sábado, 30 de julho de 2016

SOCIEDADE ENFERMA E ESTADO OMISSO

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Por Geovani F. dos Santos


Perguntamo-nos às vezes estupefatos: Que mundo é este em que vivemos? Talvez um tanto sobressaltados diante de tantos acontecimentos mórbidos, tais perguntas nos assaltem num rompante de reflexão sobre os fatos insólitos que se dão em nosso cotidiano. Na verdade, rejeitamos aceitar a feiura das coisas e o estado anômalo que se desenha porque simplesmente os consideramos surreais. É como se despertássemos de um sonho e percebêssemos de que tudo aquilo que está apenas no mundo onírico de repente é pura realidade. Relutamos num primeiro momento em aceitar as imagens disformes e a negação é maneira mais fácil de se fazer isso. Se não podemos acabar com as disformidades que nos assustam, pelo menos tentamos ignorá-las de alguma forma.  

A nossa sociedade tem sido acometida de todos os lados por terríveis espectros de maldade, os quais trouxeram uma gama de pessimismo aos cidadãos que a compõem e se sentem acuados sobremodo em seu cotidiano, premidos pela violência e incertezas, geradoras de angústia e ansiedade. Não podemos fazer vistas grossas para o problema porque ele nos salta aos olhos a todo o tempo e é impossível fugir dele, pois faz parte já de uma conjuntura há muito incrustada no tecido social e que cobra um ônus pesado de todos os indivíduos imiscuídos neste microcosmo.

O que falar quando vemos uma criança que deveria estar na escola empunhando um fuzil, furtando nas esquinas ou mesmo matando a sangue frio nos semáforos? O que dizer de um país onde grande parte de seus moradores vivem na miséria e uma minoria de privilegiados consegue ascender socialmente? Os meninos que se tornaram “aviõezinhos” são o produto da iniquidade do estado, que se nega a implementar políticas justas que arranquem da indigência este exército de rostos esquálidos e lhes dê um mínimo de dignidade.

O mesmo estado que deveria primar pelo bem-estar do cidadão e conceder aos mesmos uma chance de melhoria de sua condição, acaba por ser tornar o algoz dos que, não assistidos pelo mesmo, descambam para o crime e uma vida de delinquência. Uma vez que não se ofereceu as oportunidades necessárias, agora tem que se desdobrar para aumentar o aparato ostensivo de segurança, haja vista que a hediondez das práticas criminosas se intensifica vertiginosamente, representadas por um bando de malfeitores contumazes para os quais a lei é apenas uma abstração e nada mais. A nossa sociedade tornou-se escrava da anomia generalizada, insuflada por leis frouxas e inócuas, as quais não punem com severidade o transgressor e tampouco recuperam os que cometeram ilicitudes. O resultado deste conjunto de coisas é a explosão da criminalidade, que embasada e fiada na pusilanimidade de legislações draconianas e obsoletas tem caminho aberto para perpetuar o caos indefinidamente.


Não existe panaceia capaz de extirpar o problema brasileiro, porquanto as medidas tomadas pela nação, são apenas paliativas e  não decisivas para o enfrentamento definitivo dos processos de iniquidade social que acomete as populações mais pobres, que, por serem mais marginalizadas, acabam por se tornar os “bois de piranha” da política de cerceamento e segregação impingidas pelos figurões do poder, os quais são os guardiões do atraso coletivo e do declínio de nossas instituições, maculadas pela incúria daqueles que se dizem seus representantes. Enquanto não abrirmos os olhos ou o entendimento sobre o real problema e as suas causas, não teremos a possibilidade de reverter o cenário manchado de sangue e de malignidade social que atravanca o nosso desenvolvimento como nação minimamente civilizada.        

A FÉ


“Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11.6).A fé sem obras é morta. Pelas obras que a fé se consumou (Tiago 2.26,22) .


Extraímos de um dicionário esta definição: “Fé: crença nas verdades da religião. ” Pouco satisfeito com tal explicação, notamos, entretanto, que este termo vem de um vocábulo latino que significa compromisso, vínculo, o que esclarece o sentido desta palavra: A fé não é simplesmente uma crença ou aceitação de uma soma de verdades que outros rejeitam crer. A fé une-se a um objetivo e nos compromete com Ele. Somos salvos pela graça, pela fé. Daí em diante não nos pertencemos a nós mesmos, mas “Àquele que morreu e ressuscitou” por nós (2 Coríntios 5.15). Somos seus servos, não por coação, mas sim segundo o impulso de nossos corações que querem amar e servir Àquele que se deu a si mesmo por nós.


