terça-feira, 15 de dezembro de 2015

UM CHAMADO À FÉ E À OBEDIÊNCIA

Por Geovani F.dos Santos


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"Noé creu em Deus e confiou nele em uma época marcada pela iniquidade e a perversão absolutas. O tempo de Noé é análogo ao nosso, repleto de malignidades e imagens lamentáveis de apostasia desenfreada que só tende a aumentar  à  medida que o Dia do Senhor se aproxima. O que caracterizou a vida do patriarca foi uma obediência incondicional à vontade divina e uma  retidão que o distinguiu dos demais habitantes antediluvianos. 

Em Hebreus 11.7 está escrito que ele  "divinamente avisado das coisas que ainda não se viam, em santo temor, construiu uma arca para salvação da sua família. Pela fé condenou o mundo e tornou-se herdeiro da justiça que vem da fé". Observe que uma minoria entra na arca, os demais preferem ignorar a voz do justo Noé e enfrentar os rigores do juízo divino. Certa feita, perguntaram a Jesus: Mestre, são poucos os que são salvos? Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão ( Lucas 13.23,24). Pense nisso! 

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A AGRESSÃO IMIGRATÓRIA ISLÂMICA DA TURQUIA CONTRA O OCIDENTE



Por Gregg Roman e Gary C. Gambill



Durante meses, os políticos ocidentais estão agonizando sobre o que fazer com as massas de imigrantes muçulmanos sunitas que estão inundando a Europa em barcos, principalmente sírios. Em grande parte ausente dessa discussão está a pergunta da razão por que esse dilúvio está acontecendo.

Para começar, não tem muito a ver diretamente com a guerra civil na Síria ou o surgimento do ISIS. A vasta maioria dos 886.662 imigrantes que entraram ilegalmente na Europa neste ano embarcaram na Turquia, um pouco mais da metade deles eram sírios que já eram refugiados na Turquia há quatro anos. “Autoridades da UE [União Europeia] disseram… que o governo turco era muito eficaz, nos anos anteriores, em impedir que os refugiados saíssem da Turquia,” de acordo com o jornal Wall Street Journal.

O que causou o aumento forte na imigração é que o governo turco parou de contê-la. Nos anos recentes, o governo turco vem permitindo que traficantes humanos expandam vastamente suas operações, abaixando dez vezes menos os preços (de 10.000 a 12.000 dólares por pessoa no ano passado para cerca de 1.250 dólares hoje, de acordo com um relatório). Isso produziu o que o jornal New York Times chama de uma “economia de mercado negro multimilionária” que lucra do tráfico, desde os contrabandistas até os fabricantes de balsas infláveis baratas, coletes salva-vidas e outros equipamentos.

No início deste ano, havia ficado mais fácil e barato do que nunca antes entrar ilegalmente na Europa por meio da Turquia, e mais pessoas estão tirando vantagem da oportunidade que o governo turco criou.

Então, por que o presidente turco Recep Tayyip Erdogan abriu a porteira? Em poucas palavras, para extrair concessões financeiras, políticas e estratégicas dos governos europeus em troca do fechamento da porteira.

O governo turco não tem tido nenhuma vergonha de pedir dinheiro durante o curso de suas negociações com autoridades da UE em semanas recentes. Em 29 de novembro a UE concordou em dar para a Turquia uma “ajuda inicial” de 3,19 bilhões de dólares e acelerar o pedido turco de se unir a UE em troca de promessas turcas de patrulhar melhor seus litorais.
Erdogan também usou a crise para gerar apoio político externo antes das eleições rápidas em 1 de novembro, essencialmente uma repetição das eleições de junho de 2015 que viu o partido AKP perder sua maioria parlamentar pela primeira vez. Embora o protocolo diplomático ocidental desaprove visitas estatais durante a época da eleição, a chanceler alemã Angela Merkel visitou Istambul para reuniões de alto nível com Erdogan e o primeiro-ministro Ahmet Davutoglu apenas duas semanas antes da votação. A Comissão Europeia adiou a divulgação de um relatório que explica em detalhe a erosão do Estado Democrático de Direito, a liberdade de expressão e a independência judicial na Turquia até depois da eleição a fim de, de acordo com a Reuters, “evitar antagonizar” o presidente da Turquia.

