sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

UMA IGREJA COMPLACENTE COM O PECADO

Por Geovani F. dos Santos


Recentemente recebi uma reportagem da Revista New Republic com a seguinte manchete: " Igreja da Inglaterra suspende proibição contra clérigos gays desde de que se comprometam viver celibatários".  A decisão partiu da "House of Bishops " ou Casa dos Bispos, que é composta pela ala mais antiga da Igreja Anglicana, responsável pelo fim da moratória de 18 meses contra a ordenação de homossexuais vivendo em comunhão civil estável ao episcopado. A medida polêmica ameaça reacender uma questão que divide os 80 milhões de fiéis da imensa comunidade global anglicana. 


A Casa dos Bispos confirmou que clérigos em união civil e vivendo de acordo com os ensinos da igreja sobre sexualidade humana podem ser considerados como candidatos ao episcopado, disse Graham James, o Bispo Norwich.

Segundo a Revista, a polêmica decisão foi tomada em Dezembro último, mas recebeu pouca atenção até sua confirmação pela igreja na Sexta-feira. Em sua declaração, os bispos consideravam ser injusto excluir de consideração para o episcopado qualquer um que buscasse estar completamente em conformidade com os ensinos da igreja sobre ética sexual ou outras áreas da vida pessoal e disciplina. A questão da homossexualidade tem conduzido a um racha entre anglicanos norte-americanos  e africanos desde que a diocese canadense aprovou bênçãos para "casais" do mesmo sexo em 2002, seguida pelos anglicanos dos Estados Unidos da Igreja Episcopal, que nomearam um bispo gay em 2003. Clérigos gays em comunhão civil devem ser elegíveis para o episcopado  se eles se comprometerem permanecer celibatários,  como  já é o caso para diáconos e presbíteros homossexuais. Um dos bispos anglicanos fez a seguinte declaração: 

"A igreja da Inglaterra está lutando para permanecer relevante na moderna Grã-Bretanha a despeito da queda do número de crentes."

Pareceria cômica se não fosse trágica tal declaração! Como uma igreja pode permanecer relevante se tolera o abominável em seu seio? É no mínimo uma inconsistência essa assertiva, uma vez que vai de encontro às Escrituras e aos ensinos apostólicos que versam sobre a vida de santificação e abandono do pecado. O apóstolo Paulo em sua saudação à igreja em Filipos, assevera: 

"a todos os santos em Cristo Jesus, inclusive bispos e diáconos" ( Fp 1.1b ).

Observe na saudação a palavra "santos". Paulo chama os membros da igreja de Filipos com essa designação, incluindo conforme o versículo supracitado  também os bispos e diáconos. Em I Timóteo 3.1-10  encontramos os ensinos paulinos sobre as atribuições necessárias a quem almeja o episcopado. Vejamos:

"É necessário,portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a sua casa, criando filhos sob disciplina, com todo respeito ( pois se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça, e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, afim de não cair no opróbrio e no laço do diabo."

Paulo diz que o presbítero tem que ser irrepreensível, do grego anepileptos. Segundo o Comentário Bíblico Pentecostal, "essa é a primeira e mais importante qualificação. Nunca deveria ser possível( literalmente) "surpreender um bispo" fora dos limites da integridade". Partindo deste princípio, embasado neste qualificativo bíblico, um homossexual jamais se enquadraria em tais exigências, salvo converter-se e for regenerado pela graça de Cristo.

Portanto, quando a igreja não leva em consideração as  exigências descritas, entra em colisão com a Doutrina Bíblica e, por conseguinte, adota um discurso que destoa do modelo apostólico. Na verdade, quando se toma esta atitude, já em si revela o grau de comprometimento com o pecado e a apostasia. Não devemos nos enganar com os falsos discursos da igreja tolerante e, tampouco, adotarmos o seu expediente nefando. Se assim o fizermos estaremos nos tornando inimigos do evangelho, e renegando todos os ensinos escriturísticos que nos convocam a uma vida de retidão e santificação.

Paulo afirma em sua Epístola a Timóteo, que existem pessoas que pervertem a fé de alguns ( 2 Tm 2.18). Estes indivíduos são os que sorrateiramente tentam desvirtuar o caminho dos santos através da introdução de falsos ensinos na igreja. Desta forma causam grande mal à lavoura de Deus. No entanto, o apóstolo deixa claro neste ensino que a Doutrina bíblica verdadeira não pode ser abalada por embusteiros ou falsos mestres, ele assevera :

"Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade" ( 2 Tm 2.19).