Quando uma pessoa é animada por semelhante fé, não é necessário perguntar a respeito dela. Tem a vida de Deus. Seus pés ainda pisam os caminhos da terra, mas o seu coração está no alto, porque o seu tesouro, Cristo, está lá em cima. Está ligada com Aquele que está no céu, de onde cedo virá, para introduzir n’Ele os Seus redimidos glorificados. Mas não esqueçamos: a fé se alimenta e se desenvolve. Quanto mais progressos façamos na vida cristã, tanto mais estreito serão vinculo que nos une a Cristo, até essa plenitude  que o Senhor expressa na oração a Seu Pai: “A fim de que todos sejam um; e como és tu, o Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós” e “eu” neles” ( João 17.21,23).


Fonte:  Calendário Boa Semente.

sexta-feira, 29 de julho de 2016

A UM PASSO DA MORTE E OUTRO PARA A VIDA

Por Geovani F. dos Santos


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“Considerando que ninguém conhece o futuro, quem poderá dizer o que vai acontecer? Ninguém controla o vento, como não domina o próprio espírito, tampouco tem poder sobre o dia da sua morte e de evitar lutas e guerras; nem mesmo a malignidade ou a riqueza deixam impunes os seus adeptos” (Eclesiastes 8.7.8).



Todos os homens sabem que um dia deixarão este mundo, que um dia irão morrer. No entanto, mesmo que tenham está certeza inexorável seguem como se fossem eternos ou como se nunca serão visitados pelo aguilhão do rei dos terrores. Os homens parecem inebriados pelo engano do pecado e não se apercebem que estão à beira de um abismo e, que, a qualquer momento impreciso de se determinar cairão nele. Este sono entorpecedor e mortal, inoculado pela serpente malévola nos corações, impede que os homens despertem e se apercebam de seu estado de perdição. Satanás continua a sussurrar sibilantemente nas mentes a enganosa frase:  “Certamente não morrerás” (Gênesis 3.4). Esta estratégia malévola e matreira, revela como o maligno atua meticulosamente nos corações e mentes dos homens para lhes dar uma falsa sensação de segurança, tendo como único intuito, enredar ainda mais os homens com distrações mundanas e, por fim, precipitá-los no inferno de onde jamais sairão.

No entanto, a sentença proferida pelos santíssimos lábios do Criador continua tão em voga do que quando foi proferida no Jardim do Éden: “Porquanto és pó, e ao pó tornarás” (Gênesis 3.19).  Portanto nenhum homem sobre a terra, salvo se for arrebatado por ocasião da vinda de Jesus, estará imune à morte. Está é a sina universal de todos os filhos de adão, que ao nascer, herdaram as consequências do pecado original, e, por isso, ou seja, por solidariedade, herdam a corrupção e a morte do corpo. Paulo declara:Concluindo, da mesma forma como o pecado ingressou no mundo por meio de um homem, e pelo pecado a morte, assim também a morte foi legada a todos os seres humanos, porquanto todos pecaram” (Romanos 5.12).

A Bíblia enfatiza esta verdade de forma veemente e conclama todos os homens a serem prudentes consigo mesmos e no tocante as suas vidas espirituais. Deus tem falado ao longo das eras e os cemitérios são pregadores que falam todos os dias às multidões. Cada lápide, cada tumba fria é uma mensagem altissonante de que um dia estaremos diante do juiz para prestarmos contas de nossos atos cometidos por meio do corpo e, portanto, devemos andar diante Deus em retidão, recebendo a sua oferta de Graça pelos méritos de Cristo na cruz de Gólgota, onde Ele nos franqueou a libertação do pecado e da morte. Paulo declara: “Sendo assim, como por meio da desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também, por intermédio da obediência de um único homem, muitos serão feitos justos”. (Romanos 5.19).

Cristo é a única salvaguarda para escaparmos da condenação e morte eternas. Não existe outro meio ou alternativa. Sem a sua interveniência seremos invariavelmente conduzidos como réus às masmorras eternas, destino de todos os homens que rejeitaram ou se esqueceram de Deus em suas vidas e, tampouco lhe deram glória. O salmista assevera: “Os ímpios serão lançados no inferno, e todas as nações que se esquecem de Deus” (Salmo 9.17). As advertências divinas não devem ser ignoradas por quem quer que seja. Não se pode fazer ouvidos moucos à verdade sob pena de se pagar o preço supremo por tal negligência e incúria para com as coisas santas. Lembrem-se das palavras solenes e judiciosas do apóstolo Paulo: "Não vos enganeis, de Deus não se zomba, pois tudo o que o homem semear, isto também ceifará" (Gálatas 6:7).


Um soldado lia a bíblia enquanto se dirigia ao front de batalha. Em um dado momento, três homens se assentaram diante dele. Dois deles, vendo-o ler a Bíblia, começaram a escarnece-lo insistentemente. O soldado dirigindo-se a eles disse: “Senão vos arrependerdes, todos, de igual modo perecereis”. Repetiu esta frase três vezes sofrendo o desprezo dos homens. Somente o terceiro soldado, que mostrou descontentamento pelo comportamento de seus colegas voltou vivo da refrega. No livro de Hebreus está escrito: “Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? Esta salvação, primeiramente anunciada pelo Senhor, foi-nos confirmada pelos que a ouviram” (Hebreus 2.3). Não deixe para depois estão tão preciosa oportunidade. Amanhã poderão se fazer os convites para o seu funeral, então será tarde demais para qualquer arrependimento. “Portanto, como diz o Espírito Santo: Se ouvirdes hoje a sua voz, não endureçais os vossos corações“ (Hebreus 3.7,8).      