Talvez o mais preocupante é o fato de que a Turquia está buscando compensações financeiras por sua agressão imigratória à Europa. Numa carta enviada aos líderes europeus na cúpula de imigração da UE em 23 de setembro, Davutoglu propôs a criação de uma “zona segura” e uma zona de proibição de voos sob controle dos EUA que se estendesse desde a fronteira turca até 80 km dentro do norte da Síria, onde seu governo tem apoiado uma variedade de insurgentes islâmicos sunitas contra o exército sírio e os curdos locais.

Embora o começo da intervenção militar russa na Síria em 30 de setembro tivesse dado um basta nessa fantasia por enquanto (o que talvez explique por que os turcos foram tão rápidos para puxar o gatilho e abater um avião russo que violou de leve seu espaço aéreo em 24 de novembro), pode apostar que Erdogan usará a crise imigratória para pressionar o Ocidente a apoiar suas ambições na Síria.

Se tudo isso parece familiar, é porque o falecido líder líbio Muammar Gaddafi costumava fazer o mesmo jogo, abrindo e fechando a porteira da imigração ilegal de africanos para a Europa como um meio de extrair concessões. A questão mais problemática, então e agora, não é o que fazer com os imigrantes, mas o que fazer com um governo que de forma tão cruel manipula as massas de seres humanos oprimidos como tática de pressão diplomática.
Nisso há espaço para debate. Mas o primeiro passo para se fazer algo sobre isso é chamar Erdogan do que ele é — perigoso e manipulador. Ele não é amigo dos líderes ocidentais. Contudo, depois da reunião com Erdogan em Paris na terça-feira, o presidente Obama louvou a Turquia por ser “extraordinariamente generosa no que se refere ao seu apoio aos refugiados.”

O próximo passo, em vez de subornar a Turquia com pagamentos de resgates para encerrar a imigração de refugiados da Síria e Oriente Médio para o Ocidente, o Ocidente deveria fazer o feitiço virar contra o feiticeiro — o governo turco. A perda potencial de apoio ocidental à Turquia enquanto lida com a Rússia e o ISIS deveria ser o alerta de desastre iminente, convencendo Erdogan a conter a crise de refugiados.


O apoio material ocidental à Turquia deveria ser cortado totalmente a menos que o governo turco acabe com a crise de refugiados que o próprio governo turco está fabricando e comece a trazer estabilidade para a região. É oportuno que uma antiga tragédia grega perturbe a atual realidade calamitosa criada pelos turcos.



Fonte: www.juliosevero.com

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

NÃO PRESUMAIS DO AMANHÃ


Por  Geovani F. dos Santos



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Provérbios deixa claro: "Não presumir sobre o amanhã".  A vida é um sopro ligeiro e tão fugaz como a neblina pela manhã, por isso, deve ser vivida com entendimento e, sobretudo, com temor a Deus. O fato de estarmos no mundo é uma dádiva de Deus. O ato de respirar e de poder enxergar a beleza da existência, constitui-se num grande e maravilhoso aspecto da providência a todos nós seres humanos. Devemos entender isso como um presente magnânimo do Eterno. Portanto, não desperdicemos o nosso tempo com frugalidades inúteis, pois tudo o que fizermos debaixo do sol, Deus nos pedirá contas.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

TEMER ESTÁ PINTADO PARA GUERRA


Por ELIO GASPARI 







Quando Dilma Rousseff disse “confio e sempre confiei” no vice-presidente Michel Temer, pois “não tem que desconfiar dele um milímetro”, sabia que essa era uma construção da realidade própria na qual é capaz de viver. Nela, doutorou-se em Economia pela Universidade de Campinas, foi presa por delito de opinião e, como se sabe, o país vive o momento da “Pátria Educadora”.

