sábado, 17 de outubro de 2015

VIOLÊNCIA E MEDO EM ISRAEL

Por Geovani F. dos Santos

 
Em Jerusalém, o clima de violência se instalou e vem aumentando significativamente, mudando drasticamente a rotina dos moradores e de turistas que visitam os lugares turísticos da cidade santa. A crise teve início há 12 dias atrás, quando um casal de judeus foi barbaramente assassinado a tiros diante de seus filhos. Uma outra causa para o recrudescimento da violência é a acusação de que Israel estaria preparando uma mudança no acesso à mesquita de Al Aqsa, considerada o terceiro santuário mais sagrado do islamismo na velha cidade de Jerusalém.
 
Resultado de imagem para a terceira intifada

 
O governo israelense nega que vá realizar mudanças nesse aspecto, no entanto, a veiculação destes boatos já trouxe grandes problemas ao cotidiano da cidade e a segurança dos seus habitantes e turistas. Segundo a polícia israelense, cinco suspeitos foram detidos pela participação no assassinato dos dois colonos, que, de acordo com a inteligência de Israel, fariam parte de uma célula do Hamas, grupo religioso radical islâmico, pró-palestino, responsável por inúmeros atentados contra o Estado Judeu.

Nos dias que se seguiram mais quatro judeus foram assassinados à facadas e cerca de 23 palestinos, acusados de perpetrar os ataques, foram mortos em Jerusalém, Cisjordânia, faixa de Gaza e em outras cidades israelenses. Em contrapartida, o governo de Israel anunciou que vai punir com uma pena mínima de 4 anos de prisão aos que forem apanhados lançando pedras ou bombas. A medida é uma ação emergente que tem como finalidade dar tempo para uma análise mais adequada da situação e a posterior adoção de sanções mais rígidas contra os transgressores.

Em artigo publicado pelo jornal britânico The Guardian, o líder palestino Marwan Burghouti, preso na prisão israelense de Hadarim, desde 2012, quando foi acusado e condenado por cinco assassinatos, escreveu exortando o povo palestino a lutar contra as raízes da violência entre judeus e palestinos – a negação da liberdade palestina. Marwan deixou bem claro que o conflito entre os dois povos está prestes a se tornar uma guerra sem fim e, que, a nova geração de palestinos não espera mais por conversas de reconciliação, assumindo uma postura mais beligerante para atingir os seus objetivos.

Fica claro, neste artigo, que as intenções de Marwan não estão apenas voltadas para a liberdade do seu povo; mas, também, de certo modo, inculcar nos jovens palestinos o ódio declarado aos Judeus. A luta palestina não se restringe apenas a questões territoriais e ultrapassa definitivamente todas as possibilidades de uma negociação pacífica com Israel. Embora poucos se atenham a esta verdade e prefiram acreditar na mentira palestina, o fato é que está em orquestração toda uma tentativa de causar perturbação e mais violência ao cenário já tão conturbado da palestina e, que, recrudescerá cada vez mais aos fins dos tempos até que haja uma intervenção do céu para pôr fim a este palco de barbáries.

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