CAÇADOR

Ilustração de Pawel Kuczynski
Fonte: https://ovelhaperdida.wordpress.com/


quinta-feira, 28 de julho de 2016

SANTIDADE E O VERDADEIRO BRILHO DA IGREJA

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Por Geovani F. dos Santos



A igreja de Cristo precisa ter brilho e este brilho deve ser intenso. Jesus disse aos seus discípulos: “Vós sois a luz do mundo” (Mateus 5.14).  Esta metáfora está ligada ao caráter de nossa missão e, também, ao tipo de conduta que devemos apresentar ao mundo, ou seja, uma postura ilibada e irrepreensível. Os santos precisam ser diferentes do mundo porque isso é uma necessidade precípua e vital para a permanência na fé e para manutenção da vida de santidade. Os que desejam fazer a vontade de Cristo precisam se tornar santos ou sua vida cristã será uma grande fraude. Pedro assevera: 

 "Como filhos da obediência, não permitais que o mundo vos amolde às paixões que tínheis outrora, quando vivíeis na ignorância. Porém, considerando a santidade daquele que vos convocou, tornai-vos, da mesma maneira, santos em todas as vossas atitudes”. Porquanto, está escrito: “Sede santos, porque Eu Sou santo!” (I Pedro 1 14-16). 

Norman Champlin nos explica a expressão sublinhada, vejamos:

“No grego o verbo é “suschematidzo” que significa “formar”, “amoldar-se” segundo a imagem ou caráter de outra coisa, “conformar-se com”.  Não sigamos o ״mau exemplo·· de homens ímpios e desobedientes. Antes, sejamos corajosos bastante, para rejeitar o padrão de vida que eles gostariam de impor-nos por seu exemplo e influência. ”

Diante das palavras de Champlin, compreendemos que ser santos e obedientes é não assumirmos os moldes e roupagens deste mundo pecaminoso, mas nos mantermos em fraca oposição ao mesmo por amor a Jesus e aos princípios do Evangelho. Paulo também declara da mesma forma seguindo a mesma linha de raciocínio, dizendo:

“Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso espírito, para que possais discernir qual é a vontade de Deus, o que é bom, o que lhe agrada e o que é perfeito” (Romanos 12.2).

Paulo tinha em mente uma vida diametralmente oposta aos ditames do mundo e ao seu status quo. Em outras palavras, só poderiam viver esta vida aqueles que de fato tinha recebido a Cristo e agora eram controlados por seu Espírito e mensagem. Somente podem satisfazer tais condições os renascidos, aqueles cujas vidas, despojadas dos padrões do mundo anelam pela pátria que há de vir. Emílio Conde em seu livro “Igrejas sem Brilho” nos fala sobre os tempos da igreja primitiva das exigências que eram feitas ao que desejam fazer parte da mesma, vejamos:

 “Na igreja primitiva, a admissão como membro era mais difícil do que hoje: o can­didato devia ser realmente convertido e ti­nha de demonstrar seu desejo de pertencer à igreja, através de uma série de fatos que faziam recuar os medrosos e todos os inca­pazes de fazerem brilhar a luz de Cristo. A admissão era precedida de exames que exi­giam renúncia à vida passada: requeriam provas de que a nova vida era vivida no Espírito de Cristo. Enquanto o pretenden­te não estivesse desligado dos laços que o prendiam ao mundo e seus aliados, quer dizer, ao Diabo e à carne, não estava apto para o Reino: sua luz não honraria a igreja, não podia ser membro do corpo."


Muitos podem até achar que as exigências eram pesadas de mais se comparadas à frouxidão dos nossos dias, onde muitas igrejas não adotam quaisquer critérios aos que nela ingressam. O fato é que na Igreja Primitiva, o Evangelho era levado à sério e não se admitia comportamentos reprováveis e atitudes ilegítimas dos que se diziam servos de Cristo. Em últimas palavras, para fazer parte daquela igreja era imperioso que fosse “nascido de novo” e, sobretudo, santo!  

terça-feira, 26 de julho de 2016

PERSEVERANDO FIRMES NA FÉ

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Por Geovani F. dos Santos


Não podemos desistir ao primeiro sinal de dificuldade, precisamos persistir na fé orando ao Senhor até que os céus se abram e a resposta divina nos seja concedida. Portanto, perseverar é preciso. É com tenacidade que o crente alcança grandes resultados espirituais. Para tanto, precisa crer incondicionalmente em Deus e em sua ação providencial. Na carta aos Hebreus está escrito:

“Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não veem. Pois, pela fé, os antigos obtiveram um bom testemunho (Hebreus 11.1,2).