As pedaladas fiscais foram uma mentira contábil, o trem-bala e a ferrovia chinesa que uniria o Atlântico ao Pacífico foram delírios palacianos. Mesmo admitindo-se que todos os governos mentem, o perigo não está apenas nas patranhas, mas no mentiroso que acredita no que diz ou se julga livre para dizer qualquer coisa, dando por entendido que se deve acreditar nele.

Enquanto a doutora derramava sua confiança em Michel Temer, estava a caminho do Planalto uma carta do vice-presidente na qual, fugindo ao seu estilo aveludado, disse o seguinte: “Sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã”.

Dizer que essa é uma carta de rompimento é pouco. Temer pintou-se para a guerra e tornou-se, ao lado do deputado Eduardo Cunha, o principal estímulo ao impedimento da doutora. Já houve caso de vice-presidente (Aureliano Chaves) que, conversando com outra pessoa (o general Ivan Mendes), ameaçou meter a mão na cara do titular (João Baptista Figueiredo). Carta como a de Temer é coisa que nunca se viu.

Pode-se pensar o que se queira de Temer, mas deve-se reconhecer que ele listou fielmente oito episódios em que foi maltratado pela doutora. No mais grotesco, a falta de confiança foi explicitada quando ela puxou-lhe o tapete depois de pedir-lhe que assumisse a coordenação política do governo. Vale lembrar que Temer não precisava do lugar, e a manobra poderia ter dado certo, estabilizando o governo. No episódio mais ridículo, Dilma permitiu na semana passada que o comissariado do Planalto divulgasse uma versão falsa do teor de uma conversa que os dois tiveram. Nela Temer teria oferecido seus préstimos para deter o processo de impedimento. Era mentira. Seria injusto atribuir todas essas situações à doutora. O bunker petista do Planalto também opera num mundo próprio.

A queixa central de Temer está na hostilidade do comissariado para com o PMDB. É esse o nó que Dilma amarrou ao próprio pescoço. Logo depois de reeleita, ela aceitou a formulação de que o governo podia se afastar do valioso aliado. Isso seria possível, assim como seria possível eleger o petista Arlindo Chinaglia para a presidência da Câmara, derrotando Eduardo Cunha. Deu no que deu.

Desde agosto, quando Temer disse que se fazia necessário buscar “alguém” que tivesse “a capacidade de reunificar a todos”, Dilma passou a desconfiar quilômetros de seu vice. Os dois dançaram uma coreografia da enganação, com Temer esclarecendo que fora mal interpretado, e ela aceitando a explicação pois, mais uma vez, a culpa teria sido da imprensa.

Depois da carta de Temer, não se pode mais falar que há uma conspiração contra a permanência de Dilma Rousseff na Presidência. O processo para que a Câmara vote sua deposição segue o ritual do regimento, e o vice-presidente da República assumiu a condição de pretendente ao trono.



Fonte: O Globo

sábado, 5 de dezembro de 2015

OS DIAS FINAIS E OS SINAIS DOS TEMPOS

Por Geovani F.dos Santos



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Estive pensando nos últimos acontecimentos ocorridos no Brasil e no mundo. Fiquei a ponderar sobre a dinâmica destes eventos, bem com a sua simultaneidade. Dia desses, estava conversando sobre este mesmo assunto com um amado irmão. Na conversa, incluímos exatamente essa questão “escatológica” que permanece uma constante nestes dias carregados de “más notícias” e eventos trágicos. No momento em que escrevo, vêm-me à memória, como num lampejo ou insight, as categóricas palavras do apóstolo Paulo sobre os “dias trabalhosos”, os quais antecederiam a volta do Messias. Paulo declara:

“Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te (2 Timóteo 3.1-5).

O apóstolo, no texto acima, não está falando dos seus dias ou da época em que viveu. Embora o mal já estivesse recrudescendo drasticamente naquele tempo, as palavras do pregador aos gentios não se dirigiam necessariamente aos seus contemporâneos. Eram palavras proféticas que tinham uma dupla diretiva , mas que seriam melhor aplicadas a uma era posterior, antes da iminente Volta do Senhor, quando o mundo passaria por um transe agudo sem precedentes em toda a história.