Soli Deo Gloria!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

AS CONSEQUÊNCIAS DE SE VIVER SEM DEUS

Por Geovani F.dos Santos

O mundo está cada vez mais intolerante aos princípios estabelecidos pela Palavra do Senhor. Nossa sociedade permissiva e pluralizada relativiza a verdade e adota posturas ofensivas ao evangelho, taxando  o mesmo como crendice ou alienação popular.  Esta relativização coletiva traz em seu bojo o fenômeno da irreligiosidade, cada dia mais pessoas adotam o secularismo como forma de vida, tornando-se avessas à igreja ou a qualquer tipo de manifestação religiosa.


O afastamento da fé e a ruptura com os valores da cultura judaico-cristã cria uma geração de indivíduos doentes, vazios, sem propósitos na vida, sem sentido existencial  e sem quaisquer perspetivas quanto ao futuro. Como resultado de tal negligência, percebe-se o flagrante aumento no número de suicidas  alcoólatras, toxicômanos e neuróticos que infestam as clínicas psiquiátricas e os divãs dos analistas.

O preço de se viver sem Deus é alto e as consequências deste comportamento elevadas em todos os sentidos. A humanidade sofre as mazelas do desleixo ao sagrado e do divórcio da lei divina. Escolheram o caminho da auto-emancipação, colhem agora os frutos do seu desvio.

Jesus disse categoricamente: " Sem mim nada podeis fazer."  E o apóstolo Pedro ainda completa em sua bela e profunda declaração: " Para onde iremos nós, se só tu tens  as palavras de vida eterna" . Estas palavras revelam com toda força a completa dependência que o homem tem da comunhão e direção divinas. A ausência deste senso de dependência é que geram o desequilíbrio e as inúmeras enfermidades na alma dos homens.

Agostinho disse que coração humano tem um espaço que só Deus pode preencher. O salmista declara altissonantememte que alma humana tem sede do Senhor como terra sedenta. Ele diz:

" Como a corça anseia pelas fontes das águas, a minha suspira por ti, ó Deus!" ( 42.1 ).


"Quem mais tenho eu no céu, senão a ti; tu me, cobre com o teu conselho e depois me recebe na glória!" ( Sl 73.24).

Quão maravilhoso é o caminho daquele que confia no Senhor, do que faz de Deus a sua esperança e que reconhece N'ele sua única salvaguarda e livramento. Embora como homem possa sofrer os revezes desta existência temporal, os sobressaltos comuns a todos os mortais neste mundo, poderá contar sempre com as doces consolações do pai das misericórdias. Quem vive sem Deus no mundo não  pode contar com tais prerrogativas.

O crente goza do favor divino, considera o caminho do Senhor, e entende pela palavra  que toda a boa dádiva e todo o dom perfeito é lá do alto, descendo do pai das luzes, em quem não pode haver variação ou sombra de mudança. Busca com diligência a vontade do Mestre e se recomenda inteiramente aos seus generosos auspícios. Observa a orientação apostólica que diz: " em tudo sejam conhecidas pela oração as vossas necessidades " (Fp 4.6) e,  como diz Pedro, lança sobre Cristo toda ansiedade, porque sabe do seu cuidado pastoral.

"Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós" ( I Pe 5.7).

Jesus disse que por mais ansiosos ou aflitos  que estivéssemos não poderíamos mudar um único cabelo branco de nossa cabeça. A vida não pode perder o compasso divino, tudo foi criado para seguir suas coordenadas, quaisquer afastamentos consentidos ou fortuitos geram desequilíbrios tão grandes que são sentidos de forma generalizada na própria.

Todo o universo é regido por leis físicas, morais e espirituais. Existe em tudo uma harmonia perceptível  que é estabelecida pela vontade divina. Nada que existe foge ao seu controle, ele tem ciência de um pardal que cai ao chão, bem como sabe quantas estrelas há no céu ou quantos grãos de areia existem na praia do mar, pois como disse o salmista:

"E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos" ( Hb 1.10 ).

Estas palavras deixam-nos estonteados e ao mesmo tempo maravilhados. Elas apresentam a eternidade de Deus, o seu poder criador e o seu domínio sobre o universo. Nesta grande sinfonia de verdades um único que se encontra desafinado é o homem. Porque se afastou da lei divina e se tornou réprobo quanto ao entendimento divino. Paulo assevera que muitos indivíduos mudaram a verdade de Deus em mentira e amaram mais a impiedade em detrimento da justiça. Como resultado de tal perversão, revela o apóstolo,Deus os entregou a toda sorte de desvarios e devassidões das mais deploráveis. Este é o quinhão do pecado.

Romanos deixa claro que Deus se revelou aos homens e as suas obras e atributos são perceptíveis no universo. Este, como diz o argumento cosmológico, "é um efeito que exige uma causa adequada e a unica causa suficiente é  Deus".

" Os céus proclamam a glória de Deus o firmamento anuncia a obra de suas mãos " ( Sl 19.1).
" porque os seus atributos invisíveis, tanto o seu eterno poder como a sua divindade claramente se reconhecem nas coisas que foram criadas, tais homens são inescusáveis" ( Rm 1.20).