O texto é muito preciso ao declarar que a fé é a “certeza” do que se espera e a “convicção” dos fatos que estão fora do alcance de nossa percepção humana. Os antigos creram a despeito de toda aparente improbabilidade diante de seus olhos e foram premiados com milagres e livramentos que aumentaram ainda mais a sua confiança e cimentaram seu caráter e disposição nas promessas do Deus Eterno.

Os feitos destes homens e mulheres do passado são notórios e permeiam toda a Bíblia, dando-nos no presente a certeza de que o mesmo Deus que operou no passado é o mesmo Deus que está presente na vida daqueles que se submeterem a ele e com uma viva fé se lançarem na expectativa de sua colaboração sobrenatural em face de suas dificuldades. Orlando Boyer em seu livro “Os Heróis da fé”, assevera que o Senhor ainda ouve orações como no tempo dos patriarcas, profetas e apóstolos; portanto, não devemos estar temerosos quando nos vermos diante de algum infenso ou adversidade aparentemente intransponível. Pela fé, devemos crer que o mesmo Deus que deu a vitória aos heróis da fé do passado é mesmo que continua entre nós. Ele nunca nos deixará e nem tampouco nos abandonará é a sua promessa. Esta promessa foi feita a Josué: 

“Ninguém te poderá resistir durante toda a tua vida; assim como estive com Moisés, estarei contigo: jamais te abandonarei, nem te desampararei! ” (Josué 1.5). 

Na Bíblia King James Atualizada encontramos: 

"Alegrai-vos com tudo o que possuís; porque Ele mesmo declarou: “Por motivo algum te abandonarei, nunca jamais te desampararei”.  Por essa razão, podemos afirmar com toda a segurança: “O Senhor é o meu Ajudador, nada temerei.O que poderá fazer contra mim o ser humano? ” (Hebreus 13.5,6).


Se tão somente apropriar-te das promessas de Deus e pela fé obedecê-lo em todos os seus caminhos, vivendo uma vida pautada na retidão e na piedade, serás bem-aventurado e o Senhor estará contigo para lhe conceder êxito em sua jornada. Experimente crer e verá que o mundo será visto por você com outros olhos, ou seja, com os olhos espirituais, sob uma perspectiva concedida pelo Senhor.