Os dias descritos pelo apóstolo “caem como uma luva” sobre este século em que vivemos, onde se vê um ampliado aumento de todo o tipo de malignidades e afrontas contra Deus. Não é debalde, que o escritor Norbert Lieth, em artigo, declarou que “as fronteiras de Sodoma e Gomorra já foram ultrapassadas há muito tempo. Isso implica dizer que as trevas pecaminosas em que estas cidades estavam mergulhadas, são “fichinha” se comparados aos tempos pós-modernos em que atravessamos. Os claros indícios disso são perceptíveis nas sociedades, as quais se abriram para toda sorte de abominações e iniquidades que trarão consequências destruidoras às nações, haja vista atrairão a ira do Deus Santo às suas condutas reprováveis.

Assim como no passado, os homens hodiernos permanecem em sua pertinácia contra os céus, não dando o braço a torcer e, tampouco, arrependendo-se de suas atitudes ímpias. O escritor de Provérbios assevera que os homens não aceitaram os conselhos de Deus e desprezaram a sua repreensão (Provérbios 1.30). Enquanto deveriam ser “prudentes” e “deixarem-se instruir” (Salmo 2.10), avançam em sua obstinação, ignorando o dia do acerto de contas.

O resultado da apostasia é evidente e os homens não se dão conta de que todo o desequilíbrio existente neste mundo é produto do pecado praticado e da ausência de reconhecimento da existência de um Deus real, que exige das suas criaturas um padrão de moralidade compatível com as Sagrada Escrituras. À medida que o homem se afasta de Deus e adota uma ideário de vida “libertino” destituído dos princípios judaico-cristãos, abre as portas para um viver sem limites onde não existem absolutos morais, e, portanto, tudo é permitido.

A nossa sociedade “sofisticada e independente” sorve a longos haustos do veneno da serpente, que em sua franca oposição ao Altíssimo, continua espalhando a rebelião no mundo. No entanto, sabe-se que os dias deste império sinistro estão contados e o sistema político mundial entrará em colapso total, até que seja por fim destruído pela VINDA DE NOSSO GRANDE DEUS E SALVADOR CRISTO JESUS. “Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre" (Daniel 2:44).


sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

QUATRO DICAS PARA SOBREVIVER À INSÔNIA




1. Siga a Rotina

Saia da cama no horário de costume e faça a programação normal. Comece o dia com algum exercício, faça refeições regulares. Uma ou duas xícaras de chá verde podem ajudar, com apenas 1/5 da cafeína de uma xícara de café, além de ter L-teanina, um composto naturalmente calmante. E mantenha-se hidratado.

2. Vá com o fluxo

Como todas as coisas vivas, os seres humanos são biologicamente programados para ciclos de energia e descanso ao longo do dia. Nossos níveis de energia variam — mesmo depois de uma boa noite de sono. Resistindo às ondas de cansaço, você só vai desperdiçar energia.

3.Ilumine o dia

Exponha-se à luz do raiar do dia por 30 minutos. A luz da manhã energiza e melhora o humor, aumentando os níveis de serotonina, além de redefinir o nosso relógio circadiano, contribuindo para um sono melhor no futuro. Se você não pode sair, deixe que a luz entre no ambiente em que você estiver.

4.Evite altos e baixos

Fique longe de picos de energia causados por excesso de cafeína, energéticos ou carboidratos. Eles aumentam temporariamente a energia, esses recursos desencadeiam um rebote de sonolência. Evite consumir álcool antes de dormir para preservar a qualidade do sono.


Fonte: O Globo

DILMA E O IMPEACHMENT



   
  Fonte: Folha de São Paulo                               
                                

PESADELO AMERICANO






-SAN BERNARDINO, EUA- As investigações sobre a chacina realizada na quarta-feira, na cidade de San Bernardino, no Sul da Califórnia, apontam para um possível caso de terrorismo cometido pelo casal identificado como Syed Rizwan Farook, de 28 anos, e Tashfeen Malik, 27. Apesar de oficialmente o FBI (a polícia federal dos Estados Unidos) afirmar não ser ainda possível confirmar a motivação do crime, agentes explicaram que a possibilidade foi levantada após evidências de que ele esteve em contato, durante vários anos, com extremistas islâmicos dentro e fora dos Estados Unidos. Além disso, um arsenal com mais de cinco mil cartuchos para pistolas, rifles e fuzis, além de 12 bombas caseiras, foi encontrado na residência do casal responsável pelo massacre. Também havia no local ferramentas e material para fabricar mais artefatos explosivos. Com 14 mortos e 21 feridos, a chacina foi uma das sete maiores de toda a História dos EUA.