Os homens de dura cerviz seguem seu caminho néscio pelo mundo meneando suas cabeças contra os céus e vociferando sem temor: Não há Deus! Indivíduos a semelhança de Dawkins, em seu " The blind Watchmaker " ( O Relojoeiro cego) ou Nietzsche com sua ofensiva máxima : "Deus está morto!" pululam por aí e conduzem uma multidão de cegos ao mesmo abismo. Todos estes blasfemos arrogantes receberão a justa retribuição por sua iniquidade e também por desvirtuarem a muitos da Verdade. Judas declara:

"E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele" ( Jd 14,15).

Soli Deo Gloria! 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

CORAÇÕES INSENSÍVEIS E OUVIDOS MOUCOS

Por Geovani F. dos Santos



"A quem falarei e testemunharei, para que ouçam? Eis que os seus ouvidos estão incircuncisos, e não podem ouvir?" ( Jr 6.10).

A condição espiritual de Israel tornou-se insustentável. O quadro de degradação moral e religiosa chegara a níveis alarmantes. Os sacerdotes e os profetas perderam a visão, adotando um comportamento abominável e perverso. Há muito deixaram de observar a lei do Altíssimo. Preferiam seguir seus próprios caminhos e ouvir seus corações enganosos a prestar atenção a bondosa voz de Deus.






Jeremias deixa claro em suas palavras que a causa da ruína de Jerusalém foi sua iniquidade, pois deixaram de praticar o bem. O seu indiferentismo é atestado pelas seguintes palavras do profeta:  " eis que os seus ouvidos estão incircuncisos"(Jr 6.10a ). A declaração demonstra a insensibilidade dos governantes,  dos religiosos e do próprio povo em dar crédito as predições judiciosas do atalaia de Deus. Haviam chegado a um grau de impiedade e impenitência tão elevadas que já não davam mais ouvidos aos vaticínios proferidos, e, nem tampouco, se mostravam dispostos ao arrependimento. O juízo estava às portas, e viria como um turbilhão insopitável na figura de Nabucodonosor.


A Bíblia assevera que encontrou-se desatino e loucura nos profetas, cada qual fazia o que bem entendia e não buscavam o que era reto. Não consideravam a justiça divina. Não se importavam em serem trazidos a juízo. Os seus corações se obscureceram, suas mentes se embotaram e tornaram-se réprobos e abomináveis prevaricando contra os céus.



O relato do desvio de Jerusalém e do seu declínio espiritual falam bem alto aos nossos corações como um aviso solene. Não deveríamos também atentar para o passado tendo em vista vivermos no presente em santo temor e tremor diante do Deus Santo. Ou permaneceremos fazendo ouvidos moucos às advertências do céu?


Tal atitude inconsequente, semelhantemente a percebida no povo judeu pós-exílio, também redundará em frutos amargos aos que a imitarem . Não existe outro caminho para se alcançar o favor divino senão o da obediência incondicional ao desígnio de Jeová. Israel provocou a ira do Senhor ao viver de modo relapso e dissoluto. Sua negligência no tocante à lei e o seu descaso para com as coisas sagradas teriam um preço elevado  que eles sentiriam na própria carne.


Mais uma vez o profeta Jeremias proclama em nome do Senhor: "Pelo que estou cheio da ira do Senhor; estou cansado de a conter. Derrama-la-ei sobre crianças pelas ruas, e nas reuniões de todos os jovens; porque até o marido com a mulher serão presos, e o velho com o decrépito. As suas casas passarão a outrem, os campos e também é também as mulheres, porque estenderei a mão contra os habitantes desta terra, diz o Senhor" ( Jr 6.11,12).


As palavras do profeta aqui encarnam o sentimento do Senhor. Seu coração arde de zelos e sua alma sente-se premida com a visão da calamidade vindoura. Tinha ciência das agruras e atrocidades que sobreviria à nação pecadora, mas tal julgamento era inexorável. Seria derramado com a impetuosidade  de um dilúvio, tão poderoso quanto o fragor das ondas do mar bravio. 


No livro das Lamentações encontramos o plangente relato do profeta diante da calamitosa situação da cidade agora sob domínio babilônico. Em sua elegia, o profeta descreve os horrores que sobrevém ao povo e a cidade. Em tom dramático, Jeremias se atém aos acontecimentos transmitindo com detalhes a ruína da filha de Sião. Vejamos: "Como se acha solitária aquela cidade dantes tão populosa! Tornou-se como viúva a que foi grande entre as nações; e princesa entre as províncias tornou-se tributária! Continuamente chora de noite, e as suas lágrimas correm pelas suas faces, não tem quem a console entre todos os seus amadores; todos os seus amigos se houveram aleivosamente com ela, tornaram-se seus inimigos" ( Lm 1.1,2). 