segunda-feira, 25 de julho de 2016

A NATUREZA DO TERROR



* Por DENIS LERRER ROSENFIELD  

O cruel atentado de Nice inseriu-se em uma série de atos violentos do mesmo tipo, não sendo único nem exclusivo. Nova York, Orlando, Paris, Nice, Bruxelas, Tel-Aviv, Jerusalém, Bangladesh e Bagdá são seriados de uma trama do terror que nos coloca diante de um novo fenômeno. Ele não mais se enquadra nos modos habituais de pensar a vida e a morte em sociedade.
Quando do atentado às Torres Gêmeas do World Trade Center, várias questões foram levantadas a propósito da eficiência de atuação dos órgãos de inteligência americanos. De fato, não tinham conseguido prever este ato.
A questão que se coloca, no entanto, é outra. Tinham eles as categorias de pensamento para prever que os terroristas, despreocupados com a sua própria vida, iriam arremessar dois aviões contra duas torres? Encontrava-se tal ato enquadrado em algum tipo de manual? Como podiam prever o que não tinham pensamento para ver?
Terroristas que desprezam a própria vida terminam por infringir uma condição que concerne à própria condição humana, se seguirmos Hobbes, segundo o qual os homens buscam antes de tudo conservar a própria vida e evitar a morte violenta. Ora, trata-se de um princípio a orientar o pensamento. Se o princípio já não é mais aceito, o pensamento que dele se segue perde o seu fundamento.
Terroristas são indivíduos que obedecem a uma determinada concepção, que se orienta segundo valores e princípios que rompem com toda uma tradição do pensamento ocidental, de orientação greco-romana e judaico-cristã.
Quero dizer com isto que a natureza dos seus atos não deve ser buscada em questões psicológicas, como o ressentimento, ou sociais, embora possam se fazer presentes. Aliás, os terroristas são geralmente de classe média, quando não de classe alta, jogando por terra qualquer explicação social deste tipo.
O terror possui uma natureza única, que diz, sobretudo, respeito ao modo de encarar a morte violenta e a relação com o outro. Funda-se, neste sentido, em outro valores e princípios, inicialmente de difícil compreensão para que os que pensam e vivem segundo outras formas de vida e morte.
Na ótica ocidental, por assim dizer, o terror é “irracional”, precisamente por estar em rompimento explícito com nossa forma de racionalidade. Talvez, mais do que isso, ele se caracterize por se situar além da própria razão. O desafio de pensá-lo é tanto maior quanto mais distante se situa em relação às próprias condições teóricas e práticas de exercício da razão.
O que o terrorismo islâmico tem colocado em pauta é um completo desprezo para com a vida, como se ela não tivesse valor nenhum, devendo ser absolutamente desconsiderada. Algo, de certa maneira, desprezível. O terrorista se mata para matar o maior número de pessoas, não importando que sejam crianças ou adultos, jovens ou velhos, homens ou mulheres. O seu alvo não é militar, mas a própria condição humana. O seu inimigo não é alguém fardado para a guerra ou a segurança, mas um simples civil, símbolo da Humanidade.
O instrumento utilizado deve simplesmente obedecer a esse objetivo maior. Não importa como seja feito. Pode ser um avião, como em Nova York; fuzis e metralhadores, como em Paris; bombas, como no Iraque; facas e machados, como em Israel e na Alemanha; caminhão, como em Nice. São meras ilustrações dos meios, conquanto o objetivo maior seja o que importa: a destruição do próximo, do outro, qualquer um. O essencial é que a morte seja violenta.
Note-se que todos esses atos obedecem a uma mesma concepção, que segue valores e princípios próprios. Não são atos aleatórios nem casuais. Obedecem a todo um plano que é executado das mais diferentes facetas. Seu único objetivo consiste em que a destruição encontre a mais ampla repercussão possível, capaz de mostrar que a morte violenta se aproxima para todos os que não seguirem a sua própria concepção. O medo generalizado, para eles, é o seu mote central.
Em certo sentido, pode-se dizer que seus atos são “lógicos”, embora sua lógica seja vista como a da “irracionalidade”. São metódicos na execução, não se afastando dos seus fins, apesar de suas formas de ação, por vezes, nos desconcertarem. Pegue-se o caso dos ditos “lobos solitários”.
A própria expressão “lobos solitários” já é completamente inadequada, por não serem “solitários”. Sentem-se acompanhados em seus atos, em íntima conexão com a concepção que os orienta. Foram, previamente, “educados” conforme os novos valores e princípios. Não importa neste “novo” mundo se a educação foi presencial ou virtual ou uma conjunção das duas. As redes sociais pertencem também a este “novo” mundo. Seguem uma concepção e um plano.
Não se deve compreender a “solidão” no sentido exclusivamente presencial. E, mesmo aqui, quando a investigação policial é bem feita, contatos presenciais são sempre encontrados, bem como os meios físicos dos ataques, dependendo das necessidades escolhidas. O lobo é conectado! O terror age em rede, tendo ganho uma dimensão global. Neste aspecto, configura uma novidade, a novidade de uma nova forma de maldade.
Logo, não convém buscar apenas “células terroristas” no sentido habitual do termo, porque mesmo este termo encontra aqui suas limitações. A nova forma de “congregação” pode simplesmente adotar novos modos, que prescindem da fórmula tradicional da “célula”, vigente no século XX. A atenção da inteligência exige uma nova forma de pensamento.
A recente prisão de potenciais terroristas pelas autoridades brasileiras obedeceu, neste sentido, a um novo padrão, primando pela inteligência e cautela, ciente de que o modo de atuação destes grupos não se enquadra nas formas habituais de ação.
Não se trata de dizer que sejam amadores, embora talvez o sejam. Talvez também o motorista de Nice possa ser dito “amador”. Se tivesse sido preso antes, a barbárie não teria acontecido. A imprudência teria sido deixar os atos se desenrolarem segundo a “lógica” do terror.

* DENIS LERRER ROSENFIELD Denis Lerrer Rosenfield é professor de Filosofia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Fonte: O Globo 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

UMA OBRA DE MESTRE

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Por Geovani F. dos Santos


A vida está repleta de milagres poderosos das mãos de Deus. Os nossos olhos são testemunhas de todas as maravilhas do criador em cada manhã que nasce, em cada flor do jardim e em cada magnifica e esplêndida oportunidade concedida a nós toda vez que acordamos mais um dia neste mundo. A primeira palavra que me vem à mente diante de todo este espetáculo é gratidão. Devemos ser gratos pelo fato de fazermos parte de todo este macrocosmo de significados e realidades multifacetadas que se descortinam no decorrer da existência levando-nos a êxtases contemplativos inimagináveis e extraordinários.

Cada dia que percebo a natureza ao meu redor e a perfeição de suas formas e cores variadas sou forçado a glorificar a Deus pelo fato de que tudo o que está a nossa volta existe com um único propósito, ou seja, dar testemunho aos homens que existe um Deus nos céus que é absolutamente perfeito e generoso para com os seus filhos, dando-lhes a cada dia a possibilidade de se maravilhar com todas as suas magnânimas obras de arte, feitas exclusivamente para a sua própria glória e deleite.

