TRANSCRIÇÃO DA MENSAGEM PREGADA POR MIM NO DOMINGO 16/03/2014, NO TEMPLO DA ASSEMBLÉIA DE DEUS ( MINISTÉRIO PORTA FORMOSA) EM CABO FRIO, RJ.
"Eu gostaria de saudar a Igreja, mais uma vez, com a paz de nosso Senhor Jesus Cristo!
Meus amados irmãos, eu estou feliz porque Deus tem sido a nossa fortaleza nestes dias difíceis. Ele tem sustentado a nossa fé e enchido-nos de esperança a despeito de todas as adversidades que tenhamos enfrentado nesta vida.
A Bíblia diz que os santos foram chamados para enfrentar as adversidades, mas enfrentá-las tendo sempre o amparo divino. Tendo sempre o auxílio do alto! Afim de dar o amparo necessário para que não sucumbam às ondas procelosas que se levantam no mar desta existência temporal.
Temos ainda a promessa do próprio Jesus, a qual é um lenitivo para nossas almas. Jesus disse: " Eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" ( Mt 28.20).
São palavras consoladoras do Mestre. Ele disse que não nos deixaria órfãos e, portanto, enviou o seu Espírito, e o seu Espírito está presente na vida da Igreja. Concedendo-a todo o poder necessário para que ela cumpra a sua missão até o fim.
Nesta oportunidade, eu gostaria de entrar nestes versículos da Primeira Carta do apóstolo Paulo aos Coríntios no capítulo 13, dos versículos 10 ao 12.
Nestes versículos, o apóstolo Paulo fala de um tempo que ainda está porvir. Ele diz:
"Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido".
Observem que em português é usado o verbo "vier". Essa construção sintática no grego é um aoristo subjuntivo. O aoristo subjuntivo indica uma ação simples e indefinida, diferentemente do presente do subjuntivo, que se refere a uma ação continua ou repetida. O verbo não representa o momento da ação, ou seja, a ação ainda vai se dar no futuro.
Ele usa esse tempo verbal dizendo que: "Quando 'vier' o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado"( v.10), será destruído!
Ele usa uma outra construção grega aqui para falar dessa época. Ele diz:
"Quando vier o que é 'perfeito'( gr. τέλειος). Teleios é algo que está além de toda imperfeição humana, ou seja, ele está falando da eternidade. Ele está falando de uma outra dimensão de vida que será usufruída pelos santos. Ele não está falando deste século em que vemos as coisas em parte, incompletas.
Tudo o que fazemos aqui é imperfeito. Todas as nossas tentativas de alcançar neste mundo a perfeição vão sempre esbarrar em nossa limitação humana, em nossa falibilidade pecaminosa. Portanto, neste mundo nós nunca alcançaremos o ápice da perfeição.
No entanto, Paulo diz que quando vier o que é perfeito, isto é, quando Cristo levar-nos para a eternidade, entenderemos de uma maneira completamente diferente da que compreendemos hoje. Nós saberemos de uma perspectiva totalmente nova. Nossos sentidos altamente aperfeiçoados e aguçados aprenderão ensinos e revelações os quais aqui não seriam possíveis de serem conhecidos dado às suscetibilidades humanas. Todavia, quando adentrarmos além do véu, contempla-lo-emos como ele de fato é!
Numa nova forma corpórea, envoltos em uma auréola de glória indizível. Não mais limitados por este tabernáculo de carne, mas revestidos de um corpo glorioso à semelhança do corpo do Salvador ressurreto quando apareceu aos dois discípulos no caminho de Emaús! ( Lc 24.1-53). Também semelhantes ao seu corpo que se transfigurou no monte ( Mt 17.1,2).
João declara:
"Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos" (1 Jo 3.2).