 O quadro de desolação pintado pelo profeta nos dá um ideia do rigor do castigo que adveio sobre Judá. A cidade transformou-se em ruínas e a sua formosura outrora decantada pelos salmistas transmudou-se em fealdade. Restava agora o lamento em decorrência do remorso que lhes carcomia a alma como um câncer. Foram avisados, mas não retrocederam. A vara agora lhes fustigava até a medula! Não encontrou consolo sequer naqueles que se diziam seus amigos, pois todos a deixaram. Tornaram-se pérfidos e desleais os que se diziam próximos. Os seus aliados, descritos como "amadores ou amantes" ( Lm 1 .1), voltaram-lhes as costas, tornaram-se inimigos. Foram postos por objeto de escárnio e assobio, um motejo entre as nações. Esses "amantes" aqui mencionados, são os seus aliados, aos quais escolheu ou preferiu no lugar do Senhor. Jeremias faz menção destes povos com que Judá adulterou usando palavras duras, leiamos: 


"Passai às terras do mar de Chipre, e vede; mandai mensageiros a Quedar, e atentai bem, e vede se jamais sucedeu cousa semelhante. Houve alguma nação que trocasse seus deuses, posto que não eram deuses? Todavia o meu povo trocou a sua Glória por aquilo que é de nenhum proveito. Espantai-vos disto, ó céus, e horrorizai-vos! Ficai estupefatos, diz o Senhor. Porque dois males cometeu o meu povo, a mim me deixaram, o manancial das águas vivas,e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retém as águas. Acaso é Israel escravo ou servo nascido em casa? Por que, pois, veio a ser presa? Os leões novos rugiram contra ele, levantaram a sua voz; da terra dele fizeram uma desolação; as suas cidades estão queimadas, e não há quem nela habite. Até os filhos de Mênfis e de Taines te passaram o alto da cabeça. Acaso tudo isto não te sucedeu por haveres deixado o Senhor teu Deus, quando te guiava pelo caminho? Agora, pois, que lucro terás indo ao Egito para beberes as águas do Nilo; ou indo à Assíria para beberes as águas do Eufrates? A tua malícia te castigará, e as tuas infidelidades te repreenderão  sabe, pois, é vê, que mau e quão amargo é deixares o Senhor teu Deus, e não teres temor de mim, diz o Senhor dos exércitos ( Jr 2. 10-19). 


 Em tom Judicioso, o profeta apresenta um libelo condenatório contra o povo apontando como causa da desgraça o desvio espiritual. Deixaram o Deus vivo para seguirem após os falsos deuses das nações. Como ele mesmo acentua em suas palavras plangentes e, perceptivelmente embargadas : " O meu povo trocou a sua Glória por aquilo que é de nenhum proveito" ( Jr 2.11 ). Estes versículos revelam a apostasia e a rejeição de Israel ao Senhor. Foram ingratos para com Santo de Israel, fazendo nenhum caso daquele que era sua única esperança. Esqueceram do pacto eterno de fidelidade de Abraão,Isaque e Jacó.

Continua...

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

PREGAÇÃO DA PALAVRA

Por Geovani F. dos Santos


No dia 17/ 01/2013, tive a honra de pregar na Assembleia de Deus, Ministério Alfa e Ômega, situada no bairro Jacaré em Cabo Frio, RJ. Na ocasião, ministrei em Romanos  6. 11-13, versando sobre a necessidade de, como diz  Paulo, considerarmo-nos mortos para o pecado, mas vivos em Deus por Cristo Jesus, nosso Senhor.



O apóstolo, neste contexto, admoesta sobre a necessidade de apresentarmos nossos membros para a prática da justiça e não da injustiça. Uma vez mortos para o pecado, precisamos produzir frutos compatíveis com esta nova dinâmica de vida. O crente é liberto para viver em novidade cotidiana, regado pelas indizíveis bênçãos celestiais e adubado pelo vigor salutar da Palavra.

O pecado não pode exercer mais o seu poder controlador e destruidor sobre nós, por que uma vez estando sobre a graça e mortos para ele, temos sua letalidade anulada pelo poder do sacrifício de Cristo no Calvário. Deixamos, pois, de ser escravos para viver na plenitude da liberdade com que Cristo nos libertou. Somos livres na maior acepção da Palavra. Livres para servir como dispenseiros e mordomos fiéis em favor do seu reino.

Discorri também, na oportunidade concedida, sobre a persistência cristã em se perseguir uma vida de santidade como requisito maior para o sucesso do crente na vida espiritual e, também,  como única salvaguarda contra as influências do mundo, da carne e do Diabo. Na Carta aos Hebreus está escrito que 'sem santidade ninguém verá o Senhor.'  Portanto, não sejamos negligentes ou relapsos no tocante à santificação, mas diligentes e conscienciosos para não sermos condenados com mundo.