Fico a imaginar o contentamento divino ao criar o mundo e, depois te tê-lo feito com esmero, ter constatado que tudo quanto fizera era bom.  Vejamos o capítulo 1 de Gênesis:

“No princípio, Deus criou os céus e a terra. A terra, entretanto, era sem forma e vazia. A escuridão cobria o mar que envolvia toda a terra, e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.Disse Deus: “Haja luz!”, e houve luz. Viu Deus que a luz era boa; e separou a luz das trevas. Chamou Deus à luz “Dia”, e às trevas chamou “Noite”. Houve então, a tarde e a manhã: o primeiro dia. Depois disse Deus: “Haja entre as águas um limite para separá-las em duas partes! ” Fez, portanto, Deus o firmamento e separou as águas estabelecidas abaixo desse limite, das que ficaram por cima. E assim aconteceu. E Deus ao firmamento deu o nome de “Céu”. A tarde passou, e raiou a manhã: esse foi o segundo dia. Então disse Deus: “Que as águas que estão sob o céu se reúnam num só lugar, a fim de que apareça a parte seca! ” E assim aconteceu. Deus outorgou o nome de “Terra” a parte seca, e a massa das águas que se haviam ajuntado Ele chamou de “Mares”. E observou Deus que isso era bom. E determinou: “Que a terra seja coberta com todo tipo de vegetação! Plantas que deem semente e árvores cujos frutos produzam sementes conforme suas próprias espécies”. E assim aconteceu. E, assim, a terra fez brotar toda a vegetação: ervas que dão sementes segundo sua espécie, e árvores que produzem frutos, cujas sementes estavam neles, de acordo com suas espécies. E observou Deus que isso era bom. Passaram-se a tarde e a manhã: esse foi o terceiro dia. Declarou Deus: “Haja luminares no firmamento do céu a fim de separar o dia da noite; e sirvam eles de sinais para definir as estações, dias e anos; e que sejam também luzeiros nos céus, para iluminar toda a terra! ” E assim aconteceu. Deus fez os dois grandes luzeiros: o maior para governar o dia e o menor para regular o andamento da noite. E formou também as estrelas. Deus colocou todas essas luzes nos céus a fim de iluminarem toda a terra, para dirigirem o andamento do dia e da noite e fazerem separação entre a luz e a escuridão. E observou Deus que isso era bom. Passaram-se a tarde e a manhã: esse foi o quarto dia. Disse também Deus: “Fervilhem as águas um fervilhar de seres vivos e que as aves voem acima da terra, sob o firmamento do céu! ” E assim aconteceu. Dessa forma, Deus criou os grandes animais aquáticos e os demais seres vivos que povoam as águas, em conformidade com suas muitas espécies; e todas as aves, também de acordo com suas espécies. E observou Deus que isso era bom. Então Deus os abençoou, declarando: “Sede fecundos, multiplicai-vos! Enchei as águas dos mares. E que também as aves se multipliquem na terra! ” Passaram-se a tarde e a manhã: esse foi o quinto dia. E disse Deus: “Que a terra produza seres vivos segundo suas espécies: rebanhos domésticos, animais selvagens e todos os demais seres viventes da terra, cada um de acordo com sua espécie! ” E assim aconteceu. Deus fez, portanto, todas as feras selvagens segundo suas espécies, os rebanhos domésticos conforme suas espécies, répteis, e todos os demais seres vivos, cada qual de acordo com sua espécie. E observou Deus que isso era bom. Então Deus determinou: “Façamos o ser humano à nossa imagem, de acordo com a nossa semelhança. Dominem eles sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os grandes animais e todas as feras da terra, e sobre todos os pequenos seres viventes que se movem rente ao chão! ” Deus, portanto, criou os seres humanos à sua imagem, à imagem de Deus os criou: macho e fêmea os criou. Deus os abençoou e lhes ordenou: “Sede férteis e multiplicai-vos! Povoai e sujeitai toda a terra; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu e sobre todo animal que rasteja sobre a terra! ”E acrescentou Deus: “Eis que vos dou todas as plantas que nascem por toda a terra e produzem sementes, e todas as árvores que dão frutos com sementes: esse será o vosso alimento! Também dou a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus, a todos os répteis da terra, e a todas as criaturas em que há fôlego de vida, todos os vegetais existentes, como mantimento e sustento! ” E assim aconteceu. Então Deus contemplou toda a sua criação, e eis que tudo era muito bom. Houve, assim, a tarde e a manhã: esse foi o sexto dia (Gênesis 1. 1-31). 

A expressão do contentamento criativo de Deus em face de sua criação revela que o Senhor fez o mundo com imenso prazer. Esta expressão “ era bom” aparece 6 vezes neste primeiro capítulo da criação em Gênesis. Nele, Deus se mostra como uma artista extasiado com término de sua obra prima. Fizera tudo pela palavra de seu poder, demonstrando o seu amor e bondade a todos os seres existentes. Glória a Deus!  