Ontem pela manhã, na Casa Branca, o presidente Barack Obama pediu cautela sobre especulações em relação à motivação, mas, como os agentes dos FBI, também falou na possibilidade de a matança ter sido um atentado terrorista:

— É possível que esteja relacionado com terrorismo, mas nós não sabemos. E também é possível que esteja relacionado ao ambiente de trabalho — afirmou Obama, que desde a época em que era senador já fez pelo menos 16 discursos e pronunciamentos importantes sobre controle de armas. — Até o momento, ainda não sabemos por que ocorreu esse terrível incidente. Nós sabemos que aqueles dois indivíduos que mataram estavam com armas e tinham armamento adicional em casa. Mas não sabemos por que fizeram isso.

De acordo com agentes do FBI, Syed Farook esteve em contato inclusive com uma pessoa nos EUA que era investigada pelas autoridades federais por suspeita de terrorismo nos últimos anos. O casal de atiradores foi morto horas após a chacina, em troca de tiros com policiais num subúrbio de San Bernardino, quando fugia numa caminhonete preta alugada antes do crime.

— Nós não sabemos o motivo. Esta é a grande questão para nós: qual foi a motivação para isso? — indagou o diretor-assistente do FBI em Los Angeles, David Bowdich, em entrevista coletiva.


‘OBVIAMENTE, HAVIA UMA MISSÃO’, DIZ FBI


O chefe de polícia local, Jarrod Burguan, também disse que não sabia o que levou o casal a cometer os assassinatos, mas que poderiam ter matado mais se tivessem sobrevivido, ao se referir não somente ao arsenal na residência deles, mas também a outros cerca de 1.600 cartuchos encontrados com a dupla. Três bombas caseiras foram deixadas no prédio atacado, o Inland Regional Center, um centro de auxílio a pessoas com deficiências no desenvolvimento mental, onde Farook trabalhava havia cinco anos. Os artefatos estavam prontos para detonação por controle remoto, e foram explodidos pelo esquadrão antibombas. O casal usou na chacina dois fuzis e duas pistolas, comprados legalmente.

— Se você observar o óbvio pré-planejamento que fizeram, a quantidade de armamentos e munições, havia, obviamente, uma missão aqui — acrescentou Bowdich. — Mas não sabemos se este (o Inland Regional Center) era o alvo original ou se algo ocorreu para ter desencadeado a ação.

Patrick Baccari, colega de trabalho de Farook, disse que estava sentado à mesma mesa do atirador durante uma confraternização de fim de ano no centro, quando ele “desapareceu de repente”. Há relatos de que teria saído “aborrecido”. Baccari disse que, quando Farook voltou com a mulher e começou o tiroteio, ele ficou escondido num banheiro e sofreu ferimentos leves por estilhaços que atravessaram a parede.

— Se não tivesse ido ao banheiro, provavelmente estaria no chão, morto — contou Baccari, acrescentando que o tiroteio durou cinco minutos.

Farook foi descrito pelo colega de trabalho como reservado, e disse ainda não ter notado sinais de comportamento incomum.

— No início do ano, ele viajou para a Arábia Saudita, por cerca de um mês, e voltou com uma mulher. Depois, deixou a barba crescer — complementou Baccari.

Já Kuuleme Stephens perdeu o amigo Nicholas Thalasinos, de 52 anos, no tiroteio. Em entrevista à revista “Time”, ela contou que Thalasinos lhe revelou que tivera uma discussão com Farook duas semanas antes da chacina, em que o autor do massacre disse que o Islã era pacífico e que os americanos não compreendiam a religião. Segundo Kuuleme, ambos trabalhavam juntos e, regularmente, discutiam política e religião — Thalasinos era judeu e contundente defensor das causas pró-Israel. A mulher de Thalasinos confirmou que o marido já mencionara Farook, mas nunca negativamente.