O crente não pode exibir caráter ambíguo ou ambivalência comportamental, inconsistências morais ou pendores lascivos, inclinações luxuriosas ou associações duvidosas. O seu viver precisa ser marcado pela compostura, disciplina e renúncia, características marcantes de um verdadeiro atleta cristão. Paulo reforça o argumento dizendo :  "Não sabeis vós que os que correm nos estádios só um leva  o prêmio? Correi de tal forma que alcanceis. Eles correm por uma coroa corruptível; mas nós, porém, por uma incorruptível ( I Co 19.24,25).

Mais uma vez fica claro que incoerências no que respeita ao caráter santo de um cristão e ambiguidades de conduta ou como nas palavras de Elias, "um coxear de pensamento"( 1 Rs 18.21) em si só, já revelam muito o que há no coração.



Soli Deo Gloria!

domingo, 13 de janeiro de 2013

ESCRAVOS DO TEMPO

Muitos nestes dias corridos em que vivemos alegam não ter tempo para nada, são escravos do relógio. Entre uma parada e outra, em intervalos cada vez mais curtos, homens e mulheres lutam contra o cronômetro para dar conta dos seus afazeres cotidianos no trabalho ou no lar. Esta rotina estressante, fruto da modernidade, tem cobrado um alto preço de muitas pessoas, com consequências negativas para a sociedade, a família  e o país de um modo geral.




Pensava-se que com o desenvolvimento de novas ciências e, por conseguinte, com a criação de novas tecnologias a vida seria facilitada, dando ao homem a possibilidade de se ter mais tempo disponível para o lazer e a recreação. Ledo engano, o progresso tornou-se uma faca de dois gumes, ao mesmo tempo que favoreceu os indivíduos dando-lhes emancipação em algumas tarefas diárias,  por outro lado, roubou-lhes a capacidade de enxergar as coisas simples da existência, como uma abelha pousando sobre uma flor ou mesmo um pôr do sol deslumbrante num fim tarde.



sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

EXPECTANDO COM FIDELIDADE A ESPERANÇA


Por Geovani F. dos Santos


Um dia desses será o último dia da igreja na terra. Não importa se o mundo considera loucura  ou utopia, as palavras de Jesus são suficientemente  fidedignas para corroborar  nossas expectativas e cimentar nossa fé. Tudo quanto ele deixou-nos registrado acerca do Arrebatamento se resume em única sentença: "Virei outra vez" (Jo 14.3).


                                                           

Tal frase não teria valor algum se fosse proferida por um arguto escritor, um cientista renomado ou mesmo um sábio versado em todas as proficiências do conhecimento  humano. Passaria despercebida como mais uma citação entre milhões de outras que já foram registradas ao longo dos séculos como atributo do pensamento  dos homens e um contributo às  pósteras gerações.  A única diferença, no entanto, reside na constatação de que tão significante declaração foi vaticinada pelos lábios sacrossantos de Jesus, e ninguém  neste mundo, nem no mundo vindouro, tem maior autoridade do que ele para dar cimentação a tal promessa.

Muitos santos do passado viveram e morreram tendo como visão dominante o retorno do Salvador  glorificado nas nuvens  do céu para conduzi-los à Glória eterna ao se dar o  ressoar da trombeta. A igreja  primitiva nutria igual esperança e era embalada pela doce certeza do Maranata. Viviam tão  imersos em tal expectação perseverante que todos os outros alvos eram secundários. Cristo era o prêmio sobreexcelente a ser conquistado  -  o "sumum bonum" da vida.

Tal desejo não deveria ser menor na igreja hodierna. Muito mais do que eles, temos motivos de sobra para vivermos neste  anelo revigorante.  Paulo, o apóstolo dos gentios, deixou bem claro em sua epístola que a nossa salvação está, agora, muito  mais perto de nós do que quando  recebemos a fé. Equivale dizer que em pleno século XXI nós  estamos muito  próximos do seu advento e no limiar de sua manifestação.

Por isso, imbuídos de fé e esperança em Jesus, vivamos em vigilância, sempre mantendo firme no coração a certeza de que o Senhor é fiel para cumprir suas promessas. A Escritura  diz: Seja Deus verdadeiro, e todo homem  mentiroso. Este princípio nos dá substancial segurança,  como também nos motiva a trabalharmos com mais denodo, sem qualquer dilação.

Sejamos como os servos que esperam pelo seu senhor. Cuidemos bem de nossa mordomia, mantenhamos firmes nossos alicerces espirituais e não abramos mão do que é  reto, porque o Senhor saberá recompensar a lealdade de cada um de nós à altura.



SERVOS QUE ESPERAM



A postura do crente nesta última hora deve ser de prontidão. Jesus deixa claro que sua vinda será em hora incerta, num momento súbito, quando muitos não o estarão esperando. O mestre revela aos discípulos a necessidade de vigilância dada a extraordinariedade do acontecimento. Ele o faz com o intuito de adverti-los da negligência quanto à brevidade do evento e, também, para mantê-los unidos na mesma direção e propositura de espera. 
  