A PARÁBOLA DO CRESCIMENTO DA SEMENTE

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“Disse Jesus ainda: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse a semente à terra, depois dormisse e se levantasse, de noite e de dia, e a semente germinasse e crescesse, não sabendo ele como” (Marcos 4.26-27).


O poder que uma semente tem para crescer é um assombroso mistério. Ainda que cresça, não podemos sentar e observá-la, porque nada ocorre repentinamente. Até que, transcorrido certo tempo, não vemos nenhum crescimento; somente depois percebemos algum resultado. Quão infinitamente grande é o Deus que ordena esta maravilha e desenvolve esta vida! A planta cresce a cada instante, ainda que imperceptivelmente.  A folha aparece primeiro, depois a espiga e, gradualmente, o grão na espiga.


O Senhor usa essa ilustração para traçar um belo quadro do crescimento do reino de Deus. Se a semente natural tem propriedades tão assombrosas de vida em si mesma, a semente da palavra de Deus é mais poderosa ainda. Ela tem o poder de produzir no coração dos homens o arrependimento que os tira do estado de rebelião e culpabilidade para coloca-los em humilde submissão ao senhor Jesus; ela gradativamente trabalha nos homens, produzindo um crescimento espiritual que culminará em um ser conforme à imagem do filho de Deus, quando o Senhor vier.


Publicamente, o reino de Deus cresceu da mesma maneira maravilhosa desde que o senhor Jesus começou sua semeadura. A semente da Palavra de Deus estendeu-se por Israel até Samaria e depois até os confins da Terra, e trouxe a mensagem de salvação a inúmeras almas.


Fonte: Calendário Boa Semente

quinta-feira, 21 de julho de 2016

A ORAÇÃO - O SEGREDO DO ÊXITO NESTE MUNDO

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Por Geovani F. dos Santos


Já disse em um outro texto que Jesus era o homem que orava. Evidentemente que essa asserção é corroborada pelos textos sagrados que revelam a profundidade da comunhão do Mestre e a importância que o mesmo deu à vida suplicante. Numa época em que os homens são absorvidos pelo mundanismo e afazeres distrativos deixando de lado as coisas espirituais, Cristo demonstra com seu próprio exemplo que a única maneira de vencer os contratempos do mundo e as insidiosas armadilhas de Satanás é estar em constante comunhão com o Pai celestial em oração. Orar é, portanto, uma tarefa crucial na vida do crente, o qual deve esmerar-se para fazer desta, um hábito que o acompanhe durante toda a sua vida neste mundo.


C. S. Lewis certa feita declarou que os homens que mais fizeram neste mundo foram os que estavam conectados aos céus. Quanto mais se pensa nas coisas do alto, mais energia se recebe para as realizações terrenas. O oposto também é verdadeiro. Quanto menos se pensa na eternidade, muito menos também pode ser realizado neste universo da humanidade. Não é debalde que o próprio apóstolo Paulo exortou aos santos permanecer com olhos fitos nos céus. Ele declarou: 


“Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra” (Colossenses 3.2).


Certo escritor em um outro lugar deixou explicitado que por estar a atmosfera deste mundo contaminada pelo pecado, o crente precisa respirar os ares celestiais e, isso, só pode se dar através da oração. É orando que se vence o mundo e é, por conseguinte, orando, que se obtém as possibilidades em Deus para se atravessar o deserto da vida com a segurança e a paz que o Eterno oferece aos corações. 


No Evangelho de Marcos 1. 35, ocorre-nos a narrativa que apresenta Jesus levantando-se por volta das 3:00 da manhã para buscar a face do Pai. Marcos assevera: “E, tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para lugares desertos e ali orava. Jesus sabia que o seu ministério exigia dele total dedicação e, por esta razão, necessitava receber todo poder e unção necessária para que confrontasse o poder dos kosmokratoras e os vencesse com toda a autoridade outorgada por Deus.  A vitória sobre os poderes do mal somente é eficaz quando se está inteiramente revestido com as armaduras do Espírito. Este revestimento é concedido aos que oram.


Na Bíblia de Estudo Plenitude encontramos a seguinte nota explicativa: “Mesmo que Jesus tivesse demonstrado poder sobre doenças e demônios, ele mostra a necessidade de oração para que se obtenha vitória eficiente sobre todas as circunstâncias e poderes das trevas”. Note que antes de Jesus se levantar de madrugada para orar, ele curou enfermos e expulsou demônios. Havia desprendido imenso poder contra os males que oprimiam as pessoas e, agora, mais uma vez carecia de recarregar suas forças através da oração revitalizante. Ele escolheu a alva para esse intento. Os místicos acreditavam que esse era o melhor momento para oração (Segundo Russsel Normam Champlin, os místicos são aqueles que creem nas manifestações divinas fora do corpo, pela ação do Espirito Santo, neste contexto incluem-se exorcismos e curas milagrosas. Todas as igrejas que creem na atualidade dos milagres e manifestações do Espirito, portanto, são consideradas místicas).


