Por Geovani F. dos Santos
“Pai, a minha vontade é que onde
eu estou, estejam também comigo os que me deste, para que vejam a minha glória
que me conferiste, porque me amastes antes da fundação do mundo” (João 17.24).
A vontade do Mestre neste
fragmento textual é que os seus discípulos possam estar com ele e desfrutar de
sua comunhão íntima no reino que o Pai lhe outorgou. Jesus deseja que os seus
servos contemplem a sua glória e sejam, também participantes dos regozijos eternos que aguardam os santos no porvir. Arrington e Stronstad (2004, p. 595),
declaram: “ Jesus ora pela era da igreja até que Ele volte. Ele almeja que o
fim chegue, porque quer ter seus seguidores com Ele no céu para experimentarem
o amor glorioso e pleno que o Pai enviou”. Sabemos pela Palavra e podemos
sentir pela ação do Espírito Santo em nós que o Senhor nos anela e nos deseja
com amor paternal. Não é nenhuma novidade
quando as Escrituras afirmam que “preciosa
é à vista do Senhor a morte dos seus santos” (Salmo 119.15), e aguarda com veemência, o dia em que todos nós
estejamos unidos a Ele na Glória eternal, onde usufruiremos de toda a plenitude
do seu amor. Willian Barclay, em seu
Comentário do Novo Testamento, assevera:
Em segundo lugar, Jesus disse que desejava que seus discípulos vissem sua glória no Céu. O cristão está convencido de que participará de todas as experiências de Cristo. Se tiver que compartilhar a cruz de Cristo, também participará de sua glória. “Fiel é esta palavra: Se já morremos com ele, também viveremos com ele; se perseveramos, também com ele reinaremos; se o negamos, ele, por sua vez, nos negará. (2 Timóteo 2.11-12). Neste mundo, no melhor dos casos veem através de um vidro escuro mas então veremos face a face (1 Coríntios 13.12). A alegria que temos agora não é mais que uma débil amostra do que experimentaremos logo. Cristo promete que se compartilharmos sua glória e seus sofrimentos na Terra, participaremos de sua glória e seus triunfos quando terminar a vida sobre a terra. E que promessa maior poderíamos esperar?
O
desejo de Cristo um dia se cumprirá e a Igreja do Senhor, gloriosa, entrará na
glória sempiterna para contemplar aquele que morreu numa cruz para lhe dar a
mais alta dignificação diante dele mesmo em sua santa presença no céu. O anelo
por este dia deve fazer parte de nossa expectativa cotidiana, porque isso faz
parte da paciência dos santos. O hino 26 da Harpa Cristã, de autoria do saudoso
Emílio Conde, acentua este anelo em seus versos, vejamos:
"Quão glorioso, cristão, é pensares
na cidade que não tem igual,
onde os muros são de puro jaspe,
e as ruas de ouro e cristal;
Pensa como será glorioso
ver-se a triunfal multidão,
que cantando aguarda a chegada
dos que vencem a tribulação."
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