Jesus  categoricamente pontua que servos diligentes não devem descuidar de seu preparo espiritual. Pelo contrário, devem  estar de sobreaviso. Ele declara: " Olhai, vigiai e orai; porque não sabeis quando chegará o tempo ( Mc 13.33). Mais adiante no versículo 35, reitera: " Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá  o senhor da casa; se à  tarde, se à meia meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã (Mc 13.35). Segundo o Comentário Bíblico Pentecostal, Edições  CPAD, à página 278, esta exortação à  vigilância é inculcada  de três modos:



                       1. Os discípulos - ( e os leitores! v.37) não sabem quando o acontecimento se dará ( vv. 33,35).

                       2. Quatro vezes Jesus avisa: " olhai" (v.33a): " vigiai " ( v.33b); "vigiai " ( v.35); " vigiai " ( v. 37).

                       3. Na parábola registrada nos versículos 34 e 35, o servo está vigiando pela chegada do seu senhor, mas aquele não sabe quando este aparecerá. O resultado é um mandado de vigilância que dificilmente pode ser mais . em seu poder retórico.


Tais asserções reforçam ainda mais a urgência da prontidão em se aguardar a volta do mestre. O termo grego usado no versículo em apreço é  gregoreuo e indica a ideia de estar vigilante em estado de alerta. Paulo, em  sua carta aos Romanos, usa o termo grego apokaradokia para se referir à  expectativa da manifestação dos filhos de Deus. O sentido da expressão demonstra um olhar ansioso com o corpo esticado. Traduzido para o português como ardente expectação. Vejamos :


" Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus" ( Rm 8.19).


Todo crente deve ter esta expectação  no íntimo. Na Bíblia,  os servos bons e diligentes são distinguidos por sua perseverança e lealdade aos desígnios divinos, ao passo que os maus servos por sua intransigência e negligência  para com os mesmos. Enquanto os prudentes são solícitos  em obedecer e estão  preparados, os relapsos procrastinam demonstrando indiferentismo diante da urgência. Um exemplo disso é perceptível na parábola das dez virgens registrada por Mateus no capítulo 25.

Na passagem vê-se claramente que cinco das virgens em questão não levavam azeite reserva consigo, enquanto que cinco delas possuíam- no. Com a demora do noivo, ambas, as loucas e as prudentes tosquenejaram, sendo surpreendidas à meia-noite com o grito: " aí vem o esposo, saí-lhe   ao encontro" ( Mt 25.6).

Esta  parábola  mostra a necessidade de estarmos sempre aptos para o arrebatamento. Não podemos dormitar  como as virgens, mas estarmos preparados para ouvir a voz do noivo celestial.  O apóstolo paulo declara que nem todos dormiremos, no entanto todos serão transformados " num abrir e fechar de olhos" ante  o ressoar da trombeta de Deus ( I Co 15.52). Será um momento tão rápido e imperceptível para este mundo que o apóstolo usa o termo grego "in atomos", isto é,  um instante mais célere do que um pestanejar.

Tendo em vista a aproximação do grande dia do Senhor, procuremos viver de forma honesta e ordeira, em santo trato e piedade, até que contemplemos novos céus e nova terra nos quais habitem a justiça.



Soli Deo Gloria!

EIS O MACHADO À RAIZ DAS ÁRVORES


Por Geovani Figueiredo dos Santos





Precisamos clamar aos céus para que Deus levante nesta última hora pessoas sinceras e dedicadas com a verdade do Evangelho de Cristo. Homens e mulheres consagrados que honrem as Escrituras e não tenham medo de sofrerem represálias ou mesmo serem ridicularizados por amor a Jesus. Estamos vivendo os últimos momentos da Igreja na terra, e como dispenseiros da multiforme graça que nos foi doada pelos méritos de Cristo em Gólgota, devemos rogar a Deus que capacite arautos para esta hora de trevas que tomam conta de toda a terra. 

