Por Geovani F. dos Santos
Em
um mundo marcado pelo ódio e o sofrimento, os que se moldam pelos padrões
bíblicos devem se pautar por uma vida de serviço ao próximo, empatia,
solidariedade e altruísmo. Características estas cada dia mais esquecidas pelas
pessoas em nossa sociedade em razão do aumento da iniquidade e do esfriamento flagrante
do amor.
É
no cotidiano da caminhada que o cristão mostra o seu trabalho e o seu
comprometimento com as boas novas do evangelho. Esse envolvimento, não
obstante, implica um engajamento apaixonado e modelado em tudo pelo exemplo de
vida daquele que veio ao mundo para servir e não para ser servido.
Jesus
deixa evidente a razão de sua vinda ao mundo para salvar os pecadores, mas um
outro sentido de seu ministério se destaca indiscutivelmente na capacidade de
servir ao próximo e de lhe dar a devida atenção. Não faltam modelos em cristo
para exemplificar tal atitude e, à cada momento, somos impactados pelo
paradigma legado pelo Mestre aos seus discípulos e, consecutivamente, aos que
iriam adiante dele com a tarefa de espalhar o evangelho ao mundo.
Indubitavelmente
está tarefa só pode ser levada à cabo se estiver envolta em amor e fé, pois o
amor dá sentido a esta missão e a fé cimenta o cumprimento desta mesma missão
haja vista que somente por ela o indivíduo pode agradar a Deus e prosseguir
adiante com o objetivo de pregar a verdade a um mundo incrédulo que pouco a
pouco se desumaniza e se torna avesso a qualquer formato de pensamento
religioso.
O
escritor de aos Hebreus deixa explicitado que “sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se
aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam”
(Hb 11.6).
Já
disse anteriormente que a fé da cimentação à ação e, por sua vez, toda a ação
para ser empreendida em Deus e para Deus deve ser realizada em fé. É algo
incondicional. Todo indivíduo que deseja realizar a obra de Deus e servi-lo a
contento deverá demonstrar uma fé inabalável na providência e cuidado divino
se, de fato, desejar agradá-lo.
Em
Abraão, o pai da nação de Israel e, também, considerado o pai dos que creem,
vemos esta disposição de confiar em Deus e trilhar os caminhos da fé sem
questionar os propósitos do Eterno. A postura de um cristão que de fato conhece
a Deus deve ser respaldada num procedimento de profunda confiança e comunhão
com o Senhor. Os que terão êxito nesta jornada serão sempre aqueles que fizerem
do Altíssimo o seu baluarte e do Espirito Santo, o seu guia.
Deixando
um pouco o palco da fé, voltemo-nos ao cenário do amor e do serviço, uma vez
que sem amor todo esforço humano não passa de ativismo cego e sem sentido. Sem
amor, o martírio é apenas suicídio despropositado, um arremedo inócuo de
engajamento. O apóstolo Paulo, sobre tão importante verdade, declara:
“E ainda que tivesse o dom de profecia,
e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé,
de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse caridade, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda
que entregasse o meu corpo para ser queimado, amor, e não tivesse caridade, nada disso
aproveitaria.” (1 Co 13.2,3).
A Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal(1995,
p.1602), editada pela Casa Publicadora
das Assembleias de Deus (CPAD), sobre o amor e o serviço cristão assevera:
“O amor é o mais importante do que todos os dons espirituais exercidos na igreja. Grande fé, atos de dedicação ou sacrifício e poder de realizar milagres têm pouco efeito se estiverem desprovidos de amor. O amor faz com que nossas ações e dons sejam úteis. Embora as pessoas tenham diferentes dons, o amor está disponível a todos.”
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