer
que devo passar três horas por dia em oração para poder realiza-lo”. Orar é
preciso. Experimente orar!
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