Como nós todos sabemos, pois isso não é mais nenhuma novidade, o mundo esta sendo preparado para a chegada do anticristo. A nossa sociedade cada vez mais vai fazendo o joguinho de Satanás em todos os aspectos. Quem não se ajustar, portanto, ao que a Bíblia diz e não amoldar sua vida e pesamento aos parâmetros divinos certamente será engodado pelo espírito do erro já atuante no mundo.
Em todas as esferas sociais mundanas e, mesmo em instituições pretensamente cristãs, percebe-se uma mudança de paradigma. As Sagrada Escrituras e os princípios judaico-cristãos já não são mais levados em consideração pelos seus líderes e liderados, prefere-se adotar um discurso politicamente correto, perversamente urdido para se evitar embates ideológicos ou doutrinários. O  que importa é a boa convivência entre as crenças, uma espécie de política de boa vizinhança, onde por respeito aos outros credos não se faz mais proselitismo. Tal discurso ecumenista e sincrético encontra eco em muitas igrejas tradicionais, e mesmo nas mais conservadoras, já se percebe uma certa frouxidão no tocante a lutar contra tais desvios. O erro entra sorrateiramente no seio da igreja e não encontra muitas resistências por parte de muitos cristãos.
Esse quadro é preocupante porque revela o quanto a cristandade perdeu o alto conceito das Escrituras e do próprio Senhor da Igreja. Demonstra também que os valores cristãos outrora defendidos com fervor pelos crentes estão sendo desconsiderados por uma nova geração que não tem compromisso com a santidade e, tampouco, com o legado apostólico. Estamos caminhando para uma apostasia declarada e flagrante. Daqui pra frente veremos o recrudescimento de atitudes cada vez mais ante-cristãs no seio da própria Igreja, que empobrece em testemunho soterrada por comportamento bizarros e abomináveis.

Podemos citar como exemplo, para efeito de comparação, a decadência da Igreja Episcopal e da Igreja Anglicana nos dias atuais. Devido a inúmeros escândalos, estas igrejas têm aparecido com frequência nas manchetes de jornais e revistas em todo o mundo. A primeira, uma das mais antigas e maiores igrejas do mundo, no passado estava fundamentada desde sua origem no ensino bíblico. Pregava o Evangelho da cruz e a Ressurreição de Cristo e os seus púlpitos eram abençoados por profetas e pregadores santos. David Wilkerson, em um de seus artigos deixa claro que a influência da Igreja episcopal  se estendia desde da Europa até à Africa e às Américas. O que se vê hoje é um completo desvio da Palavra, manifesto em comportamentos e permissividades das mais hediondas que desdoira do passado glorioso desta denominação. Vejamos:  
 
  • A denominação é uma das primeiras a ordenar um bispo homossexual.
  • Alguns líderes episcopais estão tentando “desmascarar” a divindade de Jesus.
  • Recentemente, bispos e leigos líderes afirmaram que as dioceses da igreja podiam interpretar a Trindade como lhes conviesse. Deus pode ser feminina, Jesus um pensamento amoroso, e o Espírito uma escolha individual. Isto é blasfêmia absoluta!
  • O novo bispo principal eleito é uma mulher que adotou a programação gay, e a denominação se prepara para uma divisão. Igrejas locais estão cortando os fundos, e bispos africanos já estão fartos, declarando que as igrejas americanas estão caindo em apostasia. Enquanto isso, o número de membros está a diminuir.


    Eis que o machado está à raiz das arvores


Da mesma forma, o mesmo caminho é seguido pela Igreja Anglicana na Inglaterra, que devido a sua apostasia tem sofrido um processo dramático de decadência com o encolhimento de sua membresia e com os seus prédios de séculos de história eclesiástica fechando as portas em definitivo ou sendo vendidos para fins seculares. O nome do processo segundo Wikerson é "desconsagração", isto é, o edifício antes consagrado ao culto do Senhor perde o seu caráter sagrado sendo utilizado para finalidades mundanas e profanas tais como clubes noturnos, museus de ocultismo e até mesquitas muçulmanas.

Este lamentável quadro de apostasia da igreja nos remete aquela velha frase proferida por João, o batista, que diz: 

"E também agora está posto o machado à raiz das árvores; toda a árvore, pois, que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo" ( Mt 3.10; Lc 3.9).

Creio que Deus enviará grandes juízo sobre a Igreja apóstata estes últimos dias. Uma destes juízos é a morte espiritual e o desaparecimento como se percebe em algumas igrejas que no passado eram jardins de bençãos, mas que agora se tornaram em sequidão de estio. O apóstolo Pedro declara que o julgamento vai começar primeiro por nós, igreja, para depois alcançar o mundo. Vejamos:
"Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?" ( I Pe 4.17).
  
 A consequência do desprezo à verdade será sentida por todos aqueles que devendo ser exemplos se tornaram réprobos quanto as coisas santas. Não importa se são pessoas ou instituições, todos estão sendo avaliados neste exato momento por aquele que tem "olhos como chamas de fogo"(Ap 19.12). O mesmo que diz em apocalipse: "Eu conheço as tuas obras" (Ap 2.2). Que sejamos nós diligentes e cuidadosos em preservar o que nos foi dado até que Ele volte.  


Soli Deo Gloria!

  

  

SOBRIEDADE E PRECAUÇÃO


Por Geovani F.dos Santos


Devemos nos precaver das coisas que são motivo de tropeço à  vida espiritual. O crente precisa estar em constante vigilância sempre levando em consideração que o mundo é um lugar inóspito  para os filhos de Deus. À  medida que aproxima-se nossa redenção somos instados pelas Escrituras a permanecer sóbrios, atentado sem reservas para todo o conselho de Deus.


 


O Espírito Santo, nosso Paracleto divino, nos admoesta no íntimo,  conduzindo-nos a uma vida pautada num verdadeiro andar cristão, ou seja, imaculado. Tal prerrogativa conquanto pareça utópica para muitos  crentes "incrédulos"  que desconsideram essa possibilidade, é para todo homem de fé inteiramente possível sob a égide e estrito controle do Mestre.  Os que dizem ser impossível viver nesse patamar de santidade estando  neste mundo, ainda não experimentaram toda a dimensão do novo nascimento ou, perdoem-me a franqueza, não são de fato renascidos. 
  
O crente salvo jamais duvidará dos mecanismos de ação de Deus e, tampouco, dará lugar em seu coração a incertezas ou hesitações no tocante à fé. Ele crê incondicionalmente no relato inspirado e encontra graça e inspiração  para lidar com todas as circunstâncias, sejam estas agradáveis ou não.

Vivemos  uma época em que a fé tem sido sobremodo atacada por homens que a si mesmos se intitulam sábios. Estes farsantes, como nos tempos antigos, precisam ser refutados com poder e autoridade. Lembremo-nos sempre que nós somos os detentores da verdadeira ciência, e, portanto, capazes de derrubar qualquer palavra que se eleve contra o conhecimento de Deus. Jesus disse que nos daria boca e língua quando fôssemos  conduzidos a presença dos tribunos e reis da terra. Isso quer dizer que receberemos autoridade e eloquência quando chegar a hora (Mt 10.19; Mc 13.11;   Lc 12.11). 

Tiago afirma que  a ciência deste mundo é  terrena, animal e diabólica (Tg 3.15). Não é de estranhar a forte oposição da ciência naturalista contra a Bíblia  e a fé cristã. Contudo, apesar de tais ataques, conservamo-nos firmes naquele que criou os céus e a terra. O cristão  permanece entende que esta verdade incondicional e imutável.  Por isso, afastar-se delas ou mesmo transigir  com as  ideias dos ilustrados deste mundo é cometer suicídio  espiritual, uma insanidade.

Levemos em conta que todo homem é como a flor da erva que logo passa (I Pe 1.24). Sendo assim, de que valerá suas ideias tolas quando descer à sepultura? Onde estão Voltaire, Hume, Nietzsche, Schopenhauer, dentre outros? Todos mudos, inertes, absortos em sua insignificância  pelas eras. Naquele dia se levantarão em terror, com aquela expectação horrível  de juízo (Hb 10.27), para serem lançados no lago de fogo juntamente com o maior dos rebeldes - Satanás.

domingo, 6 de janeiro de 2013

ELIAS, UM EXEMPLO DE FIDELIDADE AO DESÍGNIO DO SENHOR


Por Geovani F. dos Santos


Os homens de Deus do passado foram importantes instrumentos para consolidação dos propósitos divinos no tocante ao seu povo. A história do profeta Elias retrata bem essa declaração. Numa época dominada pela idolatria, apostasia e abandono do verdadeiro culto ao Senhor, o exemplo de fidelidade deste corajoso profeta conduz a sérias discussões sobre a conduta do crente face uma sociedade descrente, secularizada, plural e avessa aos princípios bíblicos.


                                             

O teor da mensagem de Elias e a sua ousada missão profética num momento de extrema crise econômica, social, moral e, sobretudo, espiritual foram sumamente essenciais para o retorno da nação israelita à religião pura estabelecida pela Lei de Moisés. Não há nenhum resquício de transigência do profeta com o governo corrupto de Acabe e sua malévola esposa Jezabel. O compromisso com a verdade divina estavam acima de  qualquer benesse ou prerrogativas políticas. Em outras palavras, usando um termo popular, profeta não pode ter " rabo preso". Seu ofício envolvia a denúncia do erro praticado, portando, imparcialidade, insençao e transparência eram virtudes capitais para tão espinhosa tarefa. 

Acabe, influenciado pela maquiavélica Jezabel, levara todo o povo a se afastar do Senhor. Sua perseguição implacável aos que insistiam em permanecer fiéis aos preceitos de Jeová levara muitos servos à morte. Deuses estranhos eram cultuados nos montes de Israel numa verdadeira afronta à santidade do Altíssimo. Diante de um quadro tão desanimador como esse, somente uma ação divina poderia mudar o curso dos acontecimentos. É aí que entra em cena uma das personagens mais notórias da historia de Israel - o profeta Elias. Sua missão consistia em confrontar os pecados dos governantes, conclamar o povo a se voltar à verdadeira adoração e entregar com clareza os vaticínios relacionados ao futuro da nação.