quarta-feira, 28 de outubro de 2015

UMA ODE À CABO FRIO

Por Geovani Santos

 

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De lidas e de sinas diversas
És terra de pendores altivos
Do teu solo o orvalho goteja
Que revigora o teu chão nativo
 
Outrora, foste palco de cenários relicários
De sons altissonantes e fragores intensos
Aos forasteiros te tornaste corolário
De alegrias, venturas e brios imensos
 
Tuas dunas quais colossos
Misturam-se em dança perene, constante...
O teu céu de anil faz brilhar os meus olhos
Que se ofuscam em cores vibrantes
 
Do teu povo vê-se a mistura
Dos traços ancestrais da miscigenação
São os entrelaços da cultura
Mosaicos de celebração
 
Tu és terra de caiçaras corajosos
Desbravadores dos abismos de água
Mostram-se fortes, impávidos
Atentos, firmes em sua saga 
 
 
Não se pode esquecer o poeta
Que em sonhos em estros repousa
Rodeado de um jardim de letras
Descansa em paz Teixeira e Souza
 
Se faz aqui tecer loas
Aos nossos mestres castiços
Seus nomes pelo tempo ecoas
No verso imortal de Vitorino Carriço
 
Oh! Quem me dera recontar-lhe os anos
Nesta vereda de caminhos ínvios
Onde repousam em eterno sono
O labor de negros, brancos e índios
 
Minha cidade é uma aquarela
Uma bela pintura, assaz
Que permaneça pelas eras
Sempre bela num remanso de paz
 
O seu encanto se encima
Desde o Pontal do Peró à Ilha do Japonês
Nos seus morros onde cantam rolinhas
Testemunhas do que se fez
 
Os teus anos não te dissolvem
Na marcha de desenvolvimento humano
Cabo Frio continua jovem
Embalado por seus 400 anos!





 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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