Por sua vez, um dos imãs da mesquita Dar Al Uloom Al Islamiyah, em San Bernardino, que era frequentada por Farook, afirmou não ter detectado sinais de radicalização no atirador nas últimas semanas. O imã Mahmood Nadvi, de 39 anos, encarregado de conduzir as leituras na mesquita, condenou a chacina.

— Os atos que vimos não representam o que diz o Alcorão: mataram irmãos e irmãs.

De acordo com os registros do divórcio dos pais de Farook, o atirador cresceu numa família marcada pela violência, com a mãe acusando o pai de ser violento e alcoólatra. A mãe de Farook, Rafia Sultana, alegou, em 2006, que o marido, também chamado Syed, a agredira enquanto os filhos estavam presentes, chegando a atirar um aparelho de TV contra ela e a jogando contra um carro. Rafia também relatou ter sido forçada a sair de casa com três dos filhos porque o marido a assediava “verbal e fisicamente, e se recusou a sair de casa”.

Farook tinha ascendência paquistanesa e, num site de relacionamentos, ele se descreveu como de “família religiosa, mas moderna”. Segundo a investigação do FBI, ele fez duas viagens à Arábia Saudita, em 2013 e 2014, para o Hajj, a tradicional peregrinação que muçulmanos devem fazer ao menos uma vez na vida. Na segunda vez, voltou com a mulher, Tashfeen Malik, paquistanesa, que conhecera por rede social. Segundo o FBI, não se sabe ainda se os dois passaram por outros países na viagem. Antes de saírem para cometer a chacina, deixaram a filha, de apenas 6 meses, com a mãe dele, alegando que iam a uma consulta médica.


Fonte: O GLOBO

LEGALIDADE E LEGITIMIDADE



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A aceitação pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de um dos pedidos de impeachment contra a presidente Dilma é o desfecho de um enredo que se desenrola desde que o deputado venceu PT e Planalto na eleição para conduzir a Casa. Já atingido pelo que emanava da Operação Lava-Jato, Cunha, como é do seu estilo, não teria pudor em usar todos os recursos do cargo para se defender, contingência que passaria a ser aproveitada pela oposição para tentar defenestrar Dilma antes de 2018. Um jogo de interesses, sem ética.

Munição não faltaria. A começar pela aguda impopularidade de Dilma, construída na campanha para a reeleição, em que a petista cometeu flagrante estelionato com os eleitores, ao acenar com um segundo governo de leite e mel, quando a crise causada por sua própria política econômica já evoluía. Mas baixa popularidade e incompetência não justificam impeachment. São questões a serem resolvidas pelas urnas.

A alternativa encontrada por Eduardo Cunha, bastante manchado por delações premiadas feitas na Operação Lava-Jato e a comprovação de contas na Suíça não declaradas à Receita, foi usar como arma de defesa e chantagem um pedido de impeachment de Dilma encaminhado pelos juristas Hélio Bicudo, fundador dissidente do PT, Miguel Reale Jr., ministro da Justiça de FH, e Janaína Paschoal, professora da USP. Inicialmente apresentado com base em supostos crimes de responsabilidade cometidos no não cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal no primeiro mandato de Dilma, os autores revisaram o texto, aconselhados pelo próprio Cunha, para embasá-lo em alegadas provas da continuidade desses crimes em 2015, de acordo com o entendimento do corpo técnico do Tribunal de Contas. Dessa forma, dribla-se o dispositivo constitucional, de antes do estabelecimento da reeleição, de que presidente só pode ser acusado de crimes cometidos enquanto exerce o mandato. Numa interpretação literal, Dilma não poderia ser denunciada por fatos ocorridos até dezembro de 2014. Ou este ponto teria, antes, de ser resolvido pelo Supremo, num certamente demorado debate, enquanto o país se angustia devido à paralisia generalizada.