Agora, irmãos, nós podemos estar alquebrados pelas provações, lutas, sofrimentos e angústias.Nós encaramos muitas dificuldades nesta existência e nos defrontamos com a morte e com tantas outras coisas que amedrontam os seres humanos. Mas, ali em Sião, não haverá nenhuma destas maldições. Porque os santos estarão livres de todos os males, de toda influência pecaminosa, das nódoas deste mundo de trevas e de todas as terríveis tentações de Satanás! Estaremos diante de uma nova realidade de bênçãos espirituais que o Senhor inaugurará para aqueles que o amam, para aqueles que perseveram na verdade, para aqueles que crêem no evangelho na íntegra, para os que se firmam nestes pilares fiéis e verdadeiros como o fundamento da vida!
Estes, meus irmãos, irão transpor os umbrais terrenos e terão o prazer de contemplar o Senhor em sua glória e em toda a sua formosura!
Os santos de todos os séculos, de todas épocas e de todas as eras da história humana estarão ali. Contemplando a glória do Senhor e aprendendo aos seus pés dos grandes mistérios que só ali serão revelados.
Paulo continua dizendo:
" Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino" ( 1 Co 13.11).
Paulo está afirmando que antes tinhamos uma imaturidade. Ele usa o termo grego 'nepios'que indica alguém sem esclarecimento, sem entendimento, ingênuo. Também é usado para bebê ou criança de colo. Metaforicamente pode exemplificar uma pessoa facilmente ludibriada por qualquer coisa, por não ter conhecimento ou por ser neófito na fé. Alguém que não tem profundidade na fé e, que, por conseguinte, pode ser facilmente demovida da fé pelo erro religioso ou por pessoas que sejam persuasivas em seus discursos eloquentes.
Mas Paulo diz aqui que quando éramos imaturos, nós falávamos como imaturos, nós sentíamos como imaturos e discorríamos como imaturos. Entretanto, quando tornamo-nos homens, ou seja, quando nós amadurecemos. Quando, porém, deixamos que Jesus entrasse em nossa vida e mudasse o nosso pensamento, a nossa mente e nos desse discernimento; agora, portanto, não pensamos mais como meninos, não mais sentimos como meninos e, tampouco, discorremos como meninos. Porque agora robustecidos pela graça pelo poder do Espírito Santo abandonamos as coisas do mundo, abandonamos a meninice, abandonamos a ingenuidade, abandonamos as chocarrices, abandonamos tudo aquilo que comprometia um viver de seriedade no evangelho. Para vivermos a maturidade cristã centrada nas Escrituras.
Paulo, irmãos, traz este ensino poderoso à igreja. Ele fala altissonantemente aos nossos corações para que não sejamos ingênuos e inconstantes, mas que venhamos a obter o conhecimento da Palavra. Tal conhecimento é importante para que aprendamos a confrontar todo o engano, de dircernirmos a voz do bom pastor e a voz do maligno. Porque existem muitas vozes no mundo e, muitas destas vozes sem quaisquer significados. Pois somente uma voz tem significado para nós - a voz do Espírito de Deus!
Existe um antigo hino que expressa poeticamente está verdade:
"Quem pertence ao seu rebanho
Nos seus braços firme está
Pois não ouve a voz do estranho
Nem seus passos seguirá"
Nós conhecemos nosso pastor! O pastor tem legitimidade, tem referencial!
O pastor é o nosso guia que nos conduzirá inabaláveis em todas as circunstâncias. E, mesmo ao enfrentarmos o vale da sombra da morte, ele estará conosco para nos levar aos remansos celestiais e às pastagens verdejantes!
Por esta razão, irmãos, precisamos nos apossar de todo o poder que emana da Palavra de Deus, pois ainda que no momento, vejamos em espelho e em enigma, um dia veremos aclaradamente porque Ele está trazendo esta luminosidade santa para a sua Igreja. Ele está trazendo este dia eterno, está manhã sem nuvens! Um dia glorioso para os santos que estão expectando o da Igreja! Que o Senhor abençoe ricamente nossas vidas. Amém!