Jesus sabia que a oração nunca era demasiada e, que, começar o dia em oração lhe traria mais êxitos no decorrer de toda a sua jornada cotidiana. Por mais que tenhamos o que fazer, não podemos prescindir da oração. Lutero disse: “ Tenho tanto trabalho para fazer que devo passar três horas por dia em oração para poder realiza-lo”. Orar é preciso. Experimente orar!  
    
   

terça-feira, 19 de julho de 2016

QUANDO O MOCINHO VIRA BANDIDO


André Mello




Por Geovani F.dos Santos


Qual é a confiança da população na polícia? Até que ponto um cidadão de bem se sente seguro com a presença do aparato policial em suas comunidades? As respostas a estas questões são variadas, mas, infelizmente, a maioria delas não são nada agradáveis. Na verdade, a população como um todo desconfia dos entes públicos e tem razões para isso. É bem verdade que existem exceções, todavia, são muito rarefeitas, dado o universo dos malfeitos cometidos por agentes públicos que em vez de proteger acabam se tornando os algozes dos que deveriam assegurar proteção.

A desconfiança não reside apenas nos cidadãos que já estão fartos da prevaricação policial, mas também, dentro da própria polícia e nos próprios policiais que temem os seus parceiros porque os mesmos são envolvidos com ilicitudes e não possuem quaisquer escrúpulos. Foi isso que constatou o pesquisador César Muñoz Acebes da Human Rights Watch no Brasil. Ele entrevistou nos últimos seis meses mais de 30 policiais que trabalham em áreas com elevados índices de criminalidade. Em suas falas, disseram temer não só os traficantes, mas também outros policiais envolvidos no crime e violência. 

Como se pode contatar, policiais honestos e cumpridores da lei são acuados em sua ação porque temem represálias dos seus próprios colegas de farda que assumiram uma identidade dúbia, ou seja, são policiais e bandidos ao mesmo tempo. O medo é perceptível em cada discurso e, isso, evidentemente, é um elemento assustador. Revela que o sistema está minado pelo desvio e apodrecido moralmente para agir em conformidade com o que preconiza a lei. Em muitos batalhões, superiores louvam aos que matam os bandidos é o que declarou um policial entrevistado pelo pesquisador da Human Rights. Ele disse: 

 “Matar bandido é o que era exigido como bom resultado por meus superiores”.

 
Como se percebe a cultura de que “bandido bom é bandido morto” prevalece incrustado em nossa sociedade e, sobretudo, naqueles que deveriam respeitar o que reza a Constituição. Quando agentes da lei se tornam arbitrários e resolvem eles mesmos aplicar a lei sumariamente, sem o mínimo direito de defesa de quem está do outro lado, está, obviamente, criando um precedente perigoso e, isso, é um dos primeiros passos no caminho da barbárie. Quando leis não são cumpridas, o caos se estabelece e toda a sorte de desregramentos correm frouxos na mais completa anomia, o que é um acinte ao Estado de Direito e à liberdade democrática.            

segunda-feira, 18 de julho de 2016

MEDITAÇÕES NO EVANGELHO

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“ Os sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes. Não vim chamar justos, e, sim, pecadores ao arrependimento” (Lucas 5.31,32).


MEDITAÇÕES NO EVANGELHO DE MARCOS
(Favor leia Marcos 2.1-17)

Na casa em Cafarnaum, o Senhor Jesus se dá a conhecer, segundo o Salmo 103.3, como Aquele que perdoa todas as nossas iniquidades e que sara todas as nossas enfermidades. As duas declarações deste Salmo são por Ele cumpridas na nova vida do paralítico como um testemunho para todos. Sim, Aquele que perdoa os pecados – uma obra espiritual – e que dá prova material dessa obra, também curando a enfermidade, só pode ser o Senhor (Jeová), o Deus de Israel.

Os publicanos arrecadavam impostos para os romanos, atividade que lhes proporcionava riqueza (pois lhes tocava uma parte do arrecadado), mas também o desprezo da parte de seus compatriotas. O Senhor, porém, ao chamar Levi e ao aceitar o seu convite para comer em sua casa, mostra que não despreza nem rejeita ninguém.  Pelo contrário, Ele veio buscar os pecadores notórios, aqueles que não ocultam o seu estado. (I Timóteo 1.15).

Ele se assenta à mesa com eles, fazendo-Se Amigo deles. Desde a queda, o homem tem medo de Deus e foge D’Ele por estar sua consciência “pesada”. Assim, o primeiro esforço de Deus, antes de salvar a Sua criatura, foi aproximar-Se dela e ganhar a sua confiança. Isso é o que o Senhor Jesus fez, ao humilhar-Se a ponto de identificar-Se com o homem miserável a fim de fazê-lo compreender que Deus o ama.



Fonte: Calendário Boa Semente