Sem considerar o mérito da argumentação do pedido dos juristas, a decisão tomada na tarde de quarta-feira por Eduardo Cunha carrega um sinal reluzente de vingança. Desde que assumiu a presidência da Casa, o deputado se manteve distante do Planalto até se declarar em “oposição” ao governo, em julho, logo depois de o lobista Júlio Camargo denunciá-lo na Lava-Jato por ter recebido propina de uma das negociatas feitas na Petrobras, no bojo do esquema lulopetista do petrolão. Como sempre tem reagido nas revelações sobre sua participação em traficâncias financeiras no submundo da política, Cunha contra-atacou, acusando o Planalto de se mancomunar com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra ele. Mas não rebateu as acusações com provas.

A instalação do processo de impeachment culmina intensas barganhas de Cunha, PT e governo sobre os três votos petistas no Conselho de Ética em torno da acusação de quebra de decoro contra o presidente da Câmara, por ter mentido perante a última CPI da Petrobras, na sua instalação, ao garantir não possuir contas no exterior. E possuía. O presidente da Câmara contava com os votos do PT, garantidos a ele pelo governo. Mas o partido não aceitou o arreglo e, cinco horas após os deputados garantirem os votos contra o presidente da Casa, Cunha anunciou a concordância com o pedido de processo de impeachment, registrando, de maneira sintomática, que não praticava qualquer “ato de vingança”. Estava evidente que era vingança, mas agora isto é passado. Há evidências de que o ato do presidente da Câmara carrega sérios desvios de legitimidade. Mesmo Bicudo, um dos autores do pedido, disse que Eduardo Cunha “escreve certo por linhas tortas, porque ele usou o impeachment o tempo todo como instrumento de barganha”. No pronunciamento que fez no final da tarde na própria quarta no Planalto, Dilma preferiu atacar a pessoa de Cunha: “Não possuo conta no exterior, nem ocultei do conhecimento público a existência de bens pessoais.”

Mas importa agora é tratar do mérito do pedido do impedimento e zelar pelo cumprimento dos ritos estabelecidos por regimentos, leis e dispositivos constitucionais. Incomoda que o vetor da reclamação contra a presidente seja um parlamentar com folha corrida reprovável, que usa o caso como retaliação ao Planalto. Ministros do Supremo consideravam, também na quarta-feira, que o melhor seria que não estivesse na presidência da Casa alguém como Eduardo Cunha, já denunciado à Corte, devido à Lava-Jato, pela Procuradoria-Geral da República. Alguns deles, porém, registravam que Eduardo Cunha cumpria com prerrogativas do cargo ao dar sinal verde ao processo de impeachment. Reclamações ao STF contra o ato em si do presidente da Câmara não deverão, portanto, prosperar. Além disso, está garantida a não interferência do presidente da Casa, não importa quem ele seja, na tramitação do processo, todo ele conduzido por colegiados.

Importante é que as instituições atuem para garantir a legalidade de toda a tramitação, sem atropelos. Neste sentido, fica prejudicada a clássica denúncia de “golpe” que começou a ser feita por petistas a qualquer crítica mais veemente da oposição. As denúncias aumentavam enquanto a situação da presidente Dilma se fragilizava, à medida que a Lava-Jato entrava principalmente nos meandros do financiamento da campanha à reeleição com recursos desviados da Petrobras para empreiteiras do esquema do petrolão. A Justiça Eleitoral teria sido usada “como lavanderia” de dinheiro da corrupção, assunto a ser julgado pelo TSE.

O país volta a debater um impeachment de presidente 23 anos depois do afastamento de Collor. À época, chegou a haver algum temor com a estabilidade institucional. Nada aconteceu de negativo, e as instituições republicanas, reconstruídas depois da ditadura militar encerrada havia apenas sete anos, resistiram e se fortaleceram. Hoje, o cenário é ainda mais tranquilo. Iniciado o rito do processo, há a esperança de que, independentemente do desfecho, ele consiga romper a preocupante paralisia que tomou conta do país, em função das incertezas. Definir o futuro político do governo Dilma será algo positivo.


Fonte: O GLOBO