Por Geovani F. dos Santos
Em
Jerusalém, o clima de violência se instalou e vem aumentando
significativamente, mudando drasticamente a rotina dos moradores e de turistas
que visitam os lugares turísticos da cidade santa. A crise teve início há 12
dias atrás, quando um casal de judeus foi barbaramente assassinado a tiros
diante de seus filhos. Uma outra causa para o recrudescimento da violência é a
acusação de que Israel estaria preparando uma mudança no acesso à mesquita de
Al Aqsa, considerada o terceiro santuário mais sagrado do islamismo na velha
cidade de Jerusalém.
O
governo israelense nega que vá realizar mudanças nesse aspecto, no entanto, a
veiculação destes boatos já trouxe grandes problemas ao cotidiano da cidade e a
segurança dos seus habitantes e turistas. Segundo a polícia israelense, cinco
suspeitos foram detidos pela participação no assassinato dos dois colonos, que,
de acordo com a inteligência de Israel, fariam parte de uma célula do Hamas,
grupo religioso radical islâmico, pró-palestino, responsável por inúmeros atentados
contra o Estado Judeu.
Nos
dias que se seguiram mais quatro judeus foram assassinados à facadas e cerca de
23 palestinos, acusados de perpetrar os ataques, foram mortos em Jerusalém,
Cisjordânia, faixa de Gaza e em outras cidades israelenses. Em contrapartida, o
governo de Israel anunciou que vai punir com uma pena mínima de 4 anos de
prisão aos que forem apanhados lançando pedras ou bombas. A medida é uma ação
emergente que tem como finalidade dar tempo para uma análise mais adequada da
situação e a posterior adoção de sanções mais rígidas contra os transgressores.
Em
artigo publicado pelo jornal britânico The Guardian, o líder palestino Marwan
Burghouti, preso na prisão israelense de Hadarim, desde 2012, quando foi
acusado e condenado por cinco assassinatos, escreveu exortando o povo palestino
a lutar contra as raízes da violência entre judeus e palestinos – a negação da
liberdade palestina. Marwan deixou bem claro que o conflito entre os dois povos
está prestes a se tornar uma guerra sem fim e, que, a nova geração de
palestinos não espera mais por conversas de reconciliação, assumindo uma
postura mais beligerante para atingir os seus objetivos.
Fica
claro, neste artigo, que as intenções de Marwan não estão apenas voltadas para
a liberdade do seu povo; mas, também, de certo modo, inculcar nos jovens
palestinos o ódio declarado aos Judeus. A luta palestina não se restringe
apenas a questões territoriais e ultrapassa definitivamente todas as
possibilidades de uma negociação pacífica com Israel. Embora poucos se atenham
a esta verdade e prefiram acreditar na mentira palestina, o fato é que está em
orquestração toda uma tentativa de causar perturbação e mais violência ao
cenário já tão conturbado da palestina e, que, recrudescerá cada vez mais aos
fins dos tempos até que haja uma intervenção do céu para pôr fim a este palco
de barbáries.
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