Por Geovani F. dos Santos
O mundo tornou-se um lugar perigoso
demais para se viver é a constatação. Em toda a parte, o que se percebe é uma
névoa espessa de terror que se intensifica e gera ainda mais insegurança à
medida que o tempo passa. O que esperar do futuro diante de tantas expectativas
soturnas? O que dizer as nossas crianças sobre o atual cenário que se desenha e
cuja dinâmica parece longe de parar seu desenvolvimento funesto?
Esta e outras perguntas me assaltam a
mente à medida que constato que vivemos numa espiral crescente de
acontecimentos terrificantes que deixam os homens atônitos e roubam das pessoas
a tranquilidade existencial e toda a perspectiva otimista de melhorias da
realidade presente.
Em todas as direções o que se vê são as
imagens coletivas de indivíduos atordoados que não mais conseguem dissociar de
suas vidas as projeções do mal que assume inúmeras facetas numa sociedade
eivada de malignidade e cujas mentalidades, entorpecidas pela normose do
cotidiano, banalizam o ilícito e não mais se melindram com a rudeza dos acontecimentos, haja vista
estarem completamente anestesiados pela recorrente repetição das cenas, que,
exatamente por serem repetidas reiteradas vezes, normatizaram-se em corações e
mentes endurecidos.
O corpo de um homem caído ao chão
crivado de balas não choca mais do que a imagem de um cachorro abatido na beira
de um asfalto depois de um atropelamento. Na verdade, é como se houvesse um
deleite sinistro em olhar essa cena. O senso ou sentido de humanidade se esmaece
ou se embrutece na mesma medida em que o amor se esfria nos corações. A vida
humana se tornou tão insignificante que a dignidade da mesma é violada em nome
das mais perniciosas atitudes de sadismo. O homem transformou-se no lobo de si próprio
e a consequência dessa metamorfose é o surgimento de uma geração psicopatizada,
refém de toda a escravidão e submissa à mentoração de Satanás e suas sugestões
macabras.
A humanidade no mesmo compasso que
rejeita ao Evangelho da Graça e chafurda na lama do pecado como uma porca no
espojadouro de sua imundícia, traz sobre si as consequências de uma vida
divorciada dos parâmetros da Palavra de Deus. O resultado deste comportamento
se revela no quadro de decadência de nossa juventude, seguindo sem destino,
desnorteados e entregues à toda sorte de desvios e ilicitudes, os quais como um
feitor perverso, laçam-nos numa masmorra de torturas, que suga toda a sua
vitalidade, conduzindo-os por fim às escuras recamaras da morte eterna.
Por mais bruxuleantes que possam
parecer estas imagens, são a mais pura verdade. Verdade que não pode ser
ignorada por esta geração e, tampouco, pela futura. Se é que teremos uma futura
geração. Os homens estão tombando como vultos desvalidos e sem Deus não
conseguirão chegar à próxima curva da estrada. Rejeitam todos os apelos
apresentados e desdenham daqueles que lhes tentam alertar. O resultado de tal
contumácia e obstinação será um fim inglório em uma realidade inglória longe
para sempre dos propósitos de